00. prólogo

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Quando a mãe de Catra morreu, Adora sentiu.

Literalmente.

Ela tinha dezessete anos, e estava na sala de jantar com a tia, ambas conversando sobre algum filme que haviam assistido recentemente, quando uma dor enorme surgiu no peito da garota.

Ela começou a tremer por todos os membros. Não era uma dor física que almas gêmeas sentiam de vez em quando. Era pior. Dessa vez emocional, tão mas tão forte que Adora sentiu há quilômetros de distância.

Ela se levantou da cadeira, tentando se apoiar direito, e Mara logo foi chamando Hope para ajudá-la também, mas Adora não escutava nada. Estava ficando sem ar.

Ela cambaleou pela sala, e sentiu as lágrimas brotarem nos olhos, quentes e sem controle. Adora cobriu a boca para abafar um grito de dor. Era horrível.

Mara e Hope a chamavam, mas ela mal escutava. Era como se alguém tivesse coberto seus ouvidos.

Deslizou a porta de vidro da sala e saiu para caminhar alguns passos na direção da praia. Já estava anoitecendo, e o mar era a única coisa que poderia acalmá-la. Adora dispensou a tia e Hope com a mão e seguiu em frente.

Quando chegou na areia, ficou de joelhos e chorou por minutos. Era uma sensação incontrolável, porque não era dela, e sim de sua alma gêmea. Foi uma dor de perda, de solidão, como se estivesse presa em uma caixa que fosse encolhendo a cada segundo e nada podia parar.

Adora respirou fundo. Ela sabia como era a sensação. Ela vivenciou aquilo anos antes quando seus pais morreram, e lembrou-se deles na hora enquanto as lágrimas corriam pelas bochechas. Foi um acidente com o pai, e depois perdeu a mãe para um suicídio. Nunca havia ficado tão desolada e perdida como naquela época.

Nem toda alma gêmea consegue sentir as emoções dos outros a menos que seja algo forte como a perda, aflição ou medo. E Adora sentiu aquilo naquele momento.

Ela abraçou o próprio corpo e olhou para a linha do horizonte que ligava o mar e o céu. Estava uma vista linda com cores em tons de azul, roxo e laranja.

Quando Adora perdeu os pais, sua alma gêmea deve ter sentido também. Agora a mesma coisa acontecia de novo. Adora sabia disso, conhecia o sofrimento, seja lá quem fosse a pessoa do outro lado.

— Eu sinto muito — ela disse baixinho e com voz rouca.

Onde quer que estivesse, esperava que a outra pessoa soubesse que Adora estava lá para ela.


...


oi, pessoal! como vocês estão? espero que bem ❤️🥺

eu tô MUITO FELIZ de finalmente postar essa fic porque já tinha um plot legal faz tempo, então terminei sucker punch, tive tempo livre e caras... eu escrevi em um mês. tudo. eu sou maluca, podem dizer

maaass SEJAM BEM VINDES!!! espero de verdade que vocês gostem tanto quanto eu 🤩💜

esse prólogo é bem curtinho, e sim, eu sei, é triste. mas eu não tinha outro jeito melhor de começar a história se não contextualizando um pouco rs desculpem pelas lágrimas

todo o rolê das marcas vai ser explicado ao longo dos capítulos então relaxem ok? mas qualquer dúvida podem me perguntar nos comentários. eu criei minhas próprias regras nesse mundinho e vai ser desse jeito mesmo (a maioria partes bem engraçadas kkkkk)

ain esperem pra ver as duas se encontrando. vai ser tudo🤧

AVISO: vou postar os capítulos duas vezes por semana - e sempre aviso o dia e o horário ok? não se preocupem com isso / e também vão ser beeeeeem grandes pra valer a pena a espera kkkk

os capítulos vão ter várias referências musicais e recomendo irem na playlist de strangers no spotify sempre que eu citar algo e etc ;)

acho que por hoje é isso

obrigada por lerem!  o capítulo 1 sai na sexta-feira!

beijão❤️❤️❤️

se cuidem!

STRANGERS • catradora (she-ra)Onde histórias criam vida. Descubra agora