Capítulo 15

12 5 0
                                    

Gabriel narrando:

Finalmente chegamos no ponto de táxi e corri para outro táxi, que já estava quase a sair do ponto.
Entrei rápido no carro, sem querer pisei no pé da moça que gritou irritada ao meu lado. Virei-me para o meu lado esquerdo onde estava a moça para pedir desculpas.

Quase se me gelou o coração ao ver a louca da faculdade a olhar para mim, como se eu tivesse arrancado a perna dela.

-Desculpa-me, por favor, entrei rápido e não reparei que tinha alguém sentado- falei com vontade de fugir do táxi.

-Tudo bem - ela respondeu calma. Fiquei até surpreso com a reacção, esperava até um disparate.

Ela estava bem colada a mim, sem nenhum centímetro de espaço que nos separasse. Achei que ela estivesse desconfortável com o facto, então, me afastei ligeiramente e ela olhou para mim.

-Não quero incomodar- falei depois de me afastar.

Obviamente, que ela não queria ficar perto da pessoa que pisou o pé dela, ainda mais sendo o garçom da faculdade dela. Queria muito poder ler a mente dela naquele momento.

Estou curioso para saber o por quê que ela estava a andar num táxi colectivo e não num privado, já que talvez tenha acontecido qualquer coisa com o carro dela, e com o motorista dela para ela estar a andar num táxi colectivo.

-Podes perguntar o que tanto te inquieta- eu sei que não paras de te perguntar o porquê de eu estar nesse carro podre- ela continuou- porque tenho um pai horrível, que não me ama, que agora passa a vida a humilhar-me com esses castigos estúpidos que nem ele.

Ela continuou.

-Acho bom você não ficar por aí a espalhar que viemos no mesmo táxi, se não eu me encarrego de fazer que seja demitido em dois tempos - ela terminou de falar quando o táxi parou no ponto perto da faculdade.

Ela não me deu tempo para falar nenhuma palavrinha, saiu do carro e bateu à porta com força.

O amor ensinou-me que...Onde histórias criam vida. Descubra agora