— Mensagem do Almirantado, capitão! — Avisou o telegrafista com um pequeno papel nas mãos.
— Enfim… Chegou as ordens do barril de cerveja. — Hoffman disse e logo depois olhando a mensagem. O comandante chamava o Almirantado Britânico de barril de cerveja, o motivo era que o mesmo era uma pessoa gorda.
— É apenas isso, senhor Sweeney?— Só isso, senhor! — Respondeu o telegrafista Sweeney.
— Está bem. Agradeça a ele e questione sobre a tal escolta que ele irá mandar. — Ordenou o comandante, devolvendo o papel a ele.
— Sim senhor!
O jovem Sweeney se retirou e o quinto oficial adentrou na ponte de comando.
— Mais uma mensagem do Almirantado, senhor? — Questionou o oficial.
— Infelizmente sim, senhor Townsend… Esse almirantado está me tirando do sério.
Townsend sorriu.
— Às vezes, eu acredito que ele está do lado dos alemães e não do nosso lado!
— Igualmente! — Respondeu o capitão e fitando o imenso oceano.
— Irei me retirar, se houver algum problema me chame e fique atento aos periscópios! — Ordenou Hoffman, saindo dali.
— Sim senhor.
[…]
Muito longe do Queen América, se encontrava um submarino alemão que rondeava o Atlântico Norte em procura de um navio de passageiros ou até mesmo hospitalar. Esse submarino fora ocorrência de mais de dez embarcações de carga, hospitalar e comercial. Era nada mais, nada menos, do que o U-380. Um submarino que alcançava até 15 nós (26 km/h) e portava uma grande quantidade de munições e torpedos. No comando estava o Korvettenkapitän Rudolf Gustloff, ele estava procurando uma única embarcação que portava uma carga de munições e moedas de ouro, ele era o Queen América. Vários tripulantes estavam no convés e de lá – inutilmente – tentavam avistar o navio de três chaminés.
— Encontrou algo? — Gustloff perguntou, após sair do submarino.
— Não, nada senhor! — Respondeu o imediato.
— Continue procurando, Hartenstein… Precisamos encontrar ele! — Ordenou o comandante alemão.
— Ele? Ele quem?
O capitão olhou para o seu imediato com um olhar de malícia e sorriu maldosamente.
— O Queen América!
Hartenstein e Gustloff soltaram várias risadas.
[…]
Horas depois do café da manhã ser servido aos passageiros, o jovem doutor Noah seguia em direção a biblioteca do navio e indo se encontrar com Elena. Ele usava um belo sobretudo marrom, um chapéu de cor preta, acompanhados de seus belos cabelos castanhos e em suas mãos estava um pequeno caderninho de anotações, acompanhado de um lápis. Quando o mesmo adentrou na biblioteca, avistara a bailarina sentada em uma poltrona e lendo um livro, que aparentava ser de Morgan Robertson. Um avião de papel foi lançado de trás de uma coluna, o pequeno avião voou e voou, até que acertou a testa da jovem que se assustou, olhou para todos os lados na procura de quem lançou aquele objeto e decidiu abrir a folha, onde a bela caligrafia estava lá.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ballet em Alto Mar
RomanceCapa feita por: @Johannl5 . . . Sinopse: . . . Noah Zinavoy, um jovem doutor britânico que recebe uma triste notícia de que sua esposa Peggy, está muito doente em Nova Iorque e foi descoberto que ela porta a doença "Tuberculose", que não fora bem tr...