Prólogo

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Todos sabemos que todas as pessoas têm seus sonhos e ambições por menores que sejam, especialmente as jovens senhoritas que desejam - a maioria delas, pelo menos - encontrar o seu cavalheiro perfeito que lhe dará amor e uma vida confortável

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Todos sabemos que todas as pessoas têm seus sonhos e ambições por menores que sejam, especialmente as jovens senhoritas que desejam - a maioria delas, pelo menos - encontrar o seu cavalheiro perfeito que lhe dará amor e uma vida confortável.

Catherine não era diferente das outras meninas da sua idade, quanto as ambições, quero dizer, a personalidade era o completo oposto.

Mesmo sendo filha de um marquês e recebendo uma educação excelente, ela ia contra a etiqueta e o decoro, desde criança.

Sempre ouvia histórias sobre o labirinto que havia no jardim da propriedade, as quais sempre eram sobre o mesmo assunto: as sete fontes.

Uma lenda dizia que quem conseguisse chegar ao centro do labirinto, encontraria sete fontes, sendo elas: da sabedoria, da riqueza, do amor, da paciência, da sorte, da felicidade, da amizade; teria que escolher apenas uma delas, jogar uma moeda e sair do labirinto antes do pôr do sol.

Seu pai sempre lhe contava sobre quando o tataravô conseguiu a proeza de encontrar as fontes, ele escolhera a da riqueza e assim multiplicou os bens que possuía.

Inspirada pelas histórias que ouvia, tanto sobre as fontes quanto sobre os romances, a pequena Catherine estava decidida a entrar no imenso labirinto. Acordou bem cedo e antes do desjejum saiu para o jardim gramado sem que ninguém percebesse; minutos depois estava vagando perdida dentro do labirinto. Ela já sentia fome e sede, não tinha mais esperança de encontrar as fontes e nem mesmo de conseguir voltar para casa. Não sabendo mais para qual direção estava indo antes, decidiu virar à direita e mal acreditou no que via. As famosas fontes estavam bem à sua frente.

Uma criança de dez anos conseguira encontrar algo que nem mesmo adultos conseguiam. Ela passou por todas as fontes que faziam um círculo no centro do labirinto, lendo os nomes gravados em cada uma delas, quando chegou na da riqueza a criança olhou para dentro da água, curiosa, no intuito de confirmar se alguém realmente estivera ali. A moeda estava imersa na água e mesmo quase completamente coberta por lodo, ainda era possível ver o seu brilho.

A fome voltou a incomodá-la, então correu até a fonte do amor para jogar a sua moeda e voltar antes de servirem o almoço, mas quando levou a mão ao pequeno bolso do vestido, percebeu que não havia levado nenhuma moeda.

Ela chorava arrependida por ter sido tão estúpida a ponto de se esquecer de levar uma moeda consigo. Pensou em pegar a que estava na outra fonte, mas logo afastou esse pensamento; seria muito errado.

Respirou fundo e enfiou o próprio rosto dentro da agua cristalina e bebeu o máximo que pôde.

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