Capítulo 5

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— Se me permite, gostaria de ver o cartão, milady — insistiu o viúvo

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— Se me permite, gostaria de ver o cartão, milady — insistiu o viúvo.

Mesmo relutante, Catherine estendeu o cartão para o homem.

— Não há nome algum aqui — constatou.

— Creio que eu não precise desse tipo de formalidade para dançar com uma amiga — exclamou James.

— Poderia saber quem o senhor é, meu jovem?

James limitou-se a retirar o brasão de sua família do bolso interno da casaca e mostrá-lo ao homem. Este outro por sua vez, inclinou-se em uma reverência imediatamente.

— Mil perdões, milorde! — pediu. — Não o havia reconhecido.

O jovem escreveu seu nome no cartão dela apenas por costume enquanto o conde se afastava um tanto envergonhado.

— Não acredito que presenciei algo assim!

— O quê? — perguntou James.

— Não pensei que você algum dia seria capaz de usar o nome da sua família para ter qualquer vantagem.

— Phillip contou que a sua mãe está desesperada por um casamento, então eu quis ajudar.

— Ela está assim há cinco anos — Catherine surpreendeu-se ao perceber que estava conversando educadamente com James. — Cinco temporadas sem conseguir um marido... não ficaria surpresa se a mamãe realmente me mandasse para um convento. Para ela, essa vergonha seria mais aceitável.

O rapaz, que mantinha uma expressão séria e indecifrável no rosto, despertou de seus pensamentos ao ouvir mais uma vez o mestre de danças.

Tomou a mão da moça e a levou junto de si para sua primeira valsa juntos. O coração de ambos estava acelerado e pequenas gotas de suor apareciam em suas testas.

— Obrigada — Ela deixou escapar quando juntaram-se aos outros casais.

— Por que me agradece? — Lorde James sorriu. O som suave e marcante dos violinos os alcançaram, em seguida o da viola e do violoncelo. Os pares começaram a mover-se em sincronia — Você me livrou de horas de sermão por ter subido em uma árvore.

—Eu sei, mas não fiz por você.

— Senti sua falta, Catherine — Ele finalmente reuniu coragem para falar. — Você mudou muito.

— Não acredito no que acabei de ouvir! — Indignou-se. — Sentiu a minha falta, mas nunca, em cinco anos pensou em me visitar.

— Não era tão simples — Ele respondeu com voz cansada.

— Você certamente estava muito ocupado na Escócia. Não posso culpar-te.

— Desculpe.

Ela não respondeu, apenas continuou dançando com maestria.

As Fontes de Hanley ParkOnde histórias criam vida. Descubra agora