Delilah Slytherin foi deixada em Hogwarts ainda quando bebê, depois de sobreviver ao feitiço da morte, diferente de seus pais. Dumbledore, um antigo colega do avô da menina, Salazar Slytherin, acolheu a garota depois que o professor Severus Snape en...
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DRACO POV
Depois da noite do retorno de Voldemort eu só pude ver Delilah algumas vezes. Eu soube no instante em que me contaram a história de seus pais, que ela ficaria mal e se afastaria de mim e do amigo lufano dela. Eu não consegui entender se ela estava se sentindo mais triste do que furiosa ou não.
Eu sei que ela foi para a minha casa quando os comensais foram até lá, mas não tive a oportunidade de saber o que aconteceu no local. É estranho saber que uma pessoa ruim como Voldemort conseguia ter tanta compaixão e amor pela família Slytherin. Sei que ele não gosta de mais ninguém além de Salazar, Delilah e a si mesmo.
Levei um susto imenso quando vi Potter voltar com uma taça na mão sem a Slytherin. Cedrico esperou ansioso pela menina e teve a mesma reação que eu. Potter estava em choque e falou algumas coisas que não consegui entender de longe. Disse que o Lord estava de volta antes de Dumbledore o levar para dentro do castelo e eu fiquei sem respostas.
O avô de Delilah já não estava na escola naquele instante e eu decidi que não pensaria que ela tivesse morrido. No dia seguinte ela estava de volta a escola mais cabisbaixa do que nunca. Não falou com ninguém, não olhou para as pessoas e matou Potter com o olhar diversas vezes.
Soube que o verdadeiro Moody voltou para seu cargo logo após o fim da última fase do Torneio. Eu não dei a mínima, para ser sincero. O ano letivo já estava no final e eu estava animado para que Delilah fosse para a Sonserina, finalmente.
— Senhor Malfoy. — Eu ouvi a voz de alguém, que me tirou de meus próprios pensamentos.
Olhei para cima e vi o avô de Delilah. Respirei fundo e me levantei. Ele andou em direção a um corredor vazio e eu o segui um pouco afastado para que ninguém percebesse que eu estava indo atrás dele.
— Está tudo bem? — Perguntei.
— Eu preciso falar com o seu pai. — Eu o olhei confuso. — Precisamos falar sobre a fuga, caso seja necessário.
— Ah. — Falei cabisbaixo.
— E sobre o seu casamento com a Delilah.
Eu ri fraco. — Não acho que ela irá querer falar sobre nosso futuro casamento agora.
— Falaremos com ela, de qualquer maneira.
— Como fará para se encontrar com o meu pai?
— Irei até a sua casa no fim do ano letivo. Pode avisa-lo?
Assenti com a cabeça.
— Obrigado. Tenho certeza que tudo ficará bem.
— Assim espero. — Suspirei.
— Bom, eu e Tom decidiremos a próxima etapa do plano. Mas deixaremos tudo certo com Lucius para caso Delilah precise fugir com você futuramente.
