39 • Interrupções

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Opa, passou bastante tempo, né? Consegui escrever mais um capítulo, embora tenha ficado meio curto.

Agradeço a quem opinou sobre a questão de Inatododeku no último capítulo. Ainda não me decidi totalmente, mas irei desenvolver aos poucos.

Enfim, boa leitura!

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A rosada estava sentada em sua cama com uma cara fechada, o curandeiro – Shoji Mezo – já havia tratado de seu ferimento, que não se tratava de uma ferida tão séria, pois Ashido não fora atingida diretamente; teve muita sorte pela flecha ter pego de raspão – mesmo causando certo estrago –, pois mesmo que geralmente tal arma não fosse eficaz contra dragões, os novos tipos que surgiram começaram a ter sua eficiência e causavam problemas graves, levando muitos dragões até mesmo ao óbito.

Mina estaria tranquila e segura por estar na presença de dragões. Portanto, após certificar-se de que a amiga não estava seriamente ferida, a garota de cabelos ruivos trouxe um determinado assunto à tona.

— Ashido, eu não quero me intrometer, mas acho que não precisava tratar tão mal aquele humano... ele parecia só querer ajudar...

— Claro, todos eles querem... até verem a oportunidade em te apunhalar pelas costas. — ela murmura, ficando ranzinza e bufa ao lembrar de Hanta; tão insistente, tão irritante, e mesmo assim, tão estranhamente diferente dos demais humanos que viu... não, todos eram iguais, provavelmente o moreno estava só fingindo tudo isso. — Ele é irritante.

— Por quê? — a outra questiona, arqueando as sobrancelhas em dúvida.

— Quer que eu acredite que nem todos humanos são ruins. Ele não vai me enganar assim.

— Ashido, você sabe que esse tipo de pensamento não é o mais inteligente...

— Sério, Kendo?

— Sim. — ela responde, vendo-a bufar mais uma vez. — E se ele só quiser te conhecer? Nem todo mundo pode ser tão ruim assim.

— Eu duvido.

A mulher de madeixas alaranjadas suspira por suas tentativas falha de convencer a amiga, sentando ao seu lado na cama com certo cansaço. Ela sempre observou esse comportamento de Mina, mas nunca soube exatamente o motivo que levou a todo esse ódio irracional e incontrolável. Não a julgava, obviamente, mas estava preocupada, não queria que ela vivesse uma vida cheia de desconfianças, de medos.

O assunto se deu encerrado por ali e Kendo logo tratou de falar de outras coisas mais agradáveis para que aquele ambiente não se tornasse negativo e cheio de tensão.

Bastaram alguns poucos minutos para que batidas fossem ouvidas na porta, fazendo com que as duas garotas parassem de conversar para ver quem era, encontrando-se com Jirou, que estava claramente preocupada com a rosada, já perguntando se ela estava bem, querendo ver o ferimento e ter certeza de que estava tudo certo.

— Ashido... você tá bem? — ela questiona, o olhar cheio de preocupação caindo sobre a rosada.

— Sim. — Mina acena com a cabeça, encarando um pouco a arroxeada, lembrando-se do que ela havia dito sobre seus atos, mas não deixando de exibir certo orgulho e divertimento ao afirmar estar bem. — Nenhum humano será capaz de me derrubar assim tão fácil! — ela sorri de um jeito divertido, na tentativa de dissipar as preocupações alheias.

No fim, Ashido não gostava da ideia de preocupar suas amigas tanto assim, sempre desviando o assunto ou tentando resolvê-lo facilmente.

— Ainda bem. — Jirou permite-se suspirar em alívio, sentando na cama ao lado da garota e rindo da fala posterior.

Beloved Dragon [DESCONTINUADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora