Asas da Liberdade (EM REVISÃO)

um velho conhecido

No fim sempre somos escravos de algo.

Sempre estamos embriagados por algo que nos faz avançar.

Uma razão.

Um Desejo.

Que nos faz continuar lutando.

Por isso;

Lute.

(...)

(Base de operações da tropa exploratória alguns dias após o "misterioso ataque")

Muito se falava sobre a tragédia de Maria por entre os civis comuns, era fato que fora um evento assolador, o povo das muralhas dividia-se entre à idéia de que o verdadeiro causador do incidente fora à tropa exploratória por suas blasfêmias contra deus, outros criam piamente de que só estavam vivos graças aos corajosos soldados que deram suas vidas em defesa dos cidadãos das muralhas.

O governo por outro lado, pouco manifestou-se perante o tal ocorrido, "desentendidos" apenas lamentaram o ocorrido liberando uma missão de retomada e condecorando alguns soldados.

Tudo parecia bem maquiado.

Enquanto uma operação secreta formava-se em busca de Reinhard e Jenris, que até então estavam desaparecidos.

O governo cria piamente no poder dos titãs e do desconhecimento de tamanho poder por parte da tropa exploratória, contavam com essa ingenuidade para prosseguir com seus planos.

O "imaculado" rei Yervante cria na soberania de seu poder  e embora houvesse perdido para Levi e seus subordinados, recusaria de todo modo ser sobrepujado por homens tão abaixo de si.

Estava sobre todos eles.

Sobre o domínio de todos.

Afinal era o rei.

Ou melhor.

--Me chamem de seu Deus.

(...)

--É o preço que me disponho à pagar! --Bradou Malu para Lu que tentava à convencer que um revolta estatal não seria uma boa idéia.

--Você quer simplesmente mata-los! Você tem noção disso Malu?

--Eu tenho noção Luiza! Tenho toda noção do que eu quero. --Malu bateu com à mão sobre o tampo da mesa no calor do momento, estava conviccta do que queria e ninguém à impediria. --Esses miseráveis fizeram questão de nos deixar dentro desses malditos muros por tanto tempo! Eles nos privaram de nossa liberdade! Nos privaram de toda verdade!

--..liberdade, verdade, você não se cansa de repitir essas coisas não é? Você ao menos sabe quantas vidas foram ceifadas na muralha Maria? Sera que foram dez? Cem? NÃO MALU! FORAM MILHARES DE VIDAS! TUDO POR CONTA DAQUELE PLANO DE FUGA PATÉTICO! --Lu começou a andar em círculos levemente alterada.  --É claro que descobriram...onde estávamos com à cabeça?

--Escuta Lu você não entende... --Antes que Malu pudesse concluir à frase viu-se sendo agarrada pela gola da camisa por Lu que enraivecida lhe desferiu um tapa firme. -- Não Malu você que não entende...não foi sua família que foi morta ali, não foi! Você não sabe de nada sabe porque?! Porque você não tem ninguém! Você não pode me entender!

Um silêncio fez-se no local.

Malu desvencilhando-se de Lu com um empurrão, afastou-se indo em direção à porta.