A jovem Catherine sonhava em viver um romance, mas ela desiste de conquistar o amor da sua vida quando o mesmo parte para outro país. Um reencontro seria capaz de provocar uma mudança nos sentimentos dela?
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— Lady Catherine — A governanta chamou, a voz já denunciava sua idade avançada. Uma senhorinha grisalha e franzina.
— Sim? — Ela estava de pé perto da janela.
— A marquesa deseja vê-la. Na sala de visitas.
Ela bufou e saiu do quarto. Teria que atravessar uma metade inteira da residência para chegar à sala onde a mãe estava, mas a jovem não tinha disposição alguma de fazer a vontade da mãe, então fez uso de todo o seu conhecimento sobre etiqueta e decoro e andou o mais graciosamente que conseguiu, demorando, assim, o dobro do tempo.
Todos os corredores eram muito bem iluminados, afinal, Hanley Park fora construída no estilo barroco inglês e possuía grandes janelas em toda parte. Era uma construção extensa, com cerca de 200 espaços, incluindo os quartos e todas as dependências menos visitadas. Os 100 criados faziam sempre um trabalho excelente, deixavam tudo sempre impecável e raramente eram vistos pelos corredores durante o dia.
Lorde Charlie, marquês de Hanley e pai de Catherine, possuía também o título de Conde. Havia herdado o condado de Berkshire e posteriormente a rainha lhe atribuiu o título de marquês. Era um homem de muitos contatos, consequentemente, recebia muitas visitas, até mesmo de desconhecidos que desejavam ver a tão invejada propriedade.
Catherine já supunha o motivo de sua presença haver sido solicitada, afinal, bebericar chá verde e sorrir para as visitas já fazia parte da sua rotina.
A sala onde a mãe a esperava era vasta, iluminada e completamente deslumbrante. Era um cômodo muito espaçoso e luxuoso, assim como todo o resto da propriedade. Era o local perfeito para os chás que a marquesa oferecia às suas amigas da corte e para as reuniões informais depois do jantar. Ela fazia questão de manter o cômodo sempre impecável, orgulhava-se dos retratos da família, das esculturas feitas por alguns dos melhores artistas e até mesmo dos móveis que pertenciam à família há gerações - muito bem conservados.
Cath desceu as escadas e seguiu por alguns corredores, uma criada abriu as grandes portas assim que a jovem se aproximou.
Assim que entrou, avistou o conde de Kersey, um viúvo calvo e falido; ele estava de pé, ao lado de Abraham.
— Oh, minha querida! — A marquesa disse assim que ela entrou na sala. —Você se lembra do conde de Kersey, não é mesmo?
— Sim, claro — Ela respondeu desanimada, fazendo uma reverência. — É um prazer revê-lo, senhor.
— Vossa senhoria se tornou uma jovem muito bonita, como era de se esperar — Ele imitou a pequena reverencia feita por ela.
A marquesa vendo que a filha não teria a educação de agradecer o elogio decidiu tomar a palavra.
— Qual o motivo dessa tão inesperada visita? Se me permite perguntar...
— Darei um baile em minha casa em Londres e gostaria de convidar vossa senhoria pessoalmente.