҂͓⿻ S/N P.O.V.s
ㅡ Já vou, hoobae!ㅡ eu gritava pelo escritório a cada ajuda que o novato me pedia. O menino tinha apenas 17 anos e sinceramente não sei qual a sua função nesta emissora, já que tudo o que sabe fazer é implorar por minha ajuda ao digitar um simples artigo sobre um roubo de doces na padaria ou o sequestro de um furão filhote.
O garoto que eu gostava me esperava, provavelmente no parque em frente ao shopping que havíamos marcado. A cada 20 minutos eu olhava pela janela e via a chuva que caia com força do céu, como se os céus estivessem magoados com os humanos e quisessem nos punir, era assim que eu via uma chuva muito forte posterior à um dia de Sol escaldante.
Eu andava naquela emissora de ponta a ponta, corrigindo artigos dos mais variados temas e das mais variadas hierarquias dentro da empresa, carregava caixas de pesos distintos e que particularmente fariam minhas costas doerem ao final do expediente. Aliás, já havia passado muito tempo do final do meu expediente, estava fazendo hora extra e não era nem por vontade própria, eu estava lá porque a cada minuto alguém pedia para que eu fizesse algo, parece que sonhavam em impedir-me de ver Minho.
Finalmente acabaram os pequenos serviços que eu tinha para fazer, tomei comigo meu guarda-chuva e minha bolsa, assim saí correndo daquele escritório atraindo olhares curiosos que pareciam me julgar pela pressa.
[N/A: SUGIRO QUE IMAGINEM A CENA ABAIXO EM CÂMERA LENTA E OUVINDO "IT'S YOU - HENRY"]
Peguei o ônibus que ia em direção ao centro de Seul e lá estava ele: na chuva ao entardecer, em pé, quase desfalecendo e sem ao menos uma capa de chuva o protegendo. Imediatamente ao descer do ônibus, corri em sua direção, colocando o guarda-chuva sobre sua cabeça também, ainda que não iria adiantar muita coisa pois Minho estava todo molhado:
ㅡ Por que não entrou? ㅡ perguntei.
ㅡ Porque provavelmente você iria pensar que eu tivesse ido embora.ㅡ disse me puxando pelo casaco para mais perto dele, para não me molhar muito.
ㅡ Mas eu ia te ligar.
ㅡ De qualquer forma, fiquei aqui te esperando. Agora vamos entrar, estou com muito frio.
Lee Know tremia, chegava a bater os dentes de frio, parecia uma criança encolhida. Eu sentia dó, queria poder fazer alguma coisa, mas o máximo que posso é lhe dar meu sobre-tudo grosso, e entrarmos no shopping para sair dessa chuva.
Passei a mão em volta de seu tronco e começamos a caminhar debaixo de apenas um guarda-chuva para dentro do estabelecimento. Entramos pela porta principal, andando por aí, procurando alguma loja aberta, mas era tarde, então só haviam farmácias e lojas de colchões abertas ㅡ não me perguntem o porquê de uma loja de colchão aberta às 22h da noite, acho que ninguém iria querer comprar um colchão emergencialmente ㅡ então decidimos subir ao último subsolo e ir atrás do que realmente queríamos: jantar.
Entramos no elevador, e depois de alguns segundos lá dentro um barulho. Me assustei e agarrei o braço de Lee Know, as luzes se apagaram, restou apenas a iluminação de emergência, o elevador não descia e nem subia, me dei conta do que acontecera. Bufei. Comecei a bater nas portas, na esperança de que alguém do lado de fora ouvisse meu clamor desesperado, mas a essa altura acho que ninguém iria estar ali.
Ouvi gemidos sem forças e abafados, olhei para trás e vi Minho escorregando pela parede de aço do elevador, corri até o mesmo, tremia como uma vara verde e estava quente como o inferno ( em todos os sentidos que você imaginar).
ㅡ Você está com uma hipotermia, deveria ter lhe comprado paracetamol na farmácia. Sei que tem alergia dermatológica a dipirona, mas se não tomar, vai morrer de febre interna.
Ele assentiu com a cabeça, mas segurou meus braços quando pareceu se lembrar que seu corpo enchia de manchas vermelhas ao consumir o remédio. Soltei meus braços de si e peguei o único comprimido que restava em minha bolsa, havia também um resto de água em uma garrafa plástica:
ㅡ Beba com cuidado. ㅡ disse o entregando a garrafa aberta e o comprimido.
Minho bebeu rapidamente o remédio e, em menos de cinco minutos começaram a surgir as manchas vermelhas em suas mãos e rosto.
ㅡ Tire seu casaco e sua camisa. ㅡ ordenei, tirando meu sobre-tudo bege.
ㅡ Você tá louca? ㅡ disse com voz rouca e falha.
ㅡ Se não o fizer, eu faço.
Minha ameaça surtiu efeito, o menino começou a tirar suas roupas vagarosamente, e então lhe envolvi em meu sobretudo, o abraçando para que ficasse mais aquecido.
ㅡ Não adormeça! Você não pode!!!
Eu disse, ao ver seus olhos ameaçarem se fechar, eu sabia que quando uma pessoa tinha hipotermia e havia passado frio demais, não podia adormecer, caso contrário morria. Segurei seu rosto com minhas duas mãos e fiz com que o mesmo olhasse para mim:
ㅡ Eu não sei quando vamos sair daqui, e nem se vamos estar vivos quando sairmos, então eu vou te falar exatamente o que eu sinto, porque não quero que morra sem saber o que eu sinto por você, mesmo que não seja recíproco. ㅡ no instante em que disse isso, seus olhos pareceram se abrir mais, e tinham um brilho diferente.
Deixei meu orgulho de lado, respirei fundo e juntei toda a minha coragem:
ㅡ Você sabe que eu não espero muito da vida, você sabe que eu não quero um amor extravagante e que eu sempre fui autosuficiente. Mas... quando eu conheci você, parece que a vida começou a fazer um pouco mais de sentido, e este pouquinho me motivou a correr atrás dos meus objetivos. Eu continuo não querendo um amor extravagante, mas meu orgulho diminuiu, é como se eu precisasse de você para respirar. Eu te amo, Lee Know! Eu te amo!
Disse tudo isso chorando, descontroladamente mas sem ruído algum. O medo de perder quem se ama realmente nos faz cometer loucuras.
ㅡ Eu... acho que nunca fomos amigos, desde sempre eu senti algo diferente por você. Eu te amo mais que tudo, S/N! ㅡ sua voz estava melhorando, a febre devia estar abaixando.
Me aproximei do mesmo, com minhas pernas em volta de sua cintura, e coloquei meus braços enlaçados atrás do seu pescoço, assim cheguei perto de sua boca, mas Lee Know me afastou:
ㅡ Se me beijar, vai ficar gripada.
ㅡ E você acha que eu me importo? Eu esperei tanto por isso, além do quê eu não sei se amanhã estarei viva.
Minho rapidamente compreendeu e iniciou um beijo, um beijo com gosto de dipirona, mas o melhor que eu já tinha dado. Nos afastamos e me deitei em seu ombro:
ㅡ Sua febre abaixou, podemos ir dormir. ㅡ afirmei feliz, ao colocar a mão na testa do mesmo.
Me levantei de cima de si e me sentei no chão, dando batidinhas na perna, indicando que ele deveria se deitar ali. Ele sorriu e o fez, acariciei seus cabelos até que o mesmo adormecesse, e então dormi com a cabeça apoiada na parede.
[...]
Eu não sei ao certo quando tinham nos liberado, mas o Sol entrava pelo elevador, o que me fez acordar, Minho ainda dormia em meu colo. Olhei para fora e vi dezenas de pessoas observando aquela cena: alguns técnicos que imagino terem concertado o elevador, e o resto eram funcionários de diferentes setores do shopping. Nos olhavam com sorrisos maliciosos nos rostos, fiquei emburrada, ligeiramente emburrada.
Lee Know acordou e no ato mais rápido da história, fechou meu sobre-tudo ㅡ que ele vestia ㅡ e assim escondeu seu abdômen definido. Se levantou de supetão, ajuntou minha bolsa e pegou em minha mão, saimos caminhando tranquilamente pela fenda de pessoas que se abrira ali, podia sentir os olhares maliciosos sobre nossas cabeças e corpos, assim senti minhas bochechas queimarem.
Passei o dia cuidando de Minho.
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Desculpem a demora para postar, foi por causa da escola, eu agora tenho atividades em dobro por causa da escola.
Obrigado pelos 2K!! Eu vou explodir de felicidade.
Quero também agradecer especialmente às pessoas de outros paísese que lêem meus imagines, como por exemplo: Angola, Portugal e EUA.
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◍̷ ָ֪֗ Imagines Stray Kids◍̷ ָ֪֗
FanficAlguns imagines com os bolinhos da JYP, para iludir as stays mais do que elas já são. ﹋.* ೃೀconteúdos fluffly, Soft, hot and sad. ﹊﹎‿︵ Vote, comente e compartilhe se gostar. 1° em #bangchan: 21/01/2021 1° em #hanjisung: 13/03/2021 1° em #seochangb...