cap 3: O pacto

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Foi há 14 anos atrás…

15 de dezembro de 2003,19:30 p.m.

Caminhava irritado pelas ruas pouco iluminadas de Seoul, não estava indo para casa, queria esfriar um pouco a cabeça. A neve caía sobre suas vestes, claro que não sentia frio, mas Taehyung não perderia a oportunidade de usar roupas chiques de frio.

As casas e as lojas tudo enfeitado de coisas natalinas, embora a neve o incomodasse, fazia se lembrar de sua mãe Kim Jang-mi. Se lembrou de como ela adorava a neve e de quando brincavam de guerra com bola de neve e que construíam bonecos de neve. Ele sempre procurava pensar nesses momentos felizes com ela para que se acalmasse.

Aquilo de outra forma conseguia não amenizar sua irritação, não gostava muito de lembrar do passado, sua mãe lhe criou com tanto amor e carinho para que no final estivesse destinado a ser o dono do inferno.

Não se arrependia de ter vivido naquele carinho, apenas queria um motivo de ser aquele que será dono dos caídos.

Seus devaneios não puderam se manter firmes, parou por um momento lara esticar a mão vendo um lindo floco de neve cair sobre sua mão, sem perceber um sorriso de canto se formou em seus lábios.

Taehyung não gostava do frios, apenas nas sensações por trás que aquilo transmitia.

Tornou-se a caminhar, estava um pouco mais calmo, porém ainda pensativo. O que Jisso havia lhe dito era impossível de ser encontrado ou até mesmo de existir, passou seus séculos caçando almas ruins esperando que estivesse livre, porém não, ainda tinha um obstáculo: suas asas. A única coisa que poderia levá-lo ao inferno eram suas malditas asas, queria arrancá-las, mas sem a corrente não poderia.

Seus pensamentos foram interrompidos ao escutar um choro, um choro de criança. Poderia simplesmente ignorar o pirralho que se localiza na beira da calçada sentado,mas uma coisa que Taehyung adora eram crianças, se o ajudasse poderia se desviar um pouco de seus problemas.

O maior se deslocou para perto do garoto se sentando ao lado do mesmo, que chorava aos prantos, no momento em que percebeu a presença do estranho de cabelos escuros, escondeu rosto sobre os joelhos ficando totalmente encolhido no seu mundinho.

— Ei.. — a voz grossa veio em um sussurro — por que está chorando? — a pergunta não fôra respondida deixou Taehyung mais curioso e interessado em relação o porquê do choro.

O menino aparentava ter uns 6 ou 7 anos, não pronunciava nenhuma palavras, chorava baixo e corizava, algumas vezes tossia.

Podia muito bem ignora-lo e retornar a sua caminhada, mesmo que gostasse que crianças seus dramas eram insuportáveis.

— Te fiz uma pergunta. — o timbre sério fez o menino se assustar e encarar o homem pela voz grossa pronunciada — por que está chorando? — insistiu.

— Não posso falar com estranhos. — a voz aguda baixa era trêmula acompanhada de soluços.

Taehyung não só notou as lágrimas escorrendo pelas bochechas rosadas gordinhas, como também havia notado que o braço do pirralho sangrava, pois percebeu pelo cheiro doce e bom, o menino usava o casaco por cima do braço assim manchando o tecido.

Pelo cheiro tão forte o machucado parecia grave, provavelmente a causa do choro.

— De qualquer forma sou alguém que não irá machuca-lo— Inquiriu, recebendo novamente a atenção do garoto.

Kim não iria exitar em relatar sua pessoa, era nítido que seu nome já estivesse conhecido por aqueles que de certa forma tenta manter distância ou querer mata-los.

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