36- Massagem

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Quando acordei no dia seguinte, Betty ainda estava dormindo em meus braços.

    — Meu bem... — Sussurrei para que não pudesse assustá-la.

Ela abriu os olhos lentamente.

    — Já são... — Olhei no relógio. — Meio dia. Quer levantar agora? — Perguntei acariciando seu cabelo.

Ela balançou a cabeça negativamente.

    — Não quero levantar hoje. — Ela falou.

    — Tem certeza? — Perguntei e ela assentiu com a cabeça. — Certo. — Falei me levantando e dando um beijo no topo de sua cabeça. — O que quer pra comer?

    — Qualquer coisa serve... acho que pode ser uma torrada com geleia. — Ela disse desanimada, se ajeitando na cama.

    — Ok... vou ver se tem para fazer e trago pra você. — Falei dando um sorrisinho. Ela me devolveu um sorrisinho tristonho.

Saí do quarto, apreensivo. Odeio quando ela se sente mal, porque me sinto mal também. Se eu pudesse pelo menos fazer alguma coisa para fazê-la esquecer tudo o que ela passou...

Cheguei na cozinha e tive uma pequena ideia. Peguei aquelas tábuas em que usamos para levar café na cama. Fiz dois capuccinos com a canela desenhando corações, duas torradas com geleia, um potinho com morangos e um outro potinho com pequenos biscoitos.

Fui levar a bandeja para Betty. Ok, só agora percebi o quão tosco isso é. Mas nem adianta dar pra trás agora.

Abri a porta devagar, Betty apontava o controle para a TV e procurava algo na Netflix. Ela levou os olhos até a bandeja que eu segurava, me fazendo ficar meio sem jeito.

Ela sorriu quando a entreguei.

    — Não acredito que fez isso. — Ela riu balançando a cabeça.

    — É, eu sei que é ridículo, mas...

    — Não é ridículo. — Ela me interrompeu. — É fofo.

    — Nada disso. — Resmunguei. — Já disse que não sou fofo.

    — E eu já disse que é sim. — Ela deu um sorrisinho e analisou a bandeja. — Eu amo morangos.

Sorri e me sentei ao lado dela, pegando meu capuccino.

    — Obrigada. — Ela falou baixinho.

Não falei nada. Apenas deixei um beijo na lateral de sua cabeça.

    — Vamos assistir alguma coisa? — Perguntei tomando um pouco do meu capuccino e indicando a TV.

Ela assentiu rapidamente com a cabeça.

    — Brooklyn nine-nine! — Ela falou animada.

    — É o que? — Perguntei sem entender.

    — Brooklyn nine-nine. — Ela repetiu mordendo um pedaço de torrada. — Nunca assistiu? — Balancei a cabeça negativamente. — Tá me zoando né? Ai meu deus, você precisa assistir! — Ela falou colocando a tal série

Começamos a assistir enquanto Betty devorava um morango atrás do outro e terminava de tomar seu capuccino.

    — Ah, Jake Peralta. — Ela suspirou, indicando o cara da série. — Ele é um gato.

    — Como é que é? — Franzi o cenho e soltei uma risada indignada. — Eu sou mais bonito que ele!

    — Hum... talvez. — Ela falou.

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