O submarino alemão U-380 se encontrava à cinco milhas do local do naufrágio do Queen América, onde de lá observou todo o desastre acontecer, porém, não ajudou os sobreviventes e nem se quer avisou outras embarcação sobre o naufrágio. O capitão Gustloff assistiu o desastre inteiro e depois, com um certo pesar retirou os seus olhos do periscópio.
— Se foi!
Hartenstein – que estava ao lado dele – olhou as horas em seu relógio de pulso e depois soltou um suspiro.
— Em cinquenta minutos. — Disse o imediato em tom de surpresa. — Inacreditável.
Gustloff soltou um suspiro e abaixou o olhar.
— Aconselho partir imediatamente. — Hartenstein disse ajeitando o seu quepe. — Logo, navios de resgate e de guerra estarão aqui. Isso não é nada bom para nós.
Hartenstein virou-se para trás e com passos lentos, começou o seu curso.
— Sim. — Respondeu o comandante. — Defina a rota para casa.
— Sim senhor!
Gustloff ainda não estava acreditando que afundou o Queen América – que continha um grande prêmio na Alemanha, se afundasse o mesmo – e por isso, ele ordenou que o telegrafista Lanz enviasse uma mensagem à base alemã dos U-Boots, avisando sobre o afundamento.
[...]
Os botes balançavam ferozes sobre as fortes ondas do Atlântico Norte, alguns dos vinte e seis botes lançados ao mar com sucesso, quinze deles afundaram com as ondas, lotação ou sugados pela sucção do navio. O bote em que Noah se encontrava – o número três – balançava sobre as ondas do Atlântico e ali, a enfermeira, tentava fazer uma cirurgia improvisada para retirar as balas no braço de Zinavoy. O oficial Townsend gritava ordenando os tripulantes nos remos, a remarem com mais rapidez e força. A enfermeira estava tensa, com cautela e cuidado, decidiu cortar a camisa de Noah com uma tesoura, enquanto o mesmo se contorcia de dor.— Acalme-se! — ordenou a enfermeira para o doutor. — Eu só irei cortar esta parte de sua camisa.
A mulher de cabelos loiros meio escuros, cortou uma parte da manga da camisa de Zinavoy, depois com um canivete – emprestado pelo quinto oficial no leme – ela cortou a pele do mesmo em um corte profundo, sobre os gritos de dor do doutor. O sangue vermelho do rapaz começou a descer sobre o seu braço, onde se encontravam aquelas cápsulas.
— Agora doutor, peço que aguente isso. — Ela disse olhando para o mesmo. — Pois, irá doer bastante.
Noah assentiu e com força fechou os olhos, a enfermeira pegou algumas luvas – que não sabe como elas vieram parar em seu casaco – e colocou as mesmas em suas mãos. Soltou um suspiro e decidiu operar o braço de Noah. Primeiro, ela decidiu averiguar se havia alguma bala próxima ao buraco, mas não havia nenhuma, depois, ela colocou os dedos no corte e decidiu desbravar o braço do rapaz através daqueles dedos. Os gritos de Noah eram perturbadores, parecia que estavam amputando o seu braço com um serrote, por doer tanto daquela maneira. O bote balançava de um lado para o outro, para frente e para trás, os remos batiam nas águas e faziam o bote se movimentar nas furiosas ondas. Até que uma luz apareceu ao horizonte, onde aparentava estar há cerca de 10 milhas.
— Olhe, uma luz! — Disse uma mulher. — É um navio. Vamos rapazes remem mais depressa, eu não quero morrer nesta banheira de madeira. Vamos
Um dos tripulantes nos remos, acabou ficando fraco e cansado. Aquela mulher percebeu aquilo e decidiu agir.
— Vamos rapaz, saía... Deixe que eu assumo o seu lugar. — A mulher se ofereceu e o rapaz saiu de seu assento. — Agora, vamos.
A mulher pegou o remo e com o ritmo dos tripulantes, ela começou a remar em meio as terríveis ondas.
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Ballet em Alto Mar
RomanceCapa feita por: @Johannl5 . . . Sinopse: . . . Noah Zinavoy, um jovem doutor britânico que recebe uma triste notícia de que sua esposa Peggy, está muito doente em Nova Iorque e foi descoberto que ela porta a doença "Tuberculose", que não fora bem tr...