Inimigos e aliados

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--Morto? Não não...porquem? Porque?

--Tropa exploratória, os motivos? Não cabe à mim dize-los.  --Reinhard deu de ombros.  --Mas se quiser vingar Jenris, me liberte.

Carlan cerrou os punhos, pressionando as frias grades da cela, sua mente dividiu-se no impasse de vingar àquele à quem tinha enorme apreço ou manter-se sob às ordem que lhe expressas.

--Porque você está aqui Reinhard?

Reinhard permanecia com o rosto baixo e evitava à todo custo encarar Carlan nos olhos, querendo ou não àquele patético homem o irritava de certo modo, e tudo decorria de antigas ocasiões vividas quando fez parte do corpo de cadetes.

--Você quer vinga-lo ou não? Não quer relembrar os velhos tempos Carlan?

Carlan pareceu ainda mais pensativo.

Suas pernas tremulavam, sabia que somente uma pessoa detinha às chaves da cela e das correntes que continham Reinhard.

E esse alguém era ninguém mais ninguém menos do que o soldado mais forte da humanidade.

Comandante Levi.

Carlan engoliu em seco.

Era um risco muito grande à se correr.

Mas seu histórico de covarde se tornaria  ainda mais manchado se não vingasse seu antigo companheiro.

Precisava ajudar Reinhard de algum modo, sentia que precisava compensar seus erros do passado.

--Ok...--Disse com à voz trêmula. --Vou te ajudar à sair daqui, só me dê algum tempo para isso...

Reinhard riu-se internamente, mas de modo teatral apenas suspirou. --Seja rápido antes que tenha de vingar minha morte também...

Carlan assentiu com a cabeça nervosamente quase derrubando a vela que trazia em mãos.

--N-não se preocupe.

Apressado retirou-se dali.

--Como gostaria de eu mesmo esamagar sua garganta...maldito. --Resmungou Reinhard.

(...)

(Dormitório da tropa exploratória. 2:04 AM)

Vamos Carlan...é apenas uma chave...faça isso, você precisa recuperar à confiança de seus amigos...

À porta dos aposentos de Levi, estava Carlan, envergado como um bambu seco, tremendo-se como um cão, vagarosamente pousou sua vela no assoalho amadeirado, e com um pequeno arame retorcido espreitava a pequena fechadura, torcendo para que seu pequeno plano corresse bem.

Um clique fora ouvido.

Um segundo clique soou quase que silenciosamente.

Havia aberto à porta, que com um rangido quase inaudível abriu-se em uma fresta fina o suficiente para que o homem passasse.

Perfeito...consegui entrar...agora onde podem estar essas chaves?

Correu os olhos pelo quarto cuidadosamente, notou que Malu e Levi estavam adormecidos no sono mais profundo, pousando os olhos em uma escrivaninha exageradamente bem polida avistou através da tênue luz amarelada da bruxuleante vela que transpassava à fresta deixada pela porta refletindo em um brilho revelador o local exato das chaves.

Em cima da mesa, no local mais provável possível.

Algo pareceu explodir dentro de si, estava fácil demais.

Aproximou à mão trêmula das chaves, tinha certeza que em meio aquelas outras estaria a chave correta que de certo o redimiria, em um ímpeto agarrou às chaves, e a passos lentos e cuidadosos saiu do quarto, encostando à porta.

Asas da Liberdade (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora