Humilhações e chá da tarde

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Era manhã de Natal e chovia em Hogwarts

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Era manhã de Natal e chovia em Hogwarts.  As gotas de água derretiam a neve aglomerada no chão do pátio da escola. Não havia ninguém ali e as poucas pessoas que restaram pelo lugar estavam em seus quartos. Era possível ver uma leve fumaça branca quando Delilah respirava. A menina estava andando com uma xícara de chocolate quente na mão quando encostou em uma pilastra de pedra e observou a chuva que caía.

A garota sentiu alguém ao seu lado e reconheceu o cheiro amadeirado que entrou pelas suas narinas. Olhou os olhos cinzentos do garoto e viu um sorriso de lado.

— O que quer, Malfoy? — A garota falou com desdém, tentando esconder o constrangimento da lembrança de rejeição da noite anterior.

— Mau humor matinal? — Ele pegou a xícara da mão da ruiva e bebeu um pouco do chocolate já não tão quente assim. — Feliz Natal, Delilah.

Campbell bufou levemente. — Não me chame pelo primeiro nome, por favor.

Draco limpou os lábios e devolveu a xícara pra a menina. — O que houve? — Ele perguntou confuso.

Delilah riu. — Está brincando, certo?

— Não. Não estou.

— Por que fez aquilo ontem? — Ela perguntou, rápido como tiraria um curativo.

— "Aquilo" o quê? — Malfoy perguntou ajeitando a postura. — Vá direto ao ponto, Campbell.

— Porque fez todo um jantar cheio de ladainhas e saiu correndo no meio da noite?

Malfoy riu. — Eu fiz apenas um jantar para você não ficar sozinha. — O garoto deixou a mentira sair facilmente.

Estava envergonhado por ter saído daquela forma e se sentiu um pouco mal pela menina logo que a porta do quarto de Delilah se fechou.

— Eu pensei que... — Delilah desviou o olhar do garoto, que observou o rosto da menina que estava mais pálido que o normal. — Você é ridículo.

— Pensou o quê? — Draco insistiu. — Que eu gostava de você? — O menino soltou uma gargalhada, fazendo a ruiva o encarar novamente com as bochechas rosas de vergonha.

— É claro que não. — Ela falou arrogante. — Apenas pareceu que...

— O que? — Perguntou por curiosidade.

— Eu pensei que você estava me tratando diferente. — Falou e bufou.

— Óbvio que não. — Mentiu mais uma vez.

— Eu sei. — Ela voltou a encara-lo e arrumou o cabelo.

É óbvio que sim. Malfoy pensou. Era a menina mais linda e educada que já tivera visto na vida. Era óbvio que estava a olhando diferente.

𝕻𝖚𝖗𝖊 𝖇𝖑𝖔𝖔𝖉 - VERSÃO SONSERINAOnde histórias criam vida. Descubra agora