Capítulo I

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— Navio avistado, senhor! — Gritou um marinheiro.

— Mergulhar! — Ordenou o imediato. — Sim senhor, mergulhar!

O U-Boot mergulhou 20 metros abaixo da superfície, deixando apenas o periscópio na superfície — a fim de observar a embarcação — para facilitar os alemães dentro do submarino.

— Deixe-me ver… Um funil, dois mastros, bandeira inglesa! — Disse o comandante do submarino alemão U-380. — Veja isto, Hartenstein.

O imediato se aproximou do capitão e logo observou o navio com o periscópio do U-380.

— 19.000 toneladas, navio comercial e está bem lento, aponto que está navegando em 14 nós a 17 nós. Nós podemos pegá-lo!

— Muito bem! Preparem dois torpedos, velocidade de 25 nós, lancem ao meu mandato! — Ordenou o capitão do U-Boot, chamado Rudolf Gustloff.

O intendente, Herman Peterson, passou a ordem adiante pelos tubos de comunicação do U-380, até que ela chegou na sala de torpedos. Onde o oficial de torpedo, Seamus Weisbach, preparou tudo com a ajuda de seus homens e esperou a ordem de Gustloff.

— O torpedo está pronto! — Anunciou Weisbach para Peterson, através do tubo.

— O torpedo está pronto para ser lançado, senhor.

— Obrigado, Peterson.

— Preparem-se… Lancem em um, dois, três e… Fogo! — Ordenou Gustloff, observando o navio através do periscópio.

— Fogo.

A ordem de lançar foi levada pelos tubos até a sala de torpedos, onde dois poderosos torpedos foram lançados contra o navio comercial ao horizonte. Os torpedos atingiram a embarcação na proa e no meio do navio, fazendo o mesmo se romper ao meio e afundar em apenas 19 minutos de pânico e terror. A notícia de que o navio naufragou veio à tona no U-380, todos ali vibraram de alegria… Mas não pensaram que tinha mulheres e crianças a bordo daquele navio. E que muitas delas se afogariam ou morreriam de hipotermia.

[…]

14 de outubro de 1916
Liverpool, Reino Unido
15 horas e 40 minutos

— Doutor Zinavoy? — Chamou a enfermeira, com metade do seu corpo para fora da porta.

— Sim, em que lhe posso servir?

— Mandaram-lhe uma carta! — Disse a mulher, se aproximando da mesa com a carta e depositando a mesma sobre a mesa.

— Obrigado, senhorita Jessop! — Agradeceu o jovem, a enfermeira apenas assentiu e deixou o local.

O doutor decidiu abrir a mesma que vinha de Nova Iorque, meio receoso e nervoso, ele abriu a carta e logo tratou de ler o que havia nela:

"Caro senhor Noah Zinavoy, com muita tristeza e desgosto anuncio o estado de sua esposa Peggy. Infelizmente o estado de sua esposa és terrivelmente triste, foi descoberto recentemente que a mesma porta uma doença chamada Tuberculose, que não foi bem tratada e essa doença pode até matar a pessoa que não tratar da mesma. Aconselho que venha rapidamente para Nova Iorque e que não demore muito, não demore um mês para chegar ou a até lá, sua esposa pode partir. Com essas palavras eu finalizo esta carta e lhe desejo uma boa viagem.

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