Até que não restem inimigos

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O sol caia sobre às muralhas, pássaros cantavam em mais um dia naquele grande teatro de paz inexistente, a brisa agridoce trazia do longe o frescor do tão imaginado mar tal esse que não passava de apenas uma fantasiosa história para maravilhar pessoas às tornando profanas contra o Deus daqueles muros, tão fantasioso quanto às histórias sobre à existência de planícies de areia e rios de fogo, a existência de uma inesgotável fonte de agua e sal era maravilhosamente exagerada demais para os cidadãos limitados à nada à não ser as rígidas e imponentes paredes que os circundavam, aquela altura até mesmo o horizonte parecia uma mera mentira utópica.
Janelas abriam-se, animais agitavam-se e cidades acordavam conforme o sol os cobria com seu calor e sua luz que perpassava por sobre as grandes estruturas do cárcere.

Tudo parecia uma prisão para Malu.

Até o modo com que o sol nascia ali, era como se o visse através de uma cela, uma visão limitada e triste.

Ergam-se perante este novo dia que nasce.

Seria um memorável dia, eis o fato.

(...)

Para você, o que é ser livre?

Somos nós verdadeiramente libertos?

Ou ainda há muralhas que te contenham?

O que fazer perante isso?

Lutar?

Aceitar?

A resposta cabe somente à você.

(...)

Até que não reste nenhum...
Esse será o preço para sermos livres.

Eu irei paga-lo, farei cada um cair.

Esses malditos cairão como a existência desta prisão.

(...)

O cocho amadeirado parara diante um beco qualquer, úmido, lodoso e fedido ao centro da capital Real.

Malu desceu do cocho em que estava, acariciando os cavalos despediu-se agradecendo aos serviços prestados.

Maria Luiza trajava um sobretudo verde escuro por sobre suas típicas roupas exploratórias, ultimamente as roupas da garota andavam mais alvas e limpas que o normal e isso devia-se às caprichosas manias de Levi que ao contrário da garota não suportava quaisquer desleixo de zelo, chegando por vezes à ele mesmo pentear o cabelo da jovem, fato que à deixava um tanto atônita com tamanha fobia do companheiro.

Enfim, voltando ao cenário atual de nossa fanfic...

Ali dava-se início à mais uma operação.

A grandiosa queda.

A destituição dos carcereiros.

Mais um passo em prol do sonho de nossos soldados!

Malu oferecera seu coração por tal causa.

Lutaria pela liberdade.

Adentrando ao grande prédio de rochas polidas sobrepostas alinhadamente, deu-se com os amplos corredores bem iluminados por grandes janelas que por vezes à lembravam vitrais, via homens e mulheres vez ou outra passarem por si de modo apressado dando pouquíssima importância para alguém que sequer deveria estar ali, a infiltração parecia ter sido um sucesso.

O próximo passo seria a integração do restante do corpo exploratório envolvido na missão dentro do prédio.

Naturalmente a jovem cruzou os vastos corredores, cuidadosamente analisando cada sala, atenta à quaisquer olhar enviesado que levantasse suspeitas.

Asas da Liberdade (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora