A tragédia

3. orpheus and eurydice

Jennie recusou o pedido.

Algo em Lalisa incomoda Jennie como se ela fosse uma lixa em sua pele. Jisoo não disse mais nada quando Jennie a olhou severamente depois de recusar. As duas comem a comida que Jisoo fez enquanto assistem a um episódio de um dorama aleatório, algo que fazem quase todas as noites. Quase não há conversa durante o jantar, apenas curtindo a comida e a companhia uma da outra.

Após o jantar, Jennie lava a louça e as duas escapam para seus quartos para pernoitar. Normalmente, depois do jantar, as duas companheiras de quarto estudariam juntas na mesa de jantar, mas a primeira semana as deixa relativamente livres do trabalho. Jennie passa as últimas horas do dia lendo seus emails, ouvindo música e apenas se desestressando. Ela busca obras de seu interesse que estão disponíveis para compra no novo ciclo de obras de arte.

Sua atividade final do dia é sempre desenhar , qualquer desvio disso sempre resultava em um terrível dia seguinte. Jennie sempre seguiu a tradição. Ela coloca uma música suave em seu laptop para fazer barulho de fundo. Hoje ela decide fazer um simples esboço em seu caderno, Jennie não pintava com tintas tinha muito tempo, ela folheia seu livro, descobrindo que está chegando às últimas páginas. Ela olha para os últimos trabalhos que fez.

Há um esboço muito grosseiro de Jisoo cozinhando de uma semana atrás, outro de uma maçã na mesa da cozinha. Algumas eram de coisas aleatórias em Paris quando ela tinha tempo livre para explorar. Uma era de um Lamborghini estacionado no estacionamento de um parque em que ela estava. Outro de um grande castelo no topo da colina, a muitos quilômetros de distância. Depois, a mais recente, a Lalisa e Rosé no saguão.

Jennie estuda seu trabalho. Ela sempre foi sua maior crítica, é por isso que todas as suas obras de nunca são vistas por ninguém além de Jisoo e Jiwoo. Apesar da garantia constante de que sua arte é maravilhosa, ela nunca acredita nelas e continua a degradar suas habilidades. Jennie acha o esboço totalmente revoltante, seu pior trabalho até agora. As linhas estão mal desenhadas, apenas rabiscos colocados no papel sem qualquer pensamento. O sombreamento é horrível para mostrar de onde a fonte de luz está vindo e ela está convencida de que desenhou a Lalisa careca.

Jennie vira a página de frustração. Ela gostaria de estar melhor. Ela gostaria de ser tão boa quanto seu pai era. Kim pesquisa algumas orquídeas no google e decide desenhá-las antes de dormir. Desta vez, ela não apressa o processo. Colocando meticulosamente cada linha exatamente onde deveriam estar. Prestando atenção extra à fonte de luz.

Ela finalmente termina, um tanto satisfeita com seu trabalho, mas há sempre aquela voz constante no fundo de sua cabeça que ela não é boa o suficiente. Parece muito com seu pai.

(...)

O fenômeno Baader-Meinhof está em pleno vigor para Jennie durante toda a primeira semana. Onde quer que vá, Lalisa aparece de alguma forma. Terça-feira foi relativamente livre de Lalisa, não a viu nenhuma vez além de seu perfil no Facebook aparecendo na guia de pessoas que você talvez conheça. Jennie praticamente confirmou que a polícia a está rastreando a partir da quantidade de vezes que a Manoban apareceu desde seu primeiro encontro.

Quarta-feira foi o auge. Jennie viu Lalisa um total de três vezes, não como se ela estivesse contando ou algo assim. Ela viu Lalisa pela primeira vez quando deu o primeiro passo no campus. Era um dia ensolarado, ligeiramente frio, mas o calor do sol o tornava suportável. Manoban estava com uma longa jaqueta preta de inverno com um moletom marinho de capuz e jeans preto rasgado. Olhos castanhos rastrearam a mulher de cabelos cinzas por todo o caminho. A cabeça de Lalisa estava erguida, cheia de confiança.

A segunda vez foi quando Jennie estava caminhando em direção ao complexo de ciências para encontrar Jisoo em seu laboratório. Lalisa estava sentada no saguão, com um livro nas mãos. Ela parecia tão relaxada. Uma perna estava cruzada sobre a outra e parecia que ela era a dona do lugar. Kim não questiona o por que dela está lá.