Capítulo XI

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As horas se passaram rapidamente, logo o fim de tarde chegou e apresentou um belo pôr-do-sol para os passageiros do Queen América, onde o sol se exibia no céu com raios solares de cor alaranjados e avermelhados. Muitos passageiros estavam se preparando para o jantar, menos uma pessoa. Que era nada mais e nada menos do que a jovem, Elena. A bailarina fora forçada a ficar sozinha naquela cabine, enquanto Noah jantava e trazia o jantar para a mesma, o doutor se encontrava em frente a um espelho, onde penteava o seu cabelo castanho e era assistido por Elena, que se encontrava sentada na beirada da cama.

— Divirta-se no jantar. — Elena disse cabisbaixa. — Espero tenha uma boa refeição.

Ao escutar aquelas palavras de cabisbaixa vindo de Elena, o doutor parou de pentear o seu cabelo e olhou para a bailarina através do espelho, vendo a mesma em uma tristeza – que era quase profunda. O mesmo ajeitou-se e aproximou dela, pôs a mão debaixo do queixo da mesma e levantou a cabeça dela.

— Elena, não fique triste, eu voltarei logo e com o seu jantar. — O doutor sorriu. — Em meia-hora eu estarei aqui e com o seu jantar.

Elena sorriu e abraçou o doutor, logo se desfez do abraço e voltou a se sentar na cama.

— Está bem, eu esperarei aqui.

O doutor assentiu e seguiu em direção a porta sobre passos lentos, até que parou e virou-se em direção a bailarina e esboçando uma expressão de confuso.

— Sabe, eu estou me recordando de que terá um concurso de talentos na segunda classe e estive pensando nisso, até que eu me dei conta de que posso levar você nesse concurso. — O doutor deu um passo a frente. — Quer ir a este concurso?

Elena sorriu e abaixou a cabeça meio pensativa.

— Sim eu quero! Mas o problema é se me reconhecerem lá e irão me entregar para Matt. — Elena disse. — Como iremos fazer para ninguém me reconhecer?

O doutor pensou e pensou, até que chegou num bom plano.

— Me espere aqui e esteja pronta às 21 horas, eu irei lhe buscar nessa hora. Está bem?

— Está bem.

— Até mais tarde, Elena.

A garota sorriu e Noah deixou o local. Elena se viu novamente sozinha naquela cabine solitária e estranha, caminhava de um lado para o outro com um sorriso bobo no rosto, onde buscava vestidos e joias para ir ao concurso na segunda classe. Entre essas roupas se encontrava um vestido vermelho com detalhes pretos e um par de luvas brancas, acompanhados de uma pequena tiara brilhante. Quando Elena seguia para o espelho, ela passou pela porta e avistou um pequeno papel de cor branca no chão, a mesma se abaixou e pegou o papel com o mesmo sorriso bobo no rosto – pensando que fosse do tal Christopher – ela abriu o mesmo e se deparou com uma caligrafia diferente e lá estava escrito:

Vocês irão morrer. Cedo ou mais tarde. Mas, irão morrer.

Ass: M. W.


As palavras e a caligrafia fizeram com que Elena largasse o vestido no chão e ficasse assustada, principalmente com a assinatura de M. W. no final que significava uma única coisa.

— Matthew Wormwood!

Aquilo – obviamente – era um aviso prévio de que algo iria acontecer com ela e Noah, portanto, ambos deviam ficar cismados com qualquer sinal ou ação vindo de Wormwood.


[...]


Não se passava das 20 horas e 15 minutos, na ponte de comando, o capitão Hoffman já se encontrava em seu posto e na companhia do quinto oficial Townsend e do oficial chefe Joseph Steel, onde avistaram uma grande tempestade vindo ao horizonte e aparentava ser muito densa. Naquela mesma hora, um aviso da Inteligência Naval Britânica (INB) fora enviada ao Queen América, onde avisava sobre ataques, quando a temperatura começou a cair.

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