Memórias

766 18 11
                                    

NOTAS INICIAIS:

Olá!

Desculpa a demora, não consegui vir no feriado!:(

Mas cá estamos e para o capítulo 20 de 24.

Queria dizer, de início, que quando eu comecei a postar aqui, eu tinha uma expectativa totalmente diferente em relação a mim mesma: que fosse mais rápido esse processo e que eu conseguisse conversar com vocês direitinho, já que seríamos poucas.

Infelizmente, nada que a gente projetou em 2020 saiu conforme a expectativa e, claro, isso também foi frustrado por questões internas que eu não pude controlar.

De todo modo, quero deixar hoje registrada minha imensa gratidão para vocês que estão lendo e deixando seus recadinhos. Eu sempre leio e me emociono, assim como era em 2015 e 2016.

Sem mais demora aqui em cima, leiam!


-//-


A primeira semana da volta da vida em comum seguiu o mesmo padrão de entrosamento e frescor amoroso daqueles primeiros dias, com o percalço de terem que administrar um adolescente que insistiu em fugir delas, mas não se abateram.

Sentindo-se amparada e confiante com a presença de Tainá, Giovanna seguiu agitando sua agenda profissional cada vez mais, e a branca permaneceu se dedicando aos filhos e pensando na melhor forma de se aproximar de Pietro com o assunto que havia virado tabu entre eles. Analisava propostas de trabalho que Piny lhe enviava constantemente também, mas ainda não conseguia tirar o foco da família... Não enquanto não sentisse que tinha reconquistado tudo.

Certa manhã de segunda-feira, muito antes do horário que costumavam levantar, Giovanna sentiu uma agitação ao lado dela e, quando finalmente se sentiu desperta, percebeu que era Tainá que se debatia e balbuciava coisas ininteligíveis ainda adormecida.

Apoiou-se nos cotovelos e assistiu durante alguns segundos o ciclo de perturbação da amada, mas logo decidiu-se por acordar Tai e tirá-la daquela agonia que parecia lhe consumir em sonho.

G: Shhhh... – Aproximou-se do ouvido de Tai e com carinho a chacoalhou de leve – Acorda, minha linda. Você tá na nossa cama, do meu lado.

Algumas repetições depois, Tainá finalmente abriu os olhos em sobressalto.

T: O que eu... – Sentou no colchão e afastou os cabelos do rosto – Nossa, eu tive um sonho ruim!

G: Eu percebi. – Assoprou suavemente o rosto branco – Você tá ensopada de suor. Vou pegar uma água pra você. – Girou na cama para alcançar a moringa que ficava no móvel lateral.

T: Fazia tempo que eu não tinha esses pesadelos. – Pegou o copo da mão de Giovanna.

G: Que pesadelos são esses? Eu não tinha te visto com o sono tão agitado desde que você voltou. Aliás, acho que nunca te vi assim... Você sempre dorme igual uma pedra, e essa noite te senti agitada na cama muitas vezes.

T: Pois é, mas eu tive muitos pesadelos durante o tempo em que eu fiquei fora. E quando eu voltei, continuei tendo esporadicamente até as coisas melhorarem entre a gente. – Tomou a água e ergueu o olhar vacilante – Enfim, não é exatamente novidade pra mim.

G: Me conta um pouquinho mais disso. – Ergueu o rosto que mais uma vez tinha se retraído.

T: Não tem muito o que falar. Não é uma coisa específica, são sonhos confusos e misturados. – Tentou escorregar.

G: Você fala tão pouco do tempo que passou longe...

T: Eu não gosto de me vitimizar, só isso.

Cosmic Love S03Onde histórias criam vida. Descubra agora