"Fúria divina"

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Os últimos preparativos eram feitos, a incerteza pairava o ar, embarcariam logo logo para sua próxima expedição.

Maria Luiza mal podia conter-se de ansiedade e sua situação não era tão diferente quanto à de outros tantos ali, quem diria que em um curto espaço de tempo conseguira convencer mais que a metade da tropa à participar desse plano insano.

-Ae ô capitão levi podemos dar um fora daqui de uma vez?! - Reclamou Nana bocejando enquanto alongava-se antes de montar em seu cavalo. -Genilson não tanka esperar muito sabe...ele tem uma doença chamada não posso ficar paradson. - Nana cruzou os braços e ergueu o rosto altivamente. -É tipo uma doença parente do parkisson.

-Na real Nana cala à boca aí, o capitão Levi não vai hesitar em te cobrir de soco vai por mim.- Comentou Jan tapando a boca da amiga com à mão. - Não ponha nada à perder idiota.

-Uhum...- Nana sacudiu a cabeça em concordância.

-E não esquece do combinado...mudaremos à rota ao primeiro sinal da retaguarda. - sussurrou o garoto em tom desconfiado, olhando atentamente para os lados.

Nana apenas assentiu novamente.

-Perfeito, então permaneça de bico fechado até o momento certo.

(...)

-Ei Luiza...você não acha que eles tem agido meio estranho ultimamente? - Comentou Nay que já montada sobre seu cavalo parecia preocupada com o que sucederia dali pra frente, afinal alguns burburinhos que ouvira pelos dormitórios a davam certeza de suas suspeitas.
- Espero que eles não estejam realmente encantados com às fantasias daquelas duas...É uma hipótese completamente fora de cogitação.

- Se é ou não, Não cabe à você tomar essa decisão. Apenas deixe às coisas tomarem seu próprio rumo. Abra sua boca e eu te mato sem hesitação. - Luiza também montada sobre seu cavalo apenas afastou-se da outra moça, de modo calmo. - Confesso que também estou curiosa pra saber onde isso tudo vai dar.

(...)

Os pesados portões e rguiam-se, fazendo os mínimos raios solares banharem aqueles que mantinham os olhares no horizonte, o mundo era mesmo vasto, lindo e cruel.

Era chegada à hora.

"Comandante levi não deve sequer sonhar com esse desvio de formação." -Pensou Malu.

Um pensamento simples e errôneo, a ingenuidade da garota a fazia pensar que havia criado o plano perfeito, mas em todos esses anos em todo esse tempo de existência das muralhas, era inegável o fato de que já houveram aqueles que quiseram ver além, mesmo o mundo em que vivia não era insento de rebeldes, o que não a tornava a primeira a tentar burlar as regras e leis. Se tudo se resumisse a apenas concordância de óticas de certo que não existiria cadeia não é?

Ansiosos preparavam-se para sair quando...

-Maria Luiza... - Ela pôde ouvir a voz soturna e intrépida do capitão. A jovem sem sequer esboçar uma palavra apenas voltou sua atenção ao homem.

-Venha na linha de frente, Matias tomará seu lugar na retaguarda. Entendido?

Àquela altura não poderia haver uma mudança de planos não àquele momento.

Talvez ele realmente tivesse ciência de seu plano, a possibilidade colocava todo seu planejamento em risco, sua missão sucederia ou não ao fracasso? teria de improvisar.

-Nana! - Chamou também Levi. -Troque com Rachel, vá para o flanco direito.

Nana arregalou os olhos pertubada. -U-ue porque?

-Será melhor para a missão.

Nana parecia incrédula. -Ah mas eu me dou melhor ali na retaguarda com os outros onde estou mais acos...

-Cale-se. - Ordenou o capitão fazendo a moça intimidar-se ligeiramente irritada e com uma tensão quase palpável sobre si.

Malu buscava refletir calmamente em como poderia contornar a situação, nem todos haviam sido separados, ainda existiam brechas para o êxito do plano.

O rumo que tomariam dependeria das decisões que tomassem.

-Maldito anão...- Murmurava Nana maquinando com a mente à mil, um modo de burlar os superiores e dar continuidade tranquilamente ao plano.
-Já sei! - Exclamou erguendo ambos os braços o que a fez quase cair de seu cavalo.

(...)

.
.
.

Um tremor fora sentido...

E aquele som...

Como o som de passos...

Levi preparava-se para dar às ordens de partida quando fora pego de surpresa.
-Mas que porr-

Um estampido insurdecedor fora ouvido seguido de um tremor que fizera as construções mais próximas sacudirem-se como gelatina.

Um alvoroço entre os civis formou-se.

A última coisa que Malu vira fora à troada dos pedregulhos voarem, aparentemente vindos de fora das muralhas tornando-se projéteis mortais com poder avassalador de massacrar qualquer um que atingissem.

-É UM TITÃ ANORMAL!!!!! - berrou uns dos cadetes, antes de ter o a cabeça decepada por um pedregulho absurdamente grande, que transformou parte da tropa em uma massa pastosa de sangue e ossos triturados sob escombros.

-IMPEÇAM QUE OS TITÃS ULTRAPASSEM ÀS MURALHAS!!!!! -Bradou Levi avançando sem hesitação logo sendo seguido pelo que restara de seus homens.

-Parece que os planos mudaram não é? - André assistia tudo ao longe, um pequeno sorriso estampava seu rosto convicto.
-Superem o poder dos titãs meros infelizes.
Ou apenas morram tentando.

(...)

Continua

Asas da Liberdade (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora