16. golden hour

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roi 💜💜💜 (ou será que eu devo dizer alô alô graças a deus?)

QUE SAUDADES DE VCS SCRR. Como foi a semana?? contem tudo amores. a minha foi bem cansativa, mas foi boa! 💕

vou deixar as notas pro final do capítulo (LEIAM PFVR).

esse aqui é ENORMEEEEE e foi bem trabalhoso, mas acho que valeu a pena :)

AAAAA e terça-feira foi aniversário da Taispetacular maravilhosa! obrigada por ler a história e sempre comentar, por conversar cmg e tudo mais. você é um anjo ❤️❤️❤️

boa leitura 💕

...

*"Existe uma palavra para o que estou sentindo? Feliz e triste ao mesmo tempo. Você me vê sorrindo com lágrimas nos olhos. Eu nunca me senti tão nas alturas. Não, eu nunca estive tão distante do chão. Dizem que tudo o que sobe, cai. Eu não quero cair." — Happy & Sad, Kacey Musgraves

Adora sempre soube que algo estava errado. Não com ela, apenas as decisões que tomava que de início pareciam pequenas, mas depois viraram uma bola de neve sem controle.

Ela sempre gostou de desenhar, de cores e em como as coisas eram feitas. Gostava de como cada peça tinha um propósito e quando tudo se encaixava fazia sentido. O design era certo para ela. Adora esperou que com o tempo também pudesse ser melhor construída, e com o tempo aquilo fizesse mais parte da sua vida.

Mas não era.

— Eu não vou voltar para a universidade ano que vem. Não sei se consigo fazer isso — ela disse aquilo que estava entalado na garganta. — Me desculpem.

— Ah, querida. Eu entendo — Mara disse logo e puxou a sobrinha para um abraço.

Adora encaixou a cabeça na curva do pescoço da tia e abriu os olhos. Ela viu Hope, que ainda estava meio ressentida por sua decisão, mas acabou sorrindo levemente. A mulher estendeu a mão e fez carinho nos fios loiros.

— Eu pensei sobre isso. Muito — Adora sentiu que a voz estava falhando e respirou fundo.  — Mas não é o tempo certo para mim.

Adora estava tão cansada nos últimos anos. Era quase uma tortura. Ela sabia que estudar não seria fácil, mas já bastava ter ansiedade quase todos os dias, ainda tinha que aguentar ficar onde não se sentia pertencida.

A sociedade sempre mandou todos fazerem aquilo que achavam que queriam e logo cedo. Adora não queria levar na pressa e não queria decidir todo o seu futuro com dezessete anos, nem com dezenove, ou o que for.

Ela queria ser livre para fazer o que tinha vontade de fazer sem precisar agradar ninguém.

A única pessoa que Adora precisava agradar era ela mesma.

Seu coração ficou dividido por muito tempo entre interesses próprios e dos outros. Talvez se Randor e Marlenna estivessem vivos tudo teria sido diferente. Ela teria sofrido mais ou menos. Eles sempre quiseram o melhor para ela. E depois de tudo, Mara e Hope também queriam.

Ela fez tudo o que pediram. Foi esforçada na escola, tirava as melhores notas, estudava até não aguentar manter os olhos abertos... Entrou na universidade, fez algo que gostava pela metade, pelo menos, mas ali já bastava.

O surfe havia sido um refúgio. Adora era solitária, lutava contra os próprios demônios, com o luto, com o vazio... Tudo ali a alguns passos de distância no mar. Caramba, se aquilo a fazia feliz então para onde mais iria? Ela queria ficar ali, segura, em casa, quase voando de tão leve.

STRANGERS • catradora (she-ra)Onde histórias criam vida. Descubra agora