Era madrugada de 31 de outubro de 1981, um homem idoso com uma roupa chamativa caminhava pela 'Rua dos Alfeneiros' até parar na porta da casa de número quatro com um gato malhado ao lado. Passando algum tempo, o gato se transformou em uma mulher com feições severas e reclamava com o homem sobre como a família que morava naquela casa não era adequada para alguma criança, ambos pararam sua conversa quando viram uma motocicleta sobrevoando a rua descer de repente, o meio gigante montado na motocicleta desceu da mesma e entregou um embrulho para o homem idoso que colocou aquele enrolado de mantas dentro de uma cesta e deixou na frente da porta da casa enquanto exibia uma falsa cara de bom velhinho, porém, seus olhos brilhavam em certa malícia e depois os três se afastaram da casa, o que nenhum dos três bruxos notaram era um homem alto de cabelos platinados e olhos bicolores observando a cena e zombando do velho de roupas chamativas enquanto esperava os três se afastarem para que ele resgata-se o embrulho abandonado que possuía um bebê de um ano que ficou órfão naquela noite.
Só os dois homens idosos que estavam em pontas opostas daquela rua sabiam da verdade sobre o garotinho dentro, um idoso de roupas chamativas queria controlar o pequeno garoto quando chegasse a hora, enquanto o de olhos bicolores queria vingança, mas ele não queria vingança só por ele mesmo, mas também pelo seu filho de consideração que levou culpa de muitas coisas pelas quais ele nem sequer presenciou.
O homem se esgueirou até a porta da casa número 4 quando os três bruxos foram embora e pegou o embrulho nos braços enquanto tirava a manta do rosto do bebê e sorria de forma doce para o garotinho que abriu os olhinhos e observou o homem com um olhar curioso, deixando o mais velho encantando pela coloração dos olhos do bebê que eram de um verde mais brilhante que a maldição da morte.- Você vai mudar o mundo pequenino, eu e meu garoto não vamos deixar ninguém te machucar nunca!
O homem se afastou da casa com o bebê nos braços e a carta que o velho deixará na cesta com o bebê, quando o homem chegou até um beco ele abraçou o garotinho e sumiu sem deixar vestígios.
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Um homem de olhos vermelhos rubi caminhava pelas sombras pensando no erro que o mesmo quase cometeu e se culpando por ter sido tão ingênuo em ter acreditado em um velho que só tentava manipula-lo a cada segundo de sua vida, ele se esgueirou até o grande portão do casarão onde morava com seu padrinho enquanto se preparava para ouvir o homem jogar em sua cara o tamanho do seu erro e de como ele havia lhe avisado que ir atrás de um bebê era uma péssima ideia, porque afinal era apenas um bebê que merecia crescer como uma criança normal e que aquela maldita profecia que foi fornecida para o velho senil era apenas uma mentira para manipula-lo novamente. O homem saiu de seus devaneios quando percebeu que já estava na frente da porta da casa e logo rumou para dentro na mesma.
- Ok, você tinha razão e ir atrás de um bebê para mata-lo é uma ideia ridícula e insensata além de uma bela demonstração do quão idiota.... - O homem parou bruscamente sua fala enquanto olhava atônito para o homem a sua frente que estava sentado em uma poltrona verde musgo com algo embrulhado em uma manta no colo.
- Riddle... você matou alguém?
- Não...
- Então porque Albus vários nomes Dumbledore deixou essa coisinha na frente de uma residência trouxa?
Riddle se aproximou do padrinho para olhar o que tinha dentro da manta antes de responde-lo mas travou ao ver os mesmos olhinhos verde 'avada' que a pouco ele quase matou, mas que foram o mesmo motivo pelo qual ele voltou a si e percebeu a merda que ele iria estar fazendo.
- Gellert... os pais dele estão bem... James apenas bateu a cabeça e eu só estuporei a nascida trouxa... não tinha motivo algum para que a cabra levasse ele para trouxas... - Riddle pensou por alguns segundos até que a resposta veio a sua cabeça ou melhor... aos seus olhos. - Espere...
- O que foi Tom?
- Quando eu sai da casa... o mini Potter não tinha essa cicatriz... O que aquela cabra velha fez desta vez?
Só então Gellert percebeu a cicatriz em forma de raio na testa do bebê, a mesma ainda sangrava e os homens puderam sentir a magia que exalava da cicatriz, enquanto o pequeno Harry apenas olhava os dois homens com os olhinhos curiosos.
- Tom, me diga o que aconteceu.
Riddle explicou todos os acontecimentos até que parou como se pensasse novamente em todo os fatos daquela noite conturbada e continuou de forma surpresa. - Gellert, quando eu estava pronto pra matar o garoto eu travei, ele me olhou como se pudesse enxergar a minha alma... eu senti algo estranho e então percebi o erro que eu ia cometer... Eu estava prestes a matar um bebê que nunca fez NADA para mim, e olha esses olhinhos... como um bebê consegue ter olhos tão lindos e profundos...
- Sim... esses olhos da cor da maldição da morte... Esse menino é precioso e a gente vai cuidar dele do jeito certo.
- Como assim... Nós iremos cuidar dele?
- Mais é claro, eu lhe avisei que era uma péssima ideia ir matar um bebê e mesmo assim você fez, e por algum motivo que a gente não vai saber ainda hoje, aquela cabra velha largou ele na frente de uma casa de trouxas, diga-se de passagem uma família de trouxas bem repugnante, e o coitado do pequeno só estava com uma manta e essa maldita carta que por algum acaso estava cheia de feitiços compulsivos. - Disse severamente entregando a carta para o afilhado que logo o leu em voz alta.
" Cara Sr. Petúnia Dursley
Sinto lhe informar que sua irmã Lilian e o marido foram assassinados por um bruxo das trevas e o pequeno Harry foi o único sobrevivente, creio que o garoto ainda corre o risco de ser morto se alguém lhe encontrar, portanto acredito que o melhor lugar para ele é ao lado da família. Peço encarecidamente que fique com o garoto e creio que um pouco de dinheiro a cada mês seja mais que suficiente para que sua pessoa se contente em manter o garoto sob sua supervisão, creio não ser conveniente que ele saiba sobre o mundo ao qual pertence e acredito que a senhora prefira não tocar neste assunto. Eu realmente não me importo com a forma que você preferir cuidar dele, somente lhe peço que mantenha o garoto fragilizado de uma forma ao qual seja fácil de moldá-lo
Agradecido, Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore"
- Ah que é hoje que eu mato esse velho, ele tá praticamente dizendo pra que tratassem o garoto como um lixo e para abusarem dele pra que seja mais fácil de manipula-lo da mesma forma que aquele homem repugnante fez comigo.
- Acalme-se Tom, tudo ao seu tempo... creio que Albus tenha algum tipo de feitiço naquela casa para saber o que acontece com o garoto, imagine a cara dele quando descobrir que o pequenino nem sequer entrou naquele lugar. - Gellert disse com um sorriso diabólico
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Em uma noite um garoto foi tirado dos pais
Em uma noite todos os bruxos festejavam a suposta queda do lorde das trevas
Em uma noite um velho manipulador acreditava ter sua arma para o sucesso
E em uma noite dois lordes das trevas receberam um presente...
Um bebê poderoso que eles iriam cuidar e proteger
Um bebê que mudaria o mundo.
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Little Peverell
FanfictionMuitos poderiam dizer que uma pessoa não seria capaz de criar um caos no mundo inteiro, mas quem diria que Dumbledore traria o caos com suas atitudes e mais inusitado ainda é dizer que esse caos viria através de uma criança abandonada pelo homem, ma...