Capítulo XIII

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O Queen América seguia sua viagem com os compartimentos danificados, que eram o depósito de carga número dois, sala das caldeiras número um e o depósito número três. Cinco operários na sala de máquinas perderam a vida com a explosão e doze ficaram feridos. A inclinação do navio começou a fazer efeito e o medidor marcava sete graus a bombordo – o lado em que os torpedos atingiram. Todos estavam acordados e presentes nos corredores, onde tentavam buscar algumas informações e explicações pelas duas explosões que ocorrera. Entre essas pessoas, Jack e Milly se encontravam perdidos.

— Você sabe de alguma coisa? — Milly perguntou a Jack. — Diga-me, você sabe?

Jack olhou para ela e respirou fundo.

— Creio que fomos atacados e neste momento estamos afundando. — John respondeu. — Aconselho a você que não fique na cabine e espere por ordens aqui, comigo.

Milly assentiu e abraçou o rapaz, que retribuiu o abraço.

— Será que vamos mesmo afundar?

— Creio que sim. Mas mantenha a calma Milly, o medo é o nosso pior inimigo neste momento. — Disse Jack, colocando as duas mãos perto dos ouvidos da mesma. — Fique calma. Eu irei te salvar de todas as maneiras, está bem?

— Está bem!

...


O capitão Hoffman havia sido despertado e informado – pelo oficial Collins – de que o navio foi atacado, então Howard rapidamente deixou a sua cabine e seguiu para a ponte de comando, onde encontrou Whitmore e Ellerman apavorados.

— Dirija para costa, Ellerman.

O timoneiro tentou virar o timão para estibordo, mas a roda do leme nem se quer se mexeu.

— O navio não está respondendo. — Avisou o timoneiro, assustado. — Não responde nada.

Hoffman abaixou a cabeça e alguns dos oficiais e marinheiros adentraram na ponte de comando, todos eles estavam molhados pela chuva – que estava meio forte – que ainda castigava aquela região.

— O que devemos fazer, capitão?

Hoffman levantou a cabeça, olhou os seus homens e seguiu até uma das janelas da ponte, observou as ondas e a proa, depois virou-se para eles com tudo em mente.

— Townsend, mande Sweeney enviar um pedido de SOS ou CQD para as embarcações próximas.

— Sim senhor.

— Steel, vá até a sala de máquinas e veja onde está o problema.

— Sim senhor, comandante.

— Whitmore e Thompson, prepare e preencha os barcos salva-vidas com mulheres e crianças primeiro. — Ordenou Howard. — Mas não os baixe sem a minha ordem.

O timoneiro olhou para o medidor de inclinação e marcava um grau nada bom.

— Capitão, dez graus a bombordo.

Whitmore e Thompson se olharam assustados, depois o imediato olhou para o timoneiro – que abaixou o olhar.

— Boa sorte.

Ambos deixaram o local e seguiram para o convés.

Nos corredores do navio, todos se encontravam em pânico e eram instruídos a vestirem os coletes salva-vidas e roupas quentes – pois estava fazendo um frio terrível. Um comissário de bordo instruída a todos e pedia que muitos estivessem presentes no convés ou na escadaria principal. Entre aquelas pessoas que estavam confusas e não sabiam para onde ir, estava Leonor e Ernesto, que não tinham nem ideia para onde seguir ou o que fazer naquele momento. Além deles, Noah e Elena se encontravam.

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