Capítulo 12

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Paloma narrando:

Nos preparamos na casa da Alice e já estávamos no carro a caminho da festa.

O clima era normal de uma festa com pessoas de alta sociedade. Sem alaridos, todo mundo na sua a curtir a festa.

-Paloma, você não vai sair daqui viva se continuares a te embreagares, como se o mundo acabasse hoje.

-É a intenção- falei para Alice totalmente fora de mim.

Ela abandonou a cabeça fazendo sinal negativo.

Já eram quase três da manhã e acho que já havia bebido o "bar por completo"

Daniela bebeu a mesma quantidade ou até um pouco a mais do que eu. Ríamos do nosso estado, enquanto Alice ficava quem nem uma mãe a nos vigiar, mas claro, ninguém parou de curtir por conta disso.

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Acordei quase morta de tanta ressaca. Liguei à Victória para trazer uma cerveja, dizem que ajuda a tirar a ressaca.

Quando sinto a porta do quarto a abrir, virei-me para receber-lhe a cerveja, mas quem estava na porta era o pai e a mãe.

Meu pai trazia a cerveja que eu tinha pedido à Victória.

-Obrigada - falei estendendo a mão para receber o copo de cerveja que estava na mão direita do meu pai.

Ainda não olhei para o rosto deles. Já sei que, da parte do meu pai, ele deve estar pelo menos parecido a um leopardo, e minha mãe a uma barata com medo. - soltei uma gargalhada pequena ao imaginar a possibilidade.

Meu pai despejou a cerveja gelada nos meus cabelos molhando a cama.

-Você ficou louco ? Gritei nervosa.

-Eu tenho vergonha de ser seu pai quando te vejo nesse estado. O jantar de ontem seria como uma aula para si, mas não! Você preferiu ir sei lá aonde e voltar que nem uma qualquer. Paloma você precisa crescer, a vida não é como você e sua mãe pensam. A vida ainda te vai mostrar que não estou errado. Você já não vai receber nenhum cêntimo meu. Todos os teus cartões foram bloqueados hoje cedo, o carro já está na garagem e você não vai chegar perto dele, acabaram-se as mesadas e todos os outros mimos. Sustente os teus luxos, porque de mim já não irás receber nenhum tustão.

Ainda processando tudo o que ouvi, saí da cama num pulo.

-VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO, MÃE FAÇA ALGUMA COISA - falei gritando vendo minha mãe parada ao lado da porta com a mão na cabeça olhando para mim.

Meu pai olhava para mim com raiva e pena ao mesmo tempo.

-A partir de hoje você vai para faculdade, e para outro lugar que você queira ir, sem a minha permissão, de táxi - e agradeça-me por não te deixar ir a pé - meu pai terminou saindo do quarto e fechando a porta.

Gritei com raiva e atirei a almofada para a porta onde ele havia saído.

O amor ensinou-me que...Onde histórias criam vida. Descubra agora