Chegamos a Busan e imediatamente me sinto bem e de queixo caído com a beleza da cidade. A sua arquitetura moderna, juntamente com os traços tradicionais e o contraste com o mar e as montanhas deixam-me apaixonada, sinto que quero descobrir tudo o que possa, pena que só ficamos dois dias.
Olho ao redor com um sorriso e sinto os olhos de Jimin fixos em mim. Ele sorri.
"O que foi?" Pergunto envergonhada.
"Nada. Eu sabia que ias gostar" ele sorri ainda mais. O caminho até ao hotel ainda demora cerca de 40 minutos de autocarro e não consigo parar de olhar pela janela e sorrir com tudo o que vejo, isto é realmente lindo.
O hotel que o Jimin escolheu é a poucos metros da praia e não podia estar mais feliz pela sua escolha. Olho em volta e admiro a beleza do sítio enquanto o Jimin faz o nosso check-in, acho estranho quando ele volta apenas com uma chave do quarto, mas não me pronuncio.
O caminho até ao elevador, e do elevador até ao quarto é feito em silêncio. O dia está a ser incrível só por estar aqui e não queria que acabássemos a discutir como sempre, mas sinto que é inevitável. O Jimin abre a porta do quarto quando encosta o cartão ao leitor magnético e assim que a porta se abre a vista é magnífica. Está decorado em tons de azul-marinho e branco e a varanda com vista para o mar é de tirar o folego. A brisa bate na minha cara e o som das ondas a bater, deixa-me imediatamente num estado de euforia, é a primeira vez que vejo o mar de perto, é tão grande, tão bonito.
"Podemos ir ali?" pergunto ao Jimin apontando para a praia.
"Claro. Não queres descansar?" ele diz abrindo a boca e bocejando.
"Não. Não temos tempo a perder" entro dentro do quarto e olho para a cama. Na verdade, não sei se posso chamar a isto uma cama de casal, tendo em conta que são duas camas de solteiro juntas. O Jimin olha para mim preocupado, mas pelo esforço dele, evito uma discussão e sinto-me feliz por o ter feito.
O caminho até à praia é feito em silêncio absoluto. O Jimin parece nervoso sem saber o que dizer e pergunto o que passará por aquela cabeça neste momento. O hotel tem uma escadaria exterior que permite um fácil e direto acesso até à praia, sendo o caminho curto o suficiente para o silencio não ser constrangedor o suficiente.
Mal chegamos ao areal descalço os meus sapatos e sorrio ao sentir os grãos de areia nos meus pés, o Jimin age como se isto fosse a coisa mais natural do mundo para ele e sinto que a qualquer momento vou ser gozada por parecer uma criança numa loja de brinquedos.
"Estás bem?" Finalmente pergunto.
"Sim, só estava a pensar numas coisas" ele oferece-me um sorriso simples.
"Anda, precisas de te animar" pego na sua mão e corro praia fora em direção à água puxando o rapaz rabugento.
A praia está mais cheia do que eu gostaria, principalmente por casais apaixonados que passeiam de mãos dadas à beira mar e partilham carinhos, o que me faz sentir mal por momentos em relação a isto tudo. O Jun não passa na minha cabeça tanto como devia e o facto de lhe estar a mentir faz-me sentir bastante culpada, a verdade é que as coisas não são tão boas como eu pensava que seriam. Ao início havia sempre a química e os avanços e recuos de ambas as partes que me deixavam entusiasmada e com uma sensação de desafio, mas essa sensação depressa desvaneceu.
"Não pensei que me fosse sentir estranho como estou a sentir" O Jimin diz puxando-me de volta.
"O que?"
"Quer dizer... Não é estranho eu pegar em ti do nada e tirar-te de Seoul? Devia ter perguntado..." ele diz brincando com os seus pés na areia.
"Provavelmente pensaste em raptar-me porque sabias que não iria aceitar" Eu rio olhando para ele e sentando-me na areia.
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Serendipity Pt
Hayran KurguAreum é uma jovem bem resolvida que vê a sua vida dar uma volta de 180º a partir do momento que é obrigada a mudar-se para o outro lado do mundo. Com a nova vida, vem um novo "irmão", a sua relação é uma montanha russa, altos e baixos, discusões e d...