Dez

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Victoria

   A primeira coisa que pensei quando cheguei na propriedade dos White, foi solidão;

O motivo?

   A casa era localizada no topo de uma colina, sendo completamente isolada do resto da cidade. Longsford era uma cidadezinha realmente bela e terna, que infelizmente, não teria a oportunidade de conhecer melhor.

    A casa era enorme, tendo um estilo gótico que mais parecia-me com uma mansão mal assombrada. Realmente, não parecia ter vida ali, tendo em vista a deplorável situação em que o jardim encontrava-se.

Sem mencionar no frio eminente que fazia naquele lugar; Longsford em si, já era frio, mas então temos uma propriedade no topo de uma colina, circundada por mata nativa. O resultado é um frio eminente.

   Os empregados da casa, eram realmente prósperos e gentis; ambos receberam-me com verdadeiro entusiasmo e educação. Acabei assustando-me com a quantidade deles, espalhados por toda a casa.

Quantos empregados seriam necessários para cuidar de três adultos?

Estava sendo apresentada à casa, por uma das criadas, quando de repente, o som de algo caindo chamou à minha atenção.

   — Santo Deus! — disse uma voz à minha frente, aparentando completo horror.

Ergui o olhar e vi uma mulher baixinha de cabelos grisalhos, com o  uniforme de subordinada. Os olhos dela arregalaram-se, parecendo visualizar um fantasma diante de si.

   — Senhorita Elsa...? — perguntou-me ela, de olhos arregalados.

Franzi as sobrancelhas.

Elsa...? Quem é Elsa?

A mulher pareceu dar-se conta de que havia equivocado-se a cerca de minha identidade, pois rapidamente, tratou de recolher a bandeja sob o chão, assumindo em seguida, uma postura de desculpas. 

    — Oh, perdão! Sou realmente desastrada! A senhorita deve ser Victoria Jones, certo?

Assenti e forcei um sorriso.

   — Olá, senhora.

   — Oh! Olá, senhorita Jones! — apressou-se em fazer uma reverência—, estávamos à sua espera.

Estávamos?

Arqueei uma sobrancelha.

Até parece. Se tinha certeza de algo, era que James White não considerava-me bem vinda ali, em sua casa. Não havia dúvida alguma de minha parte, considerando a forma desagradável como ele olhou-me, assim que pus os pés em seu território.

A mulher a minha frente piscou, avaliando-me minuciosamente, antes de erguer uma das mãos até mim.

   — Sou Marilyn Manson, senhorita. Será uma prazer servi-la.

Sorri.

    — Olá, Marilyn. É um prazer conhecê-la.

Marilyn olhou para a criada que anteriormente apresentava-me a casa, e deu-lhe a bandeja.

   — Querida, deixe que assumirei daqui. Leve isto para a cozinha, por favor.

A criada assentiu, fazendo uma reverência antes de retirar-se.

Marilyn pigarreou.

    — Espero que não importe-se que seja eu, quem a guiará a partir daqui.

    — Claro que não! Fico realmente grata.

    — Então, senhorita. — olhou-me dos pés a cabeça—, parece-me realmente jovem. Se me permite perguntar, qual a sua idade?

Aceite meu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora