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Já tem mais de 1 semana do acontecido aqui em casa e depois daquele dia eu não vi mais o Vitor, minha vida ta de ponta cabeça e parece que a falta do Vinicius ta aumentando com a ausência do Vitinho, eu me apaguei nele como um escudo, como um irmão, sim, ele ta fazendo falta, muita e eu quase mandei mensagem pra ele mas ele me bloqueou.

Sai de casa indo até uma lanchonete que tem aqui perto, calor desse e eu vou tomar um açaí porque não sou obrigada.

Entrei e pedi um açaí de 700 com tudo que tem direito, sentei pra esperar.

Fiquei fuçando o celular até escutar a voz do Vitor, levantei o olhar disfarçadamente e ele me olhava, abaixei a cabeça voltando a atenção ao celular.

Chegou meu açaí e comecei a comer, uma garota morena, bem bonita entrou e pediu um açaí também, como estava cheio eu a chamei pra sentar aqui, ela agradeceu é sentou na cadeira de frente comigo.

Xxxx: muito obrigada, terrível comer em pé e na pracinha ta batendo tanto Sol que era capaz de derreter tudo. - eu sorri.

Liz: magina, fica a vontade. - ela sorriu.

Marcela: Sou a Marcela e você?

Liz: Lizandra. Prazer! Pode me chamar de Liz.

Marcela: Pode me chamar de Ma, todo mundo me chama assim ou de Japa que é meu apelido. - sorriu.

Liz: Ta bom. - sorri de volta, o açaí dela chegou e ela começou a comer.

Marcela: Tu nera daqui não né? - neguei.

Liz: Eu nasci aqui, mas eu nunca fui de parar em casa, sempre viajando, estudando e graças a Deus trabalhando muito. Voltei agora porque fiquei viúva e acho que precisei de um tempo.

Marcela: Ahhh, to ligada, tu é a filha da Dona Ana né? - assenti e ela sorriu. - poxa tem nem como não dizer tu é a cara da tua mãe.

Liz: Obrigada! - ela sorriu. .

Marcela: Qual a tua com meu irmão? - eu fiquei sem entender. - O Vitor cara, sou irmã dele.

Liz: sério? Ah, nada ele só foi muito legal comigo e sou grata por isso.

Marcela: Vitor nem parece o bandido que é. - eu ri. - é gerente de tudo aqui e é tão bom de coração. Uma coisa não condiz com a outra mas eu sei que ele é a parte sensata no Alvarenga.

Liz: Quem é Alvarenga?

Marcela: O Patrão, o frente daqui.

Liz: Ah, esse é o nome dele? - ela assentiu.

Marcela: Aqui são os 3, MP que é meu namorado e gerente do Pó de 10, Vitinho meu irmão que é o Gerente geral e o Alvarenga que manda neles tudo. Sacou? - eu assenti.

Liz: complicado né.

Marcela: Difícil aguentar a vida deles, não sabe se volta vivo, se volta morto, se vai ta preso. É tenso mas o amor suporta tudo e o MP não é comigo o que ele é lá fora com os outros, fora de casa é o MP, dentro de casa ele é o Matias somente.

Liz: Ta certo, eu entendo você.

Marcela: Luz eu tenho que ir mas me passa seu contato, te mando mensagem pra gente marcar alguma coisa, adorei tu.

Passei meu contato pra ela e também levantei indo pra casa, na porta de casa o Vitinho estava lá parado. Engoli em seco.

Liz: Boa tarde.

Vitinho: A gente pode bater um lero? - assenti. Abri a porta e ele entrou e sentou no sofá.

Liz: Pode falar.

Vitinho: desculpa aí por aquele dia, mas tu entende né. Olha a vida que eu levo e olha de onde você veio. Te achei maneira de verdade, tu é de poucas que existem. Eu tenho vários bagulho pra te contar mas vai de tu querer saber a real mesmo.

Liz: Que real? Do que você tá falando? - falei confusa porque realmente eu não estava entendendo.

Vitinho: Ai Liz, teu marido o tal do Telles, não é o cara que tu achava que era não. Tu sabe porque ele morreu? - assenti.

Liz: Você conhecia meu marido eu ja percebi, e ele morreu porque foi querer denunciar a Milícia. Ele contava tudo pra mim.

Vitinho: Parece que não era tudo que ele contava nao.

Liz: como assim? O que tu ta insinuando Vitor? - falei mais nervosa.

Vitinho: Teu marido era o mais envolvido na Milícia, teu marido era aquele que subia o morro ora pegar dinheiro pra ficar de bico calado.

Liz: Não, claro que não Vitor. - levantei. - tu ta confundindo, claro. Deve ter quantos Telles na corporação?

Vitor: Vinícius Telles, filho da Mercedes e do Ailton, pai dele também era ex policia e também era da Milícia. Morreu com um tiro na cabeça disparado pela arma do pai do Alvarenga mas que na realidade quem matou foi o parceiro dele. Teu marido foi a mesma situação, só que o Juliano matou na arma dele e aí que ele vacilou, matou o Telles pra entrar no lugar dele ja que ele não abria mão de ganhar um extra.

Liz: Eu nao acredito em nada do que você tá dizendo. - eu comecei a chorar.  - O Vinicius era bom, ele prendia gente como você, ele não era igual a Você! É impossível.

Vitinho: Se liga. Tu ta aqui no morro mandada? - falou se aproximando de mim e eu recuei.

Liz: NÃO!! - falei alto. - eu fugi pra cá porque eu estava sendo ameaçada, eu... eu só achei que aqui fosse o melhor lugar e que Polícia nao entra fácil. - respirei fundo. - mas aqui é onde mora todo perigo. Eu vou embora daqui, me deixa ir embora Vitor eu prometo que eu sumo, você nunca mais ouve falar de mim.

Vitinho: sem caô, acho melhor tu meter o pé mesmo. - escutamos um estrondo e eu vi a porta da minha casa praticamente desmoronar na minha frente.

Olhei e vi o Alvarenga entrar junto de mais uns 4 homens e o Juliano.

Vitinho: Colfoi Alva?

Alva: a princesa ai vai com a gente.

Vitinho: como assim? - fui pra tras do Vitor, eu estava aflita, com muito medo.

Alva: Tu tava sabendo que ela é mulher do Telles Vitor? - senti O Vitor engoli em seco e me olhar e eu tentei conversar com ele pelos olhos que entendeu.

Vitinho: Mulher do Telles? Tá de caô.

Liz: Eu... sim, eu era mulher dele, mas o que tem a ver isso? O que eu fiz?

Juliano: Ta geral te procurando, tu ta sumida Pô, subi pra te buscar porque tu sabe demais. - piscou pra mim.

Alva: Ela ta vendida pro Soldado. - o Juliano sorriu e eu senti vontade e de vomitar. - bora, sai dai Vitor.

Liz: Eu nao vou, não to a venda e não sou leilão. Eu sou viúva e o que o Vinicius fazia fora de casa era problema dele, ele não trazia pra dentro de casa. Eu nao vou com ninguém! - falei firme mas deixei a voz falhar no final.

Alva: Tu vai Pô porque sou eu que tô mandando. E aqui nessa porra quem manda sou eu ta entendendo? - dois caras me pegaram pelo braços enquanto os olhos do Vitor estava em mim, ele não fazia nada, não dizia nada, apenas olhava aquilo com o rosto vermelho. Senti tamparem minha respiração com um pano e eu me debatia até ir escurecendo e eu nao lembrar de mais nada!

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PQP, eu escrevi esse capítulo com um ódio desse Alvarenga!
Porra....
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💗


- FLOR DE LIZ🌻'Onde histórias criam vida. Descubra agora