Asas da Liberdade (EM REVISÃO)

Red Swan

--MALDITA PAQUIDERME! --Bradou Yervant ao ser surpreendido pela triunfal entrada de Malu no local, conforme a poeira cessava assentando-se ao chão mais límpida a visão dos ali presentes na sala tornava-se, revelando os membros da tropa exploratória que acompanhavam a jovem.

Levi e Jan posicionavam-se atrás da garota, seguidos por um grande grupo composto por Alvaro, Nay, Lu, Dudu, Joseph, Reinhard, Nana e mais alguns soldados de rostos e nomes que não nos convém mencionar no momento, mas digamos que era um grupo com mais ou menos vinte pessoas dentro da sala, sem contar à força tarefa que formava-se em torno do prédio e espalhava-se em pontos estratégicos da cidade.

O reino estava dividido e pouco importava à Malu quem era importante ou não ali, algo maior estava em jogo, e não hesitaria em matar quaisquer um que se intrometesse em seu caminho à fim de impedi-la de alcançar não mais seu sonho mas seu destino.

Estava predestinada àquilo sentia em seu âmago, como chamas crepitantes que à faziam prosseguir, queimando por um sonho; Abrir asas em rumo ao céu, sem limites, sem que nada à impelisse, gaiolas ou sequer mãos que à segurassem.

Voaria;

Em direção à liberdade.

...

Uma saravaida de tiros partindo dos oficiais foram o presente de recepção para os visitantes da tropa exploratória; erguendo novamente uma cortina de poeira, enquanto formava-se uma tempestade de chumbo em direção à nossos detentores do futuro além dos muros.

--DIVIDIR! --Exclamou Lu que unindo-se à um grupo de mais soldados sendo eles Álvaro e Joseph que moviam-se pela direita; Os sons de armas sendo carregadas sucessivamente sinalizava que o embate duraria tempo suficiente para à realização do plano, à esquerda estava Nana, Dudu e cerca de mais quatro soldados não nomeados por esta autora preguiçosa, enfim vamos chama-los de corpo de figuração, afinal estes também possuem um papel importante em nossa história.

É evidente que à tropa exploratória não partiria para uma batalha contra o governo munidos apenas com armas para aniquilação de titãs, para que todo o escarcéu atual ocorresse precisariam adiquirir poder de fogo semelhante ou maior que os que possuíam o governo, e neste caso à linhagem de Levi o ajudou com o fornecimento de armas, tais elas de manuseamento até então desconhecido pelos oficiais por tratarem-se de uma tecnologia proveniente de gangues do subsolo, especialmente desenvolvidas para estourar cabeças humanas no momento em que seus projéteis às encontrassem, ou apenas causar um grande estrago quando de encontro à seu alvo.

O fato era, a morte se tornava certa ao se ser atingido por aquelas belezinhas de multiplos disparos com grande concentração de pólvora e nitrato de amônio em quantidades maiores que as comumente usadas, os projéteis foram modificados por Nana e Lu antes que entrassem em campo, tendo seu formato adulterado do padrão para o uso de projéteis mais longos e robustos e com alto poder de perfuração e explosão instantânea ao contato com seu alvo devido à grande carga de energia concentrada desde seu percursor, estendendo-se veloz até o cume do projétil que à certa altura entraria em atrito com o corpo humano um condutor natural de carga elétrica que consequentemente geraria mais calor levando o projétil a explosão instantânea que resultaria em ferimentos nada agradáveis.

De fato havia sido feita para matar, o pensamento não parecia nada confortante aos demais, na verdade gostariam que não precisassem chegar à tal ponto, mas após à revelação da tal verdade, aquela seria sua única solução e única chance de fuga.

Uma troca incessante de de artefatos balisticos instaurou-se na sala, mas perante às robustas armas pesadas e metálicas que faziam cambalear os mais fracos soldados era de fato uma arma de aniquilação imediata, portavam vantagens em meio ao campo de batalha.

Corpos de homens desmembrados estendiam-se como um cruel carpete de sangue em meio a sala, tripas ossos e sangue decoravam o ambiente.

Reinhard assistia à tudo com pesar.

Eu realmente não gostaria de ver isso acontecer...sinto muito.

Ele permanecia imóvel era fato que a adrenalina de uma batalha como aquela não o atraia, sentia como se não pertencesse à lugar algum.

(...)

Yervante viu um à um de seus homens perecerem, como peças de xadrez esvairam-se gradativamente caindo perante à vontade que queimava naqueles jovens invasores, era fato estavam prestes à realizar seu golpe final.

--Agora é sua vez, demônio das muralhas. --Malu comentou em um tom frio e arrastado como se esperasse por aquele momento toda uma vida.

O homem estava cercado, com Malu à suas costas e Levi à sua frente, pelo visto não haveria sequer escapatória.

Não, não poderia se deixar permitir tamanho ultraje, quem eram aqueles hereges que tentavam sobrepor à sua vontade? Logo à vontade de um deus?

--Assim como estes muros e este povo vocês me pertencem, no fim não passam de escravos rebeldes mas não se preocupem pois mudarei essa situação agora. --Yervant poderia ser um homem de classe , entretanto possuía habilidades formidáveis que nada condiziam com sua postura real; com os gatilhos apontados para si, não temeu, lançando-se velozmente para à direita e com um pequeno deslise de seu polegar sobre uma saliência em um finíssimo anel de ouro que trazia consigo no dedo indicador, realizou um pequeno corte quase não visto pelos restantes, que tratavam de posicionar-se para encerrar de uma vez com a dinastia da família Yuurei.

Uma explosão seguida de um clarão semelhante ao que ocorrera com Nay na última batalha na muralha Maria sinalizava que algo preocupante estaria prestes à acontecer.

Olhos arregalaram-se e os outros dois portadores dos titãs tinham plena ciência onde aquilo culminaria, por isso apressando-se para parar o homem, que com um estardalhaço rompera os cristais do teto ao transformar-se em um titã dotado de grande massa corporal e mandibula com dentes afiados e de formato selvagem à mostra como uma grande fera, ele rugiu erguendo seus braços preparando-se para pisotear quem se pusesse em seu caminho.

O retumbar do sinal de mais duas explosões afastara o restante da tropa exploratória do local que ruía conforme os fatos ocorriam, era notório um simples prédio não seria capaz de suportar o peso de três titãs principalmente em dadas circunstâncias.

Outros rugidos foram ouvidos, e o restante do teto que os cobriam se rompeu.

--SAIAM DO PRÉDIO AGORA! --Bradou Levi e batendo em retirada o restante da tropa moveu-se para o exterior, vendo o antigo prédio de bela arquitetura resumir-se à montes de entulho.

Reinhard manuseava seu martelo habilidosamente enquanto Nay concentrava em prestar o melhor suporte que seu titã poderia oferecer.

A batalha seria ferrenha, poderiam até ser dois contra um.

Entretanto...

--Aquele a Nay me contou sobre ele...seu nome é...titã de ataque. --Comentou Nana brevemente em quase sussurro enquanto atônita assitia o início da feroz batalha.

(...Continua...)