Capítulo 25

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Gabriel narrando:

Sem dizer mais nada, deixei a bandeja e fui até ao balcão, mas não conseguia ficar bem ao vê-la daquele jeito. De longe, apreciava a conversa delas e acreditei que podia ser útil.

-Senhora, eu posso acompanha-la se quiser - falei para a jovem que chorava, quando ela se aproximou ao balcão, para fazer o pagamento.

-Não, obrigada, vou sozinha - ela disse rápido.

-Claro que não, eu não ficaria bem em ver uma moça a andar sozinha de táxi nessas condições.

Falei e entrei rápido para despedir e explicar que me iria ausentar. O refeitório não estava cheio e acreditei que não teria nenhum problema. Tirei o avental e fui até ela que me esperava na porta da faculdade.

-Podemos ir - falei para ela, e respondeu que sim com a cabeça.
Subimos no primeiro táxi que vimos e já estávamos no caminho, quando ela começou a chorar como uma chuva miúda.

-Vai ficar tudo bem tenha fé- falei para ela, comovido com situação.
Ela olhou para mim e encostou a cabeça no meu peito.

Fiquei simplesmente envolvido no clima e pensei em ampara-la. Fui passando a mão nos cachos deles bem parecidos aos meus.

Nunca pensei que estaria assim com a louca do olhar aterrorizador que eu gostava muito de apreciar.
Passando alguns minutos, chegamos ao prédio da clínica mais cara da cidade.

O amor ensinou-me que...Onde histórias criam vida. Descubra agora