Capítulo 13

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notas: dedicado a Thaeme_A, que pediu para eu postar o cap no dia 26 já que era seu aniversário, então tai o presente: Parabéns!!

Que fique a dica: eu sou muito mole então o que vcs pedirem e eu puder fazer, eu faço kkkk

Espero que gostem do capitulo!

Próxima att dia: 11/10/20.



Kirishima olhou no fundo dos olhos de Katsuki, as lágrimas nos cantos de seus próprios olhos e ele não sabia se de raiva ou pura tristeza.

No chão da cozinha, a cena de um crime cruel e aos olhos de Eijirou, premeditado. Calculado a sangue frio pelo mais cruel dos melhores amigos: Katsuki Bakugou.

Esfaqueado por uma peixeira, fincado no chão de modo aterrorizante, estava seu par de crocs azul bebê, que Eijirou que esqueceu no meio da cozinha enquanto limpava a casa.

Se ele pensasse logicamente sobre isso, notaria que a culpa foi, tecnicamente, sua. Ele deixou o par largado no meio da cozinha, onde definitivamente não deveria estar. Ele que chegou na cozinha do nada, mesmo sabendo que estava proibido de entrar na cozinha quando Bakugou estivesse lá. E, ainda por cima, ele que assustou o amigo de propósito.

Pensando bem, esfaquear a crocs foi o melhor cenário, considerando que Bakugou tinha uma faca bem afiada em mãos e com o susto ele podia ter se machucado.

Mas, olhando para os sapatos adoráveis no chão, com um uma fenda enorme causada pela faca e manchados pelo sangue de seja lá qual animal Katsuki preparava para o almoço, Eijirou não conseguia pensar bem ou mesmo logicamente.

Visivelmente contrariado, Bakugou falou:

— Desculpa, Eiji, não foi por querer. Você que me assustou. — Bakugou falou, num tom mais acusatório do que de desculpas.

Kirishima fungou, sem tirar os olhos das crocs no chão.

Katsuki limpou as mãos no pano de prato e se aproximou dos sapatos, suspirando. Com habilidade, ele retirou a faca das crocs e levantou o calçado em mãos.

— Nem tá tão ruim, vai.

Para prová-lo errado, um dos pares rasgou um pouco mais quando Katsuki tentou mostrar o corte a Eijirou. As crocs estavam arruinadas.

Bakugou se aproximou de Eijirou, largando as crocs no chão de qualquer jeito e guardando a faca na pia. Ele abraçou o amigo, encostou a cabeça dele em seu ombro e falou:

— Desculpa. Foi sem querer mesmo, tá? Me perdoa.

Eijirou afastou o rosto do ombro de Katsuki, olhando nos olhos dele a procura de sinais de qualquer arrependimento. Mais do que isso, ele achou tristeza refletida nos olhos amigos, que parecia genuinamente triste por vê-lo triste. Sabendo que Bakugou jamais faria nada com a intenção de magoá-lo e que, se ele quisesse se livrar de suas crocs, faria de uma forma bem melhor, ele disse:

— Me dê sorvete e eu TALVEZ perdoe você. — Eijirou respondeu desconfiado.

Afastando os braços de si, Katsuki sorriu.

— Vá sentar no sofá.

Ainda um pouco fungando e deixando um filme de suas melhores lembranças com aquelas crocs azul bebê passar em sua mente, ele foi se sentar no sofá, um pouco surpreso quando Katsuki chegou com o sorvete de morango e leite condensado que eles tinham na geladeira e uma colher.

Uma das poucas regras na casa era que qualquer sorvete de morango era unicamente de Katsuki e Eijirou não podia tocar. Era uma regra que ele seguia com gosto, já que Katsuki ignorava todos seus outros desrespeitos ao que pertencia a ele. Ter, finalmente, autorização para comer aquele sorvete comoveu Eijirou e ele fez um biquinho.

Qual não foi sua surpresa, então, quando Katsuki sentou no sofá na sua frente, pegou a única colher em sua mão e pegou uma porção generosa do sorvete delicioso e levou ele mesmo à boca de Eijirou?

Corando, Kirishima engoliu o sorvete que seu amigo oferecia, vendo-o sorrir e perguntar:

— To perdoado?

Eijirou riu, engolindo o sorvete, e respondeu:

— Golpe baixo.

Os dois riram e Eijirou foi alimentado por Katsuki um pouco mais. Assim, naturalmente, Bakugou trocou a colher que encostava nos lábios de Eijirou por sua própria boca, dando selinhos suaves no melhor amigo.

Eijirou corou ainda mais, todavia, deixou acontecer sem pensar muito, retribuindo os beijinhos inocentes em sua boca e sua bochecha, sabendo que seu amigo estava mais do que perdoado. Mesmo assim, provocou:

— Você vai ter que me comprar um novo par igual aquele.

— Das crocs? — Katsuki franziu o cenho, como se tivesse esquecido o que aconteceu há pouco.

Não era como se Eijirou realmente se importasse mais com aquilo agora também. Mas ele confirmou com a cabeça mesmo assim.

— Eu não gasto meu dinheiro com crocs nem a pau. — O outro falou, o tom suave e baixinho enquanto um sorriso estampava sua face.

— Deixa de ser ruim. — Eijirou riu, se aproximando para dar mais um beijinho nos lábios rosados de seu amigo, dando um total de zero fodas para o par de crocs agora.

Desta forma, sem pensar demais no que faziam ou por que, eles continuaram trocando beijinhos inocentes até o sorvete acabar.

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