Capítulo 18

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Cheguei na sede do Lorenzo, parecia um galpão e apesar do tamanho, a estrutura simples não chamava muita atenção. Vim sozinha já que o Lorenzo e o Jimin se odeiam, mas claro que deixei o Jimin informado de tudo, não que eu realmente achasse necessário.

Assim que cheguei na porta, um homem veio em minha direção, notei de imediato a pistola da cintura dele, ele era muito mais alto e forte que eu, se necessário, precisava ganhar dele de outro jeito fora a força bruta.

-Quem é você e o quer aqui? – ele me encarou sério.

-Vim ver o seu chefe – eu dei um meio sorriso – Lorenzo está?

-Acho melhor sair daqui mocinha, antes que as coisas se compliquem – ele disse e eu coloquei a mão na boca para disfarçar a risada.

-Mocinha? – eu o encarei – Enlouqueceu?

Ele colocou a mão na pistola e eu puxei a minha e dei um tiro na mão dele, ele se curvou e começou a gemer de dor.

-Eu realmente não queria fazer isso – eu falei em tom inocente – Mas olhe pelo lado bom, pelo menos eu não lhe dei um tiro na cabeça, não é?

O homem me encarou com ódio e eu sorri, a porta abriu e uns três homens saíram de dentro armados, logo em seguida saiu o Lorenzo, nós trocamos olhares e eu acenei para ele.

-(S/n)! – ele pareceu surpreso – Há que devo a honra?

-Faz muito tempo que nos vimos, fiquei com saudade – eu disse e ele riu – Você devia educar seus homens direito e acho melhor leva-lo ao médico – eu olhei para o homem na minha frente.

-Jimin lhe deixou vir? Ou o casinho de vocês acabou de vez? – Lorenzo disse e eu desviei do homem e me aproximei mais dele. Ele fez um sinal e os homens abaixaram as armas.

-Eu não preciso da permissão do Jimin, e não nos chame de casinho, assim eu fico ofendida – eu debochei e ele riu.

-Eu também senti sua falta – ele disse e eu assenti – Mas você não pode sair atirando nos meus homens assim, entendeu?

-Claro – eu fingi e me virei para o outro homem – Sinto muito.

-Vamos entrar – ele disse e os homens abriram espaço.

[...]

-Aceita? – Lorenzo me ofereceu um copo de whisky.

-O que tem aí? Droga? – eu perguntei e ele riu – O tempo não me deixou idiota, esse golpe é velho.

-À vontade – ele disse colocando o copo sobre a mesa e eu assenti – Afinal, por que está aqui? Sei que só saudades não é o suficiente.

-Nina – eu disse e ele mudou totalmente a feição – Há algo que eu quero perguntar.

-Por que não deixa a morta para lá? – ele questionou e eu dei um meio sorriso.

-Você sabe de alguma Zara? – eu perguntei e ele arqueou a sobrancelhas – Sua cara me diz que sim.

-Quem é essa? – ele coçou a garganta e eu levantei da cadeira.

-Lorenzo, por favor – eu inclinei – Não vamos fazer joguinhos... Apenas me diga quem é ela e porque ela fugiu da Nina.

-Como sabe que ela fugiu? – ele disse e eu me apoiei na mesa.

-Não importa – eu rebati – Apenas me diga o motivo.

-Zara tinha lapsos de memória – ele disse e eu prestei atenção – Se ela tomasse muito remédio, ela surtava e fazia o trabalho sujo da Nina, depois ela simplesmente não lembrava das coisas direito, tomava mais calmante e acabava apagando de vez.

-Zara foi usada dessa forma pela Nina? – eu perguntei.

-Sim, durante dois anos – ele disse e eu assenti – Ela fugiu com o Luke.

-Luke? Quem é esse? – eu disse curioso.

-Era um funcionário novo da Nina, ele acabou se apaixonando pela Zara – ele fez uma pausa – Não sei como isso foi possível, já que ela era uma bomba relógio.

-E quem era Luke? De onde ele veio? – eu questionei e ele cruzou os braços.

-Eu sei lá, deveria saber? – ele disse e eu cruzei os braços também.

-Só isso que sabe? – eu perguntei.

-Eu e Nina nos separamos pouco tempo depois da fuga da Zara, eu não faço mais ideia de nada – ele disse e eu assenti.

-Isso é tudo então – eu levantei e ele segurou meu braço.

-Já vai? – ele aproximou o corpo dele ao meu e eu o encarei – Pensei que íamos matar a saudade, por isso fui tão legal e lhe contei tudo.

-Não, não vamos – eu puxei meu braço, mas ele estava segurando forte.

-Você está dentro do meu território – ele disse em tom de ameaça.

-E daí? Você vai fazer o que? – eu o encarei e ele sorriu.

-Eu não sei como uma mulher como você preferiu o idiota do meu irmão – ele me olhou – Nós juntos seríamos uma dupla e tanto, não acha?

-Provavelmente já teríamos matado um ao outro – eu sorri e ele soltou o meu braço.

-Se quiser, eu estou sempre disponível para você – ele disse e eu assenti.

-Não se preocupe, eu não quero – eu disse e fui em direção a saída.

Continua...

Parceiros De Crime (Imagine Jimin/2º temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora