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Alguns dias aqui na Itália e eu estou me sentindo bem, consegui contato com a minha ex sogra e ela me disse que o Vitor foi até a casa dela me procurando, tentei explicar por alto o que houve mas não entrei em detalhes para não assusta-la.

Alvarenga tem sido um verdadeiro cavalheiro, estranho, mas nao discuto nem questiono, que seja.

Eu realmente gostaria de voltar pro Rio, não foi justo, não foi certo o que houve, o que aconteceu, mas eu não vou estragar o resto da dignidade que eu tenho, preciso me proteger porque sou eu por mim nessa vida e somente eu.

Alva: Lizandra, preciso falar contigo. - falou entrando no quarto.

Liz: Pode falar. - me virei pra ele. - senta aqui. - apontei pra cama e ele sentou.

Alva: É o seguinte, vou ter que voltar pro Rio! - encarei ele sério. - O Peixe sabe que eu tô por aqui, ele sabe de tudo na real, ele sabe que tu ta aqui também MAS tu não é obrigada a voltar e é sobre isso que eu quero falar contigo.

Liz: Eu vou voltar contigo. - ele negou. - tu me ajudou Alvarenga, por mais ruim que tu seja na tua vida, comigo tu não foi então eu vou voltar se for pra te ajudar.

Alva: Na moral, bagulho é foda mesmo, vim pra mudar tá ligada? Eu entrei nos esquemas daqui porque eu nasci pra isso, mas eu não posso fugir do que eu fiz, preciso voltar pra mostrar pra eles que eu não pulei o muro, que não fui x9 e que fui fiel a facção até o último, meu erro foi trair o Vitor mas não me arrependo, se geral soubesse o que eu sei dele ninguém dava essa moral toda não e eu deixei essa fita passar, mas é isso, da minha boca ninguém vai saber porque eu sou ruim, mas não me igualou não.

Liz: o que tu sabe do Vitor? Porque vocês tem essa rixa?

Alva: Não tem rixa não Lizandra, a rixa começou depois que tu apareceu, eu apaixonei, ele também, aí fodeu, mulher é um bixo ruim mesmo sem querer ser, vocês entram na mente e faz foder o bagulho todo.

Liz: Me diz o que tu sabe dele.

Alva: Não Lizandra, tu pode soltar aí e dizer com o resto de tudo.

Liz: Mas se isso pode te ajudar você tem que usar a seu favor. - ele me encarou.

Alva: Já falei que não Lizandra! - falou mais alto e eu escolhi. - desculpa aí, mas é parada seria não da pra brincar não.

Liz: Tá, só quis ajudar. - falei levantando da cama e vendo ele olhar meu corpo.

Esses poucos meses que estou aqui não tivemos muito contato, nos vemos mais na parte da manhã, ele sai e fica o dia todo fora e quando volta eu praticamente já estou dormindo, mas confesso que eu sinto vontades, desejos ainda mais quando vi ele se masturbando no banho.

Estou lutando pra não acontecer, mas a vontade é de deixar rolar.

Alva: Vou sair pra comer, quer ir?- neguei.

Liz: Vou fazer uma lasanha de berinjela.

Alva: pô, vou nem sair mais então.

Liz: E eu te convidei quando?

Alva: Tu não tem escolha! - falou saindo do quarto e eu fui atrás indo pra cozinha, vendo ele sentar na bancada de frente pra mim.

Liz: Me ajuda? - falei e ele assentiu levantando e vindo ao meu lado.

Alva: Quer O que?

Liz: lava as berinjelas e depois corta elas em comprido, assim. - fiz sinal mostrando pra ele que assentiu e foi pra pia.

Quem vê assim nem acha que é bandido.

- FLOR DE LIZ🌻'Onde histórias criam vida. Descubra agora