Capítulo 08

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Edward estava aprontando, e eu ainda não sabia exatamente o que.

Já faziam quatro horas que estávamos em um avião particular viajando para algum lugar que ele se recusava a dizer, e o máximo que consegui arrancar dele era que o convite de Emmett para caçar ursos era uma máscara para os reais planos que ele estava fazendo antes mesmo de nós brigarmos por causa do meu quase ataque à Isabella Swan.

E o pior era que todos sabiam disso, incluindo meus irmãos.

— Não vai mesmo me dizer? — perguntei numa nova tentativa depois de olhar o céu noturno.

— Você confia em mim, não confia?

— Sabe que sim.

— Então apenas aguarde.

Revirei os olhos me acomodando na poltrona fechando os olhos em busca de paciência, pelo visto eu teria que esperar.

☁︎☾☁︎

— Você me trouxe para o Rio de Janeiro?

Assim que o Cristo Redentor iluminado entrou em meu campo de visão pela janela do carro, não conseguir conter meu tom de voz eufórico, afinal era minha primeira vez no Brasil.

— Gostou?

— Bastante — falei olhando o movimento de pessoas na rua com roupas leves mesmo sendo um pouco tarde da noite, o clima daqui era totalmente diferente de Forks.

— Mas não vamos ficar muito tempo aqui.

— Não?

Droga, lá se ia meus planos turísticos por água abaixo.

— Vamos para um lugar um pouco mais discreto — falou tentando soar misterioso.

O táxi parou perto de um píer cheio de iates e lanchas luxuosas, Edward disse alguma coisa com um funcionário do lugar em português antes de pegar a bagagem, que só descobri estar conosco quando pousamos, e me chamar para entrar numa pequena lancha.

— Eu quero entender o que você está aprontando — falei assim que ele ligou o veículo aquático e começou a navegar pelo mar com uma facilidade que estava me perguntando quantas vezes ele já havia feito aquilo.

— Você já vai entender, mas posso falar que estamos indo para a ilha particular de Esme.

— Particular? Sem mais ninguém? O que vamos fazer lá Edward?

— Tudo o que você quiser.

O sorriso dele de lado entregava que tinha algo com segundas, terceiras e sabe lá mais quantas intenções por trás de todo esse suspense de viagem repentina.

Paramos no cais da ilha onde um homem nos esperava, Edward conversou em português com ele dispensando os serviços por enquanto o que acarretou nee voltando com a lancha após tirar toda a nossa bagagem.

A casa ficava perto da praia e possuía enormes paredes de vidro em todos os andares, deixando-a bem iluminada e dando uma paisagem belíssima. A decoração por dentro era bem tropical com algumas plantas, arranjos de flores e móveis em tons claros que casava absolutamente com cada canto ali.

— Gostou? — as mãos dele abraçando a minha cintura me fizeram relaxar enquanto observava as ondas quebrarem na praia.

— Gostei, é tudo muito bonito.

— Não mais do que você.

— Você está se saindo muito romântico e misterioso, devo ter medo?

Ao sentir ele se afastando de mim, me virei observando-o pegar minhas mãos e se ajoelhar sob um joelho apenas como naqueles filmes de antigamente em que o protagonista pedia a mão da mocinha em casamento.

Espera...

— Edward...

— Eu nunca pensei que fosse fazer isso um dia em minha vida, seja ela humana ou imortal, mas quando lhe vi pela primeira vez no corredor da escola deixando os fones de ouvido cair sem se dar conta, eu sabia que era realmente você e, cada vez que lhe conheço mais e mais quero desvendar a caixinha de surpresas que é senhorita Choi — ele sorriu e me olhou novamente com os olhos dourados tão intensos — Sei que às vezes você quer arrancar a minha cabeça quando sou um pouco controlador...

— Um pouco? — interrompi de forma irônica.

— Estou disposto a mudar isso por você, eu mudaria o mundo todo por você na verdade — acrescentou — Mas eu quero que saiba que você pode duvidar do brilho das estrelas, do perfume de uma flor, de todas as verdades mas nunca duvide que eu te amo Blaire e do quanto desejo passar a eternidade ao seu lado, por isso pergunto — ele tirou uma caixinha do bolso e quando a abriu revelou ser um lindo anel prata com um pequeno diamante — Blaire Choi, aceita se casar comigo?

— Citar Shakespeare em um pedido assim é golpe baixo, mas é claro que eu aceito — concordei sorridente.

Edward sorriu deslizando o anel pelo meu dedo e deu um beijo em minha mão antes de se levantar e beijar meus lábios com uma voracidade que era desconhecida para mim, principalmente a forma que tinha me pegado no colo conduzindo-me até algum cômodo que descobrir ser o quarto ao sentir o colchão em minhas costas.

— Você quer isso? — perguntei — Por que não estou disposta a parar depois que começarmos.

Edward não me disse nada, apenas me olhou com aqueles olhos dourados intensos e continuou a me beijar passando mãos bobas pelo meu corpo enquanto eu o arranhava por baixo de sua camisa branca. Se ele não estava disposto a parar, eu também não estava.

☁︎☾☁︎

Notas da autora: Hey pessoal, como estão?

Esses dois vão se casar! Quem mais gostou do pedido de casamento ser na ilha de Esme com direito a Shakespeare no pedido e tudo mais? Parece que já até adiantaram a lua de mel...

Me digam o que estão achando, quero saber a opinião de vocês.

Beijinhos com presas!

Time for the moon nightOnde histórias criam vida. Descubra agora