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Entrei no carro em choque ainda, não sabia o que falar ou na verdade o que perguntar.

Fiquei em silêncio vendo ele dirigir pelas ruas movimentadas de Chamberí até ele mesmo quebrar o silêncio.

Alva: tudo certo na viagem? - perguntou analisando minhas mãos em cima da minha coxa e voltando a sua visão para a estrada.

Ele está muito diferente, não digo fisicamente, mas de outra forma que nao sei explicar.

Liz: Foi tranquila. - ele respirou fundo, ele queria dizer algo era nítido. - Quer começar me contando o porque de eu estar aqui? - ele deu um meio sorriso mas não tirou a seriedade do rosto.

Alva: Eu sai de lá, mas não deixei você sem proteção. - me olhou. - estamos chegando, vamos conversar melhor.

Não demorou muito ele parou o carro em frente à um edifício grande e muito bonito. Desci e ele pegou minha bolsa.

Alva: vai precisar comprar algumas coisas pra tu né? - assenti. - Amanhã saímos pro shopping daqui pra tu comprar tuas paradas.

Entramos no edifício, subimos para um dos últimos andares, entrei no apartamento muito bem mobiliado, bonito e organizado. Havia uma senhora na cozinha e sorriu ao meu ver e começou a falar porém eu não entendia uma palavras, ela era espanhola.

Alva: Ella no entiende, Lupita. Tómatelo con calma con las palabras hasta que se acostumbre.
*Tradução: Ela nao entende, Lupita.
Vá com calma nas palavras até que ela se acostume.*

Lupita: ¡Discúlpeme señor! Bienvenido zenhorita.
*Tradução: Perdão senhor!
Bem vinda zenhorita.

Liz: Obrigada! - sorri.

Alva: A última porta do corredor é meu quarto, as duas anteriores são quartos vagos, pode escolher um, fica a vontade, toma um banho e já eu vou lá pra gente levar um papo. - assenti entrando na penúltima porta do corredor próximo ao quarto dele.

Separei uma roupa e tomei um banho, sai enrolada na toalha, passei um creme no corpo e desodorante, coloquei minha roupa e sentei na cama pra pentear o cabelo quando ele entrou no quarto, terminei de pentear e coloquei o pente em cima da cama e olhei fixamente pra ele.

Alva: Eu sai fugido porque errei, estavam tramando pra mim e eu tive que me defender, eles são muitos e eu sou sozinho, tenho alguns por mim mas não é suficiente. Ninguém sabe de mim e se tu quiser ninguém vai saber de tu também.

Liz: Eu não posso viver fugida, você tem rabo preso eu não, ninguém pode me obrigar a estar onde não quero. Eu vou voltar pro Rio! - falei firme mas sem certeza nenhuma.

Alva: Tu pode voltar, mas da um tempo. Eu não vou voltar, eu sou sozinho na vida mermo tenho nem motivo pra voltar, voltar pra morrer?

Liz: Acharam que tu tinha pulado o muro.

Alva: Jamais... errar eu erro, mas cometer essa traição com a Fac jamais. Sou todo errado mas naquele meio quem não é que de o primeiro tiro. - sentou do meu lado.

Liz: Eu só quero viver minha vida normalmente.

Alva: A1ui tu pode.

Liz: Aqui eu me chamo Leilane?

Alva: Sim, foi o que eu consegui.

Liz: não me importo com o nome, só preciso me acostumar. O que tu faz aqui?

Alva: A mesma coisa de lá, mas aqui é outra fita, outro patamar.

Liz: Eu preciso descansar, a viagem foi longa. - levantei e ele segurou em meu braço.

Alva: Tu continua linda. - me olhou e eu suspirei, quem eu quero enganar? ESSE homem mesmo depois de tudo mexe com meu corpo de uma forma.

Liz: Me deixa descansar por favor. - Faleo num sussurro.

Alva: Tu quer mesmo? - encarei os olhos dele que me encararam de volta com uma malícia absurda e me beijou.

Um beijo violento, cheio de desejo, tesão, fogo, mas paramos assim que ele colocou a mão por dentro da minha blusa. Ele se afastou e me desejou um bom descanso saindo do quarto em seguida.

Sentei na cama pensativa.

- FLOR DE LIZ🌻'Onde histórias criam vida. Descubra agora