Viagem?

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DELILAH POV

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DELILAH POV

— Como se sentiria se eu tivesse contado antes? — Salazar perguntou.

— Menos desprevenida? — Respondi com outra pergunta. — Acho que eu gostaria de saber que a família do Potter matou a minha. — Falei irônica.

— Ah, querida, ainda há tanta coisa que não sabe. — Ele me olhou com pena.

— O senhor poderia me contar ao menos sobre os segredos da nossa família.

Ele riu fraco. — Esses são os que você mais deve evitar por agora. Agora vá. Já está tarde.

Ele deixou um beijo em minha testa e eu bufei, andando até o meu quarto.

— Delilah! Espere! — Eu me virei para ver Cedrico correndo em minha direção. — O que aconteceu? — Ele me abraçou apertado e eu retribui o abraço da mesma forma. — Me deu um susto ontem! Pensei que tinha morrido. — Ele se afastou um pouco e eu pude o olhar nos olhos.

— Eu fui para outro lugar com meu avô. — Eu sorri sem mostrar os dentes. — Me desculpe por ter te imobilizado.

Ele riu fraco. — Está tudo bem. — Ele me abraçou uma última vez. — Vá dormir. Aposto que está com mais dores no corpo do que eu. — Nós rimos.

— Somos dois sedentários.

— Boa noite, D.

— Boa noite, Ced.

Eu cheguei em meu quarto e as duas garotas me olharam com desdém. Eu ignorei, indo tomar banho, já que estava mais do que cansada.

No outro dia, eu entrei no Salão principal e sorri sem mostrar os dentes para Diggory, assim que ele me abraçou. Não pude deixar de reparar em Draco. Ele estava avoado, com a mão no queixo, e parecia pensar. Eu o encarei apenas uma vez para não correr o risco de que ele me pegasse o olhando. Me sentei na mesa da Grifinória pensando em quando fosse para a Sonserina.

Eu pude ouvir Pansy gritar com suas amigas e revirei os olhos enquanto observei o salão. Draco estava perto dela e de seus colegas e eu não queria encara-los. Já era chato aguentar olhares por ser a garota que sobreviveu, por ser Delilah Slytherin, pelo fato de meu avô ser um fundador da escola e as pessoas acharem que eu tinha privilégios por isso. Agora eu também aguentava olhares pelo fato de que algumas pessoas quererem saber a minha versão sobre o que aconteceu na última etapa do torneio. Eram a minoria, mas sempre tinha alguém para me olhar torto.

Eu reparei que Draco se levantou de repente e franzi o cenho quando vi meu avô o chamar. Esperei que eles saíssem do meu campo de visão e me levantei parar ir atrás dos dois. Não pude me aproximar e, consequentemente, não ouvi nada do que disseram. Respirei fundo e esperei alguns minutos. Meu avô passou direto por mim, e me escondi no mesmo instante. Draco passou rápido e andou para fora da escola. Ele caminhou na chuva e eu decidi segui-lo.

𝕻𝖚𝖗𝖊 𝖇𝖑𝖔𝖔𝖉 - VERSÃO SONSERINAOnde histórias criam vida. Descubra agora