Cataventos Titânicos

28 1 0
                                    

Subrepujar os titãs ?

Impossível.

Mas seguiriam avançando.

Rumo à Vitória!

...

Uma onda de colunas espessas e grossas como grandes espinhos de tamanhos desproporcionais e variados ergueu-se devastando metade da cidade, ele partira do maldito titã.

--De acordo com às escrituras este é um dos guerreiros! Seu nome é Martelo de guerra! --Exclamava Nay junto ao pelotão que locomovia-se pelos ares tentando avançar acima dos espinhos que projetavam-se do solo.

--DIVIDIR-SE! --Bradou Levi.

Os sons dos cabos, e os jatos de gás intensificaram-se conforme moviam-se desviando de objetos lançados em suas direções.

O grupo separou-se cautelosamente de maneira veloz, maestricamente dividindo-se em três grupos de cerco contra o titã, ao contar pelo padrão de ataques era imaginável que seguiria a pratica de lançamento de espinhos ou provável arremesso com o martelo, sendo assim poderiam prever o próximo movimento e assim conseguiriam aproximar-se.

Essa hipótese baseada em padrões de movimento aplicava-se à um titã normal.

Mas nesse caso...

Não podiam contar tanto com sua sorte.

Conforme percebera à mudança de movimentação do pequeno grupo o titã baixou a arma aue trazia em mãos, deslisou brutalmente sua perna esquerda para trás e ali apoiou o seu peso, impulsionando seu tronco em um movimento semi giratório ele novamente ergueu seu extenso martelo.

Tomando um pouco mais de impulso, continuou o giro assim completando-o e repitindo o movimento.

Uma sucessão de giros perigosos e mortais fora iniciado, liberando torrentes de ar que lançara longe os soldados mais desavisados.

--...Essa coisa, ele não quer nos devorar, na verdade parece mais que sabe o que está fazendo...Parece humano... --Nana apoiava-se na viga que restara de uma construção quaisquer, observando tudo de longe.  As dimensões das rajadas de vento eram tão avassaladoras que destruíram até mesmo seu abrigo provisório.

A ventania era intensa mas precisava descobrir algo à mais sobre a criatura, algo dentro de si à dava um estranho pressentimento.

A garota sorriu e em meio à ventania provocada correu em direção ao titã.

--VOCÊ  NÃO É INVENCIVEL ESQUISITÃO!

Erguendo um dos braços desatou à correr com dificuldade em torno da área que circundava a criatura, e com a outra mão apoiada na barriga tentava estancar algum sangramento. Escondendo-se por de trás de escombros e pedras, tentava coletar mais informações pelo solo, já que nas condições atuais mal poderia utilizar de seu equipamento 3D.

--PARE DE SER IDIOTA VOCÊ VAI MORRER!!! --Bradou Nay ao ver de longe à jovem visivelmente fora de si.

--Eu acho que entendi o que ela quer fazer! --Exclamou Lu e em meio à ventania, desatando a correr em solo desviando de algumas pedras e objetos que voavam a esmo, repetiu o gesto de Nana.

Ambas puseram-se à examinar a área com a maior exatidão que podiam, o alcance das torrentes de ar parecia não atingir o solo com tanta força e violência de certo modo, afinal o destino dos ataques seriam aqueles que estavam realizando investidas no ar, logo cuidar das outras no momento parecia não ser um problema realmente.

--QUANDO EU CAI DA MURALHA NO PRIMEIRO ATAQUE VI ALGO SUSPEITO, TENHO QUASE CERTEZA QUE TEM ALGO CONECTANDO ESSA COISA COM O SOLO! PROCURE ALGUMA FISSURA OU LIGAÇÃO COM O TITÃ LUIZA! --exclamou Nana ofegante , sem diminuir o ritmo das arriscadas passadas.

Lu apenas assentiu com a cabeça focando-se em quaisquer situação suspeita.

(...)

--Essa coisa não vai ficar girando pra sempre...uma hora esse filho da puta precisa parar...--Esbravejou Levi no estopim de sua paciência.

--ACHEI! O CALCANHAR DIREITO ESTÁ LIGADO COM O SOLO! --berrou Nana, ao visualizar uma espécie de conexão que ligava o titã com algo no subsolo. --Mas que porcaria... --Desviou o caminho, para avisar aos restantes sobre sua suspeita e descoberta, mas antes que o fizesse fora surpreendida, uma saraivada de entulho lançada em sua direção à fez cegar por alguns segundos, seguido pelo avanço veloz de um titã que como uma besta selvagem corria em sua direção, a boca da criatura arreganhou-se ostentando uma imensa fileira de afiados dentes, ligados à uma mandibula resistente e elástica.

Uma coisa era certa, aquela coisa feia também queria fazer um lanche.

--Merda merda!! --Nana conseguira desviar do titã por alguns centímetros, e por um segundo imaginou-se tendo seu braço decepado, um arrepio a percorreu à espinha com tamanha possibilidade. Lu que acompanhava a cena ao longe decidiu reportar a informação sobre a anormalidade e possivel fraqueza do titã a Levi e então voltaria seu auxílio à mulher que aos berros corria de seu grande perseguidor.

--SAI DAI MALUCO TODO DIA ISSO SIFUDE! BOCUDO!

Ali Nana travara uma perseguição entre humano e titã, entretanto aquele também não parecia ser apenas um simples titã comum, o que intensificava as dúvidas e o terror da jovem "presa".

Algo ali dizia à Luiza que aquele era mais um anormal.

Calculando à velocidade do titã manejou o dmt de modo que sua trajetória atingisse os ombros da criatura ou talvez na menor das hipoteses de erro de alvo alcançaria às costas.

As possibilidades pareciam nulas mas não irreais.

Às variáveis decidiram revoltar-se naquele dia.

E talvez essa pequena estatística possa ter passado à vista de Luiza que teve seu equipamento agarrado pelas garras titanicas do feioso de chamativa mandibula.

Antes que pudesse soltar-se, seu corpo fora arrastado com o ímpeto do titã trazendo-a para próximo de si.

Luiza teve suas pernas imobilizadas assim como seu equipamento à deixando apenas os braços livres, que desesperadamente tentavam desvencilhar-se do titã.

--ME SOLTA MERDA!!!

Nana que até então debilitada corria em círculos em sua corrida de patético ganho de tempo, parou abruptamente apoiando-se nos calcanhares.

--Mano, mano, mano! Solta ela seu bocudo! --Nana saltou para cima da criatura mirando as juntas e pernas, atrasa-lo poderia-lhe ser suficiente.

Mas...Sabemos muito bem que a realização deste plano não seria simples como pensado pela personagem em questão.

(O titã mandíbula, de acordo com à lenda das escrituras das muralhas, trata-se de um poderoso guerreiro com habilidades formidáveis...) --Naylla Sabia ao certo que apenas Nana não conseguiria derrubar aquele titã sozinha, então partiu também ao resgate de Lu.

Em um desorganizado zigue-zague as duas Nana e Nay prosseguiram, mirando suas lâminas apenas nas juntas focando em múltiplos cortes.

O primeiro fora feito, um calcanhar fora atingido pela garota de óculos arredondados...

O segundo fora feito por Nay diretamente na rotula direita, do titã o desequilibrando.

--Malditas Vadias!!! --Fora vociferado pelo titã em tom monstruoso quase incompreensível.

--CACETE! ESSE NEGÓCIO FALA?!! --exclamou Nana em total surpresa quase estagnando no ar. --ESSES TITÃS ESTÃO CADA VEZ MAIS ABUSADOS!

Nay e Nana tomaram um segundo ímpeto unificado, impulsionando-se contra o braço esquerdo do titã que fortemente segurava Lu, inclinando suas lâminas na diagonal, ambas realizaram um corte circular combinado partindo de dois ângulos, arrancando parte do braço do tal, e liberando Lu que desvencilhando-se de imediato muniu-se de suas lâminas, avançou contra a nuca de seu "predador" ferozmente aplicando um veloz golpe estendendo o peso de seu corpo sobre as lâminas as arrastando por toda a extensão de pele da criatura, suficiente para revelar um homem por trás de toda aquela epiderme e derme titânica.

--MAS OQUE?! --os olhos de Luiza arregalaram-se.

O que diabos faz um humano vivo dentro da nuca de um titã?

(...Continua...)

Asas da Liberdade (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora