Capítulo V

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Tudo era tão belo e bonito, o sol que iluminava o navio entrava pelas escotilhas das paredes do casco do transatlântico. Estava tudo tão silencioso e deserto, até que no final do corredor surgiu uma pessoa, possivelmente era um homem e ele estava de costas para ela. Então ela decidiu se aproximar com passos leves e calmos, até que a voz do mesmo invadiu o local.

— Nunca imaginei poder encontra-la aqui! — O homem indagou e depois virou-se para ela. — Olá Elena!

— Noah?

Elena estava bastante confusa. Porquê ele estava lá? Como ele conseguiu entrar aqui?

— Sim, em que lhe posso servir? — O doutor perguntou, com um belo sorriso.

— Como entrou aqui? E o está fazendo aqui?

Noah desfez o sorriso do rosto e deu espaço para uma expressão de preocupação e piedade.

— Eu não sei… Mas apenas pergunto. — Noah soltou um suspiro. — Você ama ele, Elena? Você o ama?

Elena estava mais confusa ainda, não estava entendo nada.

— Pois se você o ama, vais sofrer mais ainda nas mãos dele… Ele não é confiável, ele é possessivo e ciumento!

— Ele quem? — Elena perguntou ainda mais confusa.

— Você sabe de quem eu estou falando… Tome cuidado, Elena.

Noah se afastou e não se sabe o que houve, tudo começou a se despedaçar e se quebrar, o piso de madeira bem liso estava se rompendo e rachando, era algo assustador de se ver e ouvir. Uma mão grande e fria tampou a boca de Elena, que tentou gritar e gritar, mas era em vão, pois seus gritos de socorro eram abafados. Ela pôde ver Noah desabando ao chão e seu corpo se decompondo rapidamente, ela gritou por ele... Mas era novamente inútil. A mão começou a puxar Elena para trás e logo a identidade que pertencia aquela mão se mostrou, era ele Matthew Wormwood.

— Olá, querida... Como estás? Que tal brincarmos um pouquinho? — Matthew indagava com um olhar de maldade e malícia. — Vamos brincar de que estarmos em uma loja de roupas, eu sou o seu assistente e você a minha cliente, que eu vou lhe dar algumas roupas e você experimenta! — Matthew se aproximou com a mesma expressão no rosto. Elena gritou e gritou, mas era inútil.

— Noah!

Elena acordou assustada e gritando por Noah, ela estava suada e ofegante, seus cabelos loiros escuros estavam desgrenhados e embaraçados, sua respiração era ofegante e sentia uma grande falta de ar. A sorte de Elena era que ela estava sozinha naquela cama e se Matthew ouvisse ela chamando por Noah, a própria nunca mais teria paz. A sua empregada, Hilda, adentrou na suíte apressada.

— Algum problema, senhorita Torres?

— Não, nenhum, Hilda! — Elena respondeu e sentando-se na beira da cama.

— Está bem. O senhor Wormwood está lhe esperando na mesa no convés particular.

Elena assentiu.

...

— Pelo visto, você deve ter se divertido ontem depois do jantar... Que até levantou tarde!— Disse Matthew, depois bebendo um pouco de seu café.

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