[ ⌨︎ ] 𝗁𝖾𝗇𝖽𝖾𝗋𝗒: 𝗆𝗂𝗇𝗂 𝗂𝗆𝖺𝗀𝗂𝗇𝖾;

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havia acordado completamente animada e elétrica, colocava agora as mãos sobre o corpo do chinês, ainda adormecido a meu lado, e fiquei abanando o mesmo, até observar seu rosto todo amassado e dorminhoco, se levantar e me encarar.

- no início acordava com beijinhos e um monte de chamegos, agora quase me joga da cama! -- o mais velho pronunciou elevando suas mãos até à cabeça e ajeitando seus cabelos.

- desculpa meu amor, bom dia! -- depositei um beijinho singelo sobre sua bochecha e lhe dirigi um sorriso todo apaixonado.

o maior agarrarou minha cintura e me apoiou sobre seu colo, acariciou minhas bochechas e arrumou, de igual forma, meus cabelos.

- então, eu estava pensando aqui, e se a gente fosse passear todo o dia hoje, sabe? você não tem nada para fazer, a gente poderia gastar o dia passeando, vendo o mar, indo no parque, fazer compras, faz tanto tempo que nós não passamos um tempinho juntos, não acha?  -- apoiei minha cabeça no seu ombro e esfreguei minha bochecha ali.

o mais velho ficou pensando, ou melhor, encarando a parede, contudo, uns breves segundos depois, ele me olhou e acabou por responder.

- tudo bem, mas se for para ser assim, a gente só pode voltar para casa quando for noite, se é para aproveitar, que seja para aproveitar até ao final! -- ele sorriu e depositou um selinho em minha testa.

- então está esperando o quê? levanta da cama e se arruma, vamos aproveitar enquanto pudemos! -- ditei já levantando meu corpo da cama e andando até ao banheiro com as roupas no braço.

hendery se levantou e antes de eu adentrar no cômodo, o chinês voltou a agarrar minha cintura e com delicadeza, deixou um beijo em meus lábios e em meu pescoço, seguido de um sussurro rouco, "eu te amo".
eu apenas sorri e retribui as carícias, retomando a caminhar até ao cômodo.

não tardou para que me trocasse, assim como o mais velho, encontramo-nos já na porta, onde o rapaz agarrou minha mão e uniu nossos dedos, dando início ao nosso dia.

exatamente como esperado, fora perfeito.
após sair de casa, nossa primeira paragem foi um café, era luxuoso e muito bem iluminado, transmitia aconchego, calmaria, assim que adentrei ali, meu coração pareceu derreter, era quente, romântico e usufruir do estabelecimento com uma companhia tão amável e dócil quanto a do chinês, era definitivamente a cereja no topo do bolo.
entretanto, mantivemo-nos ali por largas horas, havíamos realmente apreciado aquele local, a comida, as pessoas, o atendimento, as sensações e emoções que vagueavam por ali, atingiam todo o seu corpo de um jeito insano e agradável.

nossa próxima paragem, marcada no gigante mapa que hendery carregava nas mãos, que, caso tivesse mais alguns centímetros, seria maior que eu, era uma rua enormíssima, repleta de lojas caras, dos mais variados artigos, e mesmo sendo numa rua, era higiénico, organizado e muito tentador.
ambos exploramos todas as lojas, visualizamos um monte de objetos, saímos de lá com mais sacas do que as desejadas, mas foi definitivamente um tempo bem aproveitado.

hendery experimentou as mais excêntricas coisas, andava a meu lado com um chapéu azul, onde no topo do mesmo, havia uma pequena hélice amarela, que rodava consoante o vento. O mais velho havia também se rendido para um casaso neon, que claramente não poupou a uso, e mal colocou as mãos na peça, fez questão de a aplicar sobre seu corpo, basicamente, meu namorado de cabelos loiros e rostinho limpo, usava nesse momento um conjunto de roupas completamente descombinadas, parecia uma verdadeira criança animada, usando seu look predileto pela primeira vez.

- você está adorável, maravilhoso, mas a combinação que escolheu, ficou parecendo um vômito de arco-íris de tantas cores que tem em cima! -- pronunciei elevando a mão até seus cabelos, arrumando os mesmos mediante a posição do seu chapéu.

- muito engraçadinha você, mesmo eu parecendo um vômito colorido, você não para de me olhar e admirar! -- disse confiante.

- claro que não, sou caidinha por você! Enfim meu amor, mais tarde tem que trocar de roupa, você sabe o quão gélido fica ao anoitecer e da última vez que ficou resfriado, eu tive que implorar para sua mãe voar até aqui, literalmente, para cuidar de você!

ele gargalhou num tom não muito alto, segurou firme minha cintura e me colou a ele, deixando nossas testas unidas e um beijo apaixonante nos meus lábios, seguido de uma carícia delicada em minhas bochechas.
consoante o tempo passava, eu e hendery pareciamos mais imersos naquilo, depois das compras, visitamos um restaurante, almoçamos, fomos numa sorveteria, melecamos nossas bocas com gelado e chocolate, tiramos inúmeras fotos e fizemos questão de expor tudo nas redes sociais, ações normais de adolescentes.

ao entardecer, sentamo-nos na areia da praia, apreciamos o mar e deixamos o cheiro do local dominar nossas narinas.
deixava a cabeça sobre o ombro alheio, as mãos ainda agarradas, os corpos colados e aquecidos, um pelo outro, o barulho das ondas fazia meu cérebro resetar, me levava ao céu e parecia me prender ali. Eram sensações mágicas que se intensificavam sempre que eu olhava para meu namorado, o rosto e o cabelo levando com o brisa fresca e suave, o pôr do sol iluminado todo o seu corpo, era uma visão maravilhosa, num espaço ainda mais encantador.

não tardou até a noite cair, subi nas costas alheias e fora carregada por ele ao longo da estrada, só dei por mim quando estava num parque, sentada na grama, apreciando meu doce menino se divertindo nos diversos brinquedos, conversava vez ou outra comigo, jamais descartando as hipóteses de reforçar a ideia de que me amava.

- eu te amo, mas tipo muito, sabe? Você me entende, sabe do que eu gosto, conhece minha mente, olhe eu sei lá, te amo e pronto! -- o rapaz tagarelava enquanto se debruçava sobre os brinquedos.

- você só é bobo e eu entendo isso, até porque a idiotice foi o que nos levou a gostar tanto um do outro, por isso, eu também te amo, seu idiota! -- mandei um beijinho para o mais velho e sorri.

discretamente, peguei meu celular e fui apontado para o rapaz, tirei as fotos mais preciosas do universo, do meu tão apaixonante chinês brincando e vagueando pelo parque.
somente quando chegamos em casa é que eu as revelei para ele, o mesmo soltou um sorriso bobo e me pegou no colo, caminhou até à cama e se limitou a me apoiar sobre seu peitoral, acarinhar meus fios e ligar a TV.
foi desse jeito tão meloso e carinhoso que terminamos a noite, ou não, ambos assistindo séries e chamegando o pescocinho um do outro.

- tenho fome. -- ele disse bem alto subindo em cima de mim.

- quatro da manhã hendery, vai dormir!

- nossa, foi simpática o dia todo e agora repsonde assim? beleza, não sério, beleza.

coloquei a mão sobre a boca dele, abafando suas palavras e obrigando o rapaz a se calar.

- você estava tão simpático e quietinho durante o dia, achava que quando adormecesse ia ficar cansadinho e dormir, que nem um nenê, mas erro meu.

respirei fundo e voltei a tentar dormir, tarefa falha pois tinha um rapaz de vinte e poucos anos me abanando sem parar e cantarolando bem alto.
às vezes eu encarava a parede e me perguntava "foi isso que eu escolhi? de verdade, foi essa criança imatura que eu coloquei em minha vida?", mas aí eu olhava ele e sorria toda boba, amava meu príncipe e seria assim para sempre.


curtinho? sim, mas sendo do hendery é perfeito!
largando os hots por alguns momentos ou a passagem pro inferno vem com oferta de residência permanente e tudo!
espero que tenham gostado, beijos!

jess <3

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