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-Já lhe deste os parabéns?- Luke perguntou-me.

-Não sei se dou.- respondi-lhe seriamente. Há 2 meses que não falo com ela. Passados 2 meses é o dia de anos dela e eu estou aqui, incapaz de dizer sequer o seu nome, e sem saber o que faço.

-Podias-lhe ligar Michael.- Luke sugeriu.

-SIm, mas ela de certeza que mudou o número dela...

-Se ao menos soubesses o número lá da clínica onde ela está...- pois, o problema é esse. NEm para a clínica onde ela ia ela me disse.

Eu percebo porque é que ela fez isto, mas também doi ter de perder assim de repente uma pessoa de quem tanto gostamos.

-Ouve, depois vemos isso, mas agora temos de ir para a sala.- Luke puxou-me pela camisola e começámos a andar em direção à nossa sala onde iríamos ter matemática.

-Desde quando é que queres ir para as aulas?!

-Desde nunca, mas a minha mão agora conseguiu convencer o diretor a avisá-la sempre se eu faltar a alguma aula. E nem penses que eu vou arriscar.

E eu só em conseguia rir.

...

-Pior aula de sempre, odeio a minha mãe.- Luke comentou.

Eu cá passei a aula toda a pensar onde é que ela poderia estar. A 4 horas de distância, sim, mas onde?

-Não devem haver assim tantas...- comentei comigo mesmo.

-Estás maluquinho? Ai secalhar também precisas de ir lá para o tratamento.

-Cala-te meu! Não sabes do que é que estas a falar!- peguei-lhe na camisola pela gola e a minha vontade era de lhe bater mesmo no meio da cara. Mas não o fiz,a té porque fui interrompido.

-Então Sr. Clifford? O que é que se passa aqui?!- a Sra Robinson, a nossa professora de matemática perguntou-me.

-Ele anda doido por causa da namoradinha desaparecida!- Luke respondeu e eu quase que me ia atirando a ele mais uma vez, mas a Sra Robinson parou-me.

-Anda comigo, por favor.- ela disse-me.

Andámos até a um escritório que dizia numa placa presa à porta "Dolores Robinson". Ela não me disse nada, apenas me indicou o caminho para o escritório.

Eu entrei e ela também logo a seguir a mim.

-Então? Sr Clifford? O que se passa?- ela sentou-se numa cadeira mesmo em frente da mesa enorme de madeira escura, e eu sentei-me na cadeira do outro lado dessa mesa.

-Nada...- eu não estava a planear em contar-lhe nada sobre ela.

-Nada não é resposta meu querido. Soube há uns tempos que a razão por andares assim tão angustiado tem a ver com a tua namorad-

-Ela não é minha namorada!- a Sra Robinson deu um pequeno salto na cadeira, mas compôs-se logo a seguir.

-Pois... Ex-namorada, namorada, chama-lhe o que quiseres. Ela está onde agora?

Não, nem pensem que eu lhe vou contar nada. Ela já sabe de mais, por causa desses linguarudos que não sabem guardar um segredo.

Por isso calei-me.

-Ouve, os teus amigos contaram-me que foi por causa dela. Eu só te quero ajudar, porque ultimamente não tens estado, como é que eu hei-de dizer... Normal? E eu só quero o teu bem.

Homewrecker || michael clifford fanficOnde histórias criam vida. Descubra agora