4. der kuss

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Jennie está voltando para casa depois da aula. Parece que todos em Paris perderam seu compromisso porque as calçadas e estradas estão lotadas, a cidade está barulhenta, motoristas zangados buzinam um para o outro antes que o sinal fique verde. Pedestres conversando em seus telefones ou uns com os outros. Se eles não estavam falando com alguém, eles estavam andando muito rápido e ruidosamente.

Sair da sala de aula foi um inferno para Kim. Lalisa intencionalmente guardou suas coisas tão devagar, só para irritar Jennie um pouco mais. A morena está de pé ao lado dela, com sua mochila já colocada, olhando para a mulher de cabelos cinzas letargicamente. Uma vez que Lalisa se levanta, ela não sai imediatamente para deixar Jennie passar. Em vez disso, ela se vira, prolongando a tortura.

Elas ficam ali, olhando uma para a outra, mas não é estranho, é surpreendentemente normal. Elas não falam enquanto os alunos passam pela única saída da sala. As duas apenas olham. Jennie começa a se sentir desconfortável, depois que a maioria deles saiu, a sala ficou em silêncio. É quando Lalisa gira os calcanhares e sai da fila, sem murmurar nenhuma palavra. Jennie sai correndo, tentando ultrapassar a mulher perto das escadas, mas Lalisa não a deixou passar.

Jennie está convencida de que Manoban foi colocada neste mundo para atormentar sua existência. Cada interação com a mulher de cabelos cinzas deixava Kim nervosa e irritada. Céus, até a forma dela andar a irritava. Jennie segue atrás dela enquanto os últimos alunos deixam a classe. Tecnicamente, apenas Jennie e Lalisa ficaram na sala de aula. Há uma tensão flutuando no ar entre as duas, torna o ar espesso, dificultando a respiração. A morena se sente cada vez mais inquieta.

Assim que a dupla conseguiu sair do prédio, Lalisa diminuiu a velocidade para que andassem lado a lado. Jennie a vê fazendo isso, mas em vez de acompanhar o ritmo, Jennie passa pela mulher de cabelos cinzas, resmungando que precisa ir para a aula. Kim está extremamente desconfortável com a sensação desconhecida dentro dela. Mantendo a velocidade de um speed walker olímpico, ela está tentando fazer distância entre elas para diminuir o ar espesso. Felizmente, Manoban não tenta acompanhar.

O ar frio de janeiro envolve Jennie. Ela acha isso refrescante, substituindo o ar venenoso de seus pulmões por ar fresco. Muitos pensamentos passam por sua cabeça. Um após o outro, cada passo que ela dá é outro pensamento. Um, Jennie odeia Lalisa por tudo o que ela é, pretensiosa, arrogante, narcisista. Dois, Jennie se relaciona com Manoban de certa forma, ela sabe que é vista como pretensiosa, intransigente e de modo geral detestada. Três, Lalisa é meio gostosa, e tem esse sorriso encantador e faz Jennie derreter por dentro, mas ela se recusa a reconhecer tal pensamento. Quatro, o sorriso é odioso, como se a mulher de cabelos cinzas soubesse que ela é extremamente atraente e usasse isso a seu favor.

A guerra dentro de sua cabeça não para, deixando-a ainda mais confusa. Os pensamentos não param até que ela entre em seu apartamento, onde ouve música suave vindo dos fundos. Jennie arrasta os pés no piso laminado, na esperança de não produzir outro pensamento através de seus passos.

Jennie chega à porta aberta e vê Jisoo em sua mesa branca em sua grande cadeira preta de escritório, curvada, olhando atentamente para seu notebook. Suas paredes estão pintadas de cinza claro cobertas com pôsteres de filmes e uma estante de jogos com luzes penduradas no topo. Jennie se encosta no batente da porta com os braços cruzados.

— Adivinha o quê aconteceu.— A voz da Jennie faz Jisoo desviar os olhos de seu laptop.

— O que?— Suas sobrancelhas estão franzidas, Jennie suspeita que ela deve estar fazendo algo estressante.

— Tive minha aula de tecnologia, tragédia e música hoje. Eu estava cuidando da minha própria vida, digitando emails e outras coisas. Quando Lalisa vem e se senta ao meu lado.— Jennie solta uma risada com a memória enquanto balança a cabeça. Ela está retirando propositalmente alguns detalhes, o rosto de Jisoo está chocado. Sua boca está aberta, a armadilha perfeita para moscas. A morena ri novamente.

A tragédiaOnde histórias criam vida. Descubra agora