Parceiros De Crime (Imagine Jimin/2º temporada)

Capítulo 16

-Você ligou para o Santiago? – Jimin questionou e eu assenti.

-Passei todas as informações, a polícia já deve estar no orfanato – eu disse e ele se aproximou de mim.

-Não tem medo que descubram sobre você ter vivido lá? Você era uma suspeita até pouco tempo atrás – ele disse e eu sorri.

-Acharam o DNA embaixo da unha da Amanda – eu o tranquilizei – Não deu compatível com a meu, eu não sou mais uma suspeita – eu fiz uma pausa – Não tem sentido a Detetive Park focar a atenção dela em mim.

-Você perguntou ao Santiago sobre isso? Se ela cismar com você vai ser um problema – ele disse agitado – Além do mais se ela descobrir com Nina era sua irmã, isso vai muito além do assassinato da Amanda, e você sabe disso.

-Se acalma, okay? Não vamos nos preocupar com uma teoria muito louca – eu segurei as mãos dele – Santiago me disse que a detetive está cismada com um atropelamento em fuga que houve há anos atrás, ela nem tem mais interesse em mim.

Jimin concordou, mesmo que sua feição dissesse ao contrário.

-Ela não vai descobrir que eu e a Nina somos irmãs, ela teria que ir muito longe para isso – eu respirei fundo – Você parece assustado esses dias.

-Eu não pareço, eu estou – ele soltou minhas mãos e levantou da cama – Eu sinto que tudo está prestes a desabar, parece que em breve toda a paz vai acabar.

-Jimin! – eu o encarei.

-Parece que você não entende a gravidade da situação – ele disse um pouco alterado – Você pode ser presa, ficar presa o resto da vida! Você tem noção de quanta merda já fez? De quantas pessoas matou?

-Jimin! – eu gritei.

-Eu não quero te perder, eu não quero perder o que temos – ele disse olhando nos meus olhos.

Eu levantei da cama e me aproximei dele. Coloquei minhas duas mãos no rosto dele enquanto ele respirava fundo.

-Você não vai me perder! Eu estou bem aqui – eu disse e ele segurou minha mão.

-Desculpa, eu surtei um pouco – ele disse e eu concordei.

-Nós não temos nada haver com a Amanda, e o passado da Amanda não tem nada a ver comigo – eu disse calma e ele assentiu.

O abracei e ele me abraçou forte enquanto passava as mãos no meu cabelo.

-Devo surtar mais? – ele questionou e eu o olhei confusa – Você até que foi bem carinhosa comigo.

Me afastei dele e lhe dei um tapa. Ele segurou meu braço e me jogou na cama ficando por cima de mim.

-Acabou a fofura? – ele disse e eu o olhei com cara feia.

-Acabou, sai de cima de mim – eu o empurrei o jogando para o lado e ele me agarrou com as pernas os braços, dificultando que eu levantasse – Ei!

-Seremos eu e você até o fim, não é? – ele disse e eu o olhei.

-Pode parar com esses papos? – eu disse e ele sorriu.

-Eu só preciso de você – ele disse e eu acabei sorrindo. Idiota!

-Estaremos juntos até o fim – eu disse e ele me apertou mais forte, acabei rindo de novo. Ficamos em silêncio por um tempo – Não está curioso?

-Sobre? – ele disse se aconchegando ao meu lado.

-O que houve no orfanato, o tal erro – eu comentei olhando para cima e ele me soltou, se virando para mim.

-Se você não me contou deve ter um motivo – ele disse pensativo – Tudo bem, não estou curioso.

Assenti e ele se deitou novamente, respirei fundo e fechei os olhos.

-Eu fui adotada aos dezesseis – eu disse ainda com os olhos fechados – Aos quinze anos eu fiz um aborto, acabei quase morrendo de hemorragia.

Abri os olhos e Jimin estava me olhando, olhei para cima e suspirei.

-A família não sabia do meu passado e eu juro que tentei ser uma boa menina, do jeito que todos sonham – eu disse com desprezo – Mas assim que souberam de tudo, eles me devolveram sem o menor remorso, eu não servia mais pra eles.

-Você guarda rancor deles? – Jimin questionou e eu sorri.

-Por que guardaria? Por que eles iriam querer alguém como eu? – eu disse com desdém – Até eu na época queria fugir de mim mesma.

-E hoje? – ele perguntou e eu o olhei – Você quer fugir de si mesma hoje?

-Claro que não – eu disse como se fosse óbvio – Eu finalmente encontrei meu lugar no mundo.

Continua...