A tragédia

8. förtvivlan

Todos os olhos estão em Jennie agora. É silencioso. A boca de Jisoo estava aberta. Os olhos de Lalisa cheios de surpresa. Chaeyoung está sem palavras.

Ninguém diz nada. Jennie fica cada vez mais desconfortável, ela muda seu peso de um lado para o outro. A ansiedade aumenta, o silêncio é ensurdecedor e seus ouvidos começam a zumbir. Ela não sabe de onde veio a ideia ou a coragem de dizir tal coisa. Foi fugaz, como tudo em sua vida.

Jesse quebra o silêncio primeiro. — Essa não é uma ideia terrível.

Silêncio novamente. Talvez elas precisem de mais incentivo.

— Qual é o problema? Não é como se isso fosse mudar nada. Manoban e eu somos amigas.— Jennie continua, sua voz está ganhando confiança. — Dessa forma, você pode comparecer a todas as suas aulas e não precisa lidar com a Niki. Então, isso soa como uma situação boa para ambas.

Os olhos de Lalisa estão ardendo em Jennie, ela se sente fortalecida sob seu olhar, como se Manoban fosse a chama de que ela precisava para acender um fogo interior. Isso a libera. Jisoo não parece nada convencida e Rosé parece que está considerando o plano.

— Posso falar com você em particular?— Jisoo pergunta, sua voz mal consegue passar por seus dentes cerrados. Jennie acena com a cabeça e elas pedem licença e vão para o quarto da morena mais nova. Os passos de Jisoo foram pisoteados, pesado e cheio de dúvidas. — O que você está fazendo?— Sua voz está baixa, mas há um toque frenético nela.

— Não é uma má ideia.— A voz de Jennie é igualmente abafada e frenética. — Não é como se eu gostasse dela ou algo assim, somos apenas amigas e se isso a ajuda a aparecer para à aula, então me ajuda a me estressar menos.

Jisoo absorve as palavras de sua amiga. Jennie pode ouvir os três na sala tendo sua própria conversa tranquila. Eventualmente, Jisoo relaxa, finalmente entendendo o ponto de vista de Kim. Ainda há uma hesitação. — Ainda não estou convencida.

— Confie em mim Soo. Eu juro que não há mais nada entre nós. Isso é mais para mim do que para ela.

Um momento se passa. Jisoo está começando a relaxar, mas Jennie tem certeza de que ela nunca aceitará isso totalmente. A morena olha esperançosa nos olhos de sua amiga, a princípio, ela não recebe nada em troca, mas aos poucos tudo brilha de acordo. Kim abre um largo sorriso antes que as duas saiam da sala e voltem para o grupo. A sala fica em silêncio com a conversa anterior e todos trocam sorrisos tensos.

Lalisa sorri para Jennie e é surpreendentemente genuíno. Ela retorna um de volta. Ninguém fala mais sobre isso, provavelmente guardando para depois do filme e dando mais tempo para pensar. Jisoo se senta em uma das pontas do sofá, forçando Jennie a se sentar entre Manoban e ela. Ela se senta, totalmente ciente de que está basicamente sentada no colo da mulher de cabelos cinza. Está hiperconsciente do fato de que seus corpos estão tão próximos. Manoban se sente tão quente ao lado dela, ambas estão tensas. Jennie se lembra que elas precisam de um sofá maior.

Enquanto Jisoo se concentra em colocar o filme, Jennie se vira para Lalisa e sussurra. — Você está confortável?

Manoban olha para ela. Seus olhos âmbar brilhando com a luz da TV. — Sim, não se preocupe.

De alguma forma, Jennie foi excluída da conversa sobre o filme que iriam assistir. Os quatro decidiram assistir um novo filme de terror do qual Kim nunca tinha ouvido falar. A morena sempre odiou filmes de terror porque ela se assusta muito fácil. Antes do filme começar, um cobertor muito grande é colocado sobre as quatro meninas.

Eles estão no meio do filme, Jennie está nervosa e todos eles estão meio bêbados. O filme vem aumentando a tensão durante toda a duração e a morena sabe que o clímax está chegando. Ela brinca com as mãos no colo, tentando ao máximo não gritar sempre que há algo novo na tela. Ela não sabe do que tem mais medo, do filme ou do braço de Manoban que está enrolado em sua cintura, Jennie se encontra derretendo no abraço de Lalisa. Deus, como ela é uma lésbica inútil.