11. love's shadow

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Aquela semana inteira foi extremamente confusa para Jennie. A conversa de segunda-feira resultou no desaparecimento de Lalisa da face da terra, e elas se falaram hoje como se nada tivesse acontecido. Este constante desaparecimento está se tornando cansativo, o vazio ausente puxa a morena mais longe a cada vez. Ela não sabe o quanto mais pode afundar antes que Manoban não consiga puxá-la para fora. A morena está preocupada que esteja se aproximando rápido. Mas agora, é sexta-feira à noite, depois da aula, e Manoban está sentada ao lado dela. Jennie não sabe como acabou na cama de Lalisa, culpando um momento de fraqueza.

— Você traz todos os seus amigos para a sua cama também?— Jennie pergunta. Elas não estão uma de frente para a outra, em vez disso, olham para a frente na parede cinza vazia. O celular de Lisa entre elas, tocando uma música suave.

— Não, só minhas amigas.— Manoban brinca, e Jennie não consegue deixar de sentir um frio na barriga.

— Manoban!— Jennie diz enquanto observa Lalisa exalar uma nuvem de fumaça. A mulher de cabelos cinza entrega o baseado aceso para Kim, que dá sua própria tragada.

— Desculpe baby, apenas minhas namoradas falsas.

Jennie revira os olhos quando Lalisa dá a ela aquele sorriso estúpido característico, seus olhos brilham. A morena acha essa garota insuportável às vezes, mas ela anseia por sua presença. Ela da outra baforada e devolve o baseado. Ela pode sentir seu corpo começar a relaxar. Há um silêncio confortável entre elas, uma música calma flutuando no ar.

— Posso te fazer uma pergunta?— Lalisa pergunta depois de inspirar profundamente. Jennie acena para que ela continue. — Você ainda pinta?

Jennie fica um pouco surpresa com essa pergunta. — Nada com tintas desde aquele último retrato.— Manoban devolve a erva.

— Por quê?

Jennie fica tensa com a pergunta. Ela nunca disse isso a ninguém, nem mesmo a Jiwoo ou Jisoo quando perguntaram. Lalisa percebeu sua hesitação, colocando a mão tatuada na coxa da morena. — Bom, eu costumava pintar retratos. Então, quando meus pais morreram, eu simplesmente parei.— Ela finalmente disse em voz alta. Uma onda de alívio a invade, tirando o peso de seus ombros, mas o fardo ainda está apertado em seu peito. Muitos anos de silêncio, ela estava preocupada que nunca seria capaz de deixar isso sair.

O polegar de Lisa esfrega a coxa de Jennie. — Você quer voltar a pintar?

— Sim, mas não sei se posso e não quero pedir a ninguém que seja meu modelo se eu não puder realmente fazer isso.— Jennie responde timidamente. Ela observa o baseado queimar entre seus dedos.

— Eu vou modelar para você. Talvez em outro universo eu já tenha feito isso.— Lalisa diz enquanto pega o cigarro.

A cabeça da morena vira na direção de Manoban. A mulher não está olhando para ela, em vez disso, está olhando para a parede em branco. Ela leva o baseado aos lábios e inala com os olhos de Jennie neles. A morena está totalmente ciente de que a mão de Manoban ainda está em sua coxa. Quando ela exala, Lisa se vira para encarar Kim. Seus olhos cor de âmbar estão nos lábios da mulher a sua frente. Jennie quer tanto beijá-la.

Mas ela desvia o olhar para a parede. — Talvez depois de Milão.

Ela vê Manoban balançar a cabeça com o canto dos olhos. Lalisa se move para apagar o baseado no cinzeiro da mesinha de cabeceira. Os olhos de Jennie voltam para a mulher, ela está sentada de pernas cruzadas agora na cama, sua mão tatuada encontra o caminho de volta para a coxa de Jennie. Seu coração começa a bater mais rápido por um motivo diferente agora. Ela sente um calor subir à sua cabeça.

A tragédiaOnde histórias criam vida. Descubra agora