seis

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Théo.
Eu tava puto, não sabia como chegar na Hadassa e falar tudo o que eu tava sentindo mas era foda, ela sabia que eu o que eu sentia por ela.

— Que cara é essa? — minha mãe fala assim que eu entro em casa.

— Discuti com a Hadassa — sento perto dela.

— Eita, me conta — conto pra ela desde a hora que eu encontrei com a Dassa na porta do colégio — Théo tem que aprender se controlar Théo, se você não assume nada com ela.

— Mãe entende, o que eu tenho com ela é um bagulho nosso.

— Mas por ser 'um bagulho de vocês' cansa ela pode ter certeza!

— Ela conversou contigo mãe? — ela ficou quieta só me olhando — Claro que conversou né, e tu nem me falou nada.

— Théo ela queria conversar e ela tava aqui em casa com a sua madrinha, eu não tenho que te falar nada, ela que tem que te falar.

— Mas não fala, ela não fala....

— Será que é porque você também não se abre, ou porque você não impõe um decisão em relação a vocês?

— Eu sou sempre o errado né? — falo levantando — VOCÊS NÃO ENTENDEM PORRA NEHUMA DO QUE EU TÔ PASSANDO — falo alto e meu pai aparece.

— Que isso moleque? Tá ficando maluco caralho? — meu pai fala vindo pra perto de mim.

— Tô pô, claro, o fudido sempre sou eu.

Saio de casa deixando eles me chamando e decido ir na praia pra esfriar a cabeça, até que eu dou de cara com uns amigoa meus e eu vou até eles.

— Fala meu mano, tá sumidão parceiro — o Léo fala e eu faço um toque com eles.  — Vai irmão? — me oferece um papelote e na hora me vem a Hadassa, cara ela não merecia se envolver com um cara podre assim.

— Não mano, tô suave, só parei pra falar com vocês mesmo.

— Para de charme pô, senta aí — coloca o papelote na minha mão e eu penso nos meus pais que sempre fizeram de tudo por mim.

Era muita pressão, eu comecei usar essas paradas de zuação com os caras e agora tava foda de controlar a vontade toda vez que acontecia alguma coisa que me deixava puto. E eu tava ligado que a Hadassa não merecia de jeito nenhum um cara assim, mas eu sou amarradão na morena e eu não só não assumia a gente por eu saber que ela não merecia, eu não merecia ter ela comigo nessa bagunça que eu tô.

uns dias depois...

Hadassa.
Théo e eu haviamos conversado e por fim estava tudo bem, ele viria aqui pra casa pra vermos um filminho já que hoje é sexta e é dia de cinema aqui em casa.

— Dassa!!! — escutei o meu pai me chamando na sala e fui pra lá levando a tigela com pipoca e o refri. — Sua mãe subiu e eu vou junto, mas tô de olho em tu, tá ligada né?

— Tô pai. — revirei os olhos e ele deu um tapa na minha testa e subiu.

Fiquei ali comendo a pipoca e logo o Théo chegou, pedi que ele deixasse a mochila dele no meu quarto já que ele dormiria aqui em casa e logo ele desceu, se jogou no meu lado e agarrou no meu rosto pra firmar um beijo na minha boca.

— Já eacolheu o filme, amor?

— Não... — estalei a língua e ele riu. — Serasi que podemos ver o a culpa é das estrelas, de novo?

— Sabia, pô. — gargalhou e eu comemorei quando ele concordou. Mexi lá na tv e conectei no youtube e logo no filme, dei o play e ficamos abraçadinhos ali assistindo e comendo, claro.

Jason Carlos.
— Filha, me empresta teu carregador — falo chegando na sala vendo ela e o Théo assistindo alguma coisa — Tá doido cara, o fio daquela porra só vive quebrando.

— Meu Deus pai, você não tem sorte com carregador, hein pai!! — ela fala rindo — Pega lá na minha mochila preta tem um lá.

Subo e vou no quarto dela e procuro a tal mochila e acho uma no canto da cama, pego e vasculho tudo procurando o carregador mas acho outra coisa que era o que eu menos queria, também achei a identidade do Théo, caralho a mochila é dele, desci atrás dele.

Olhei pela sala e ele não estava e a escutei a voz da Hadassa no andar de cima e ela conversava com a mãe, fui pra cozinha e achei o meu afilhado escorado no balcão bebendo água e mexendo no celular.

— Que porra é essa Théo? — mostro o papelote de cocaína que eu achei e vejo ele ficar branco. — Em caralho? Tá usando essa porra?  

— Isso aí não....

— Não vem com essa que não é teu porque eu achei na tua mochila — ele abaixa a cabeça — Eu quero resposta Théo, bora — falo sério com ele.

— Eu usei uma vez numa festa, fui na onda dos amigos e não tô conseguindo parar mas — ele fala tudo baixo.

— Me fala uma coisa, teus amigos mesmo? — ele nega — Tem amigo certo não caralho, acorda Théo, amigo teu é teu pai, tua mãe, tua madrinha, eu... — ele acena que sim várias vezes — Tu tá ligado no que tu tá se enfiando Théo? — ele nega.

— Eu não quero isso mais — ele chora e eu fico perdido pra caralho.

— Vem cá moleque — abro os braços e ele me abraça — Sai dessa porra Théo, isso destrói tudo o que a gente tem, acaba com tudo, nos afasta de quem a gente mais ama, um papo de pai pra filho — ele olha pra mim — Chega no teu pai e abre tudo.

— Tô ligado, vou resolver isso — ele seca as lágrimas — Pode ficar tranquilo que eu vou resolver, mas valeu pelos conselho e o papo firmeza, tu é foda.

— Tu é meu afilhado porra — faço um toque com ele e o silêncio ae instala — A Hadassa tá ligada? — quebro o silêncio.

— Não — ele me olha perdido — Caralho....

— Chega e fala logo, conheço minha cria e uma coisa que ela não vai gostar e ser a última a saber — ele concorda — Mas conta TUDO.

— Posso conversar com ela aqui?

— Pode, vou falar com ela que você tá chamando.

aaaaaa moleque safado

Maldita Vontade 》 XAMÃ Onde histórias criam vida. Descubra agora