focada nos olhos acastanhados e no cabelo encharcado pela chuva, mordia os lábios apreciando os mais pequenos e insignificantes detalhes daquele rosto tão simétrico e aperfeiçoado, esculpido por alguém com uma habilidade imensa.
- está com fome? - ele perguntou virando o rosto rapidamente.
assenti levemente com a cabeça, desviando o olhar.
sungchan e eu tínhamos acabado de voltar do colégio, na vinda para casa, o universo decidiu derramar suas benditas lágrimas e de repente, começou uma das maiores tempestades que eu já havia presenciado em meus dezoito anos de vida.
o mais velho pegou na minha mão e entrelançou nossos dedos com delicadeza, num movimento suave deixou que a destra agarra-se minha pequena cintura, sua testa se colou na minha e assim ficamos por uns longos minutos.
mais cedo, naquele mesmo dia, o coreano havia roubado meu tempo, se escondeu comigo no auditório gigante escondido dentro da enorme faculdade, acabou por se declarar e expressar cada mínimo sentimento que tinha em relação a mim.voltando ao caminho chuvoso, sungchan decidiu recriar a famosa cena do beijo na chuva dos filmes adolescentes do anos noventa, sem pensar duas vezes, enquanto sentia as gotas geladas rolando pelo meu rosto e ensupando minhas vestimentas, ele uniu nossos lábios, de um jeito tão cativante e delirante, que eu não sabia como reagir, o que dizer, o que fazer, fiquei imóvel, de olhos fechados, adorando o momento e apreciando a pessoa que tomou a iniciativa.
enfim, uma cena maravilhosa digna de um Óscar cinematográfico.
alterando a cena e voltando então ao presente. ambos ficamos abrigados num café, muito atrativo, por sinal, encostados um no outro, acariciando os fios mutuamente, naquele ambiente claro e quente, junto de um garoto, que de altura era o triplo de mim e que só com um braço rodeava todo o meu corpo, abraçadinha e muito protegida no colo do meu tão recente amor.
- você está gelada, acho melhor a gente se apressar e voltar para casa, não quero ver você doente! - depositou um beijo subtil sobre minha testa e sorriu logo em seguida.
- você não está muito melhor, sabia? também tem que se aconchegar! - retribui o carinho tão singelo e apaixonante.
ele gargalhou e voltou a atenção para as paredes brancas.
a garota baixa, de cabelos escuros, uniforme vermelho e amarelo, entregou o pedido nas mãos do mais velho, ambos sorriram, sungchan voltou a agarrar minha mão e em pouco tempo, colocamos os pés na rua e caminhamos até casa.
foi no apartamento pequeno mas refinado do maior, que passamos a noite.
deitamos os corpos no sofá, meu corpo se encolheu ali, e os braços alheios me enrolaram.
o nariz de sungchan roçava sobre as minhas bochechas, a respiração quente e calma sobre o meu rosto era uma sensação majestosa, as mãozinhas vagueavam de um lado para o outro, nada hesitantes, um clima agradável com uma pessoa melhor ainda, que por mais que expressa-se aquela inocência exorbitante, desejava algo novo.
através de sussurros, beijos calculados, apertos e risadas manhosas, ele foi se revelando e me relatando o que tanto ansiava.- me avisa quando não se sentir confortável. - foi uma das suas únicas falas.
foi com um ar confuso que eu encarei o rapaz, contudo, assim que suas mãos me pegaram no colo e me apoiaram sobre suas coxas, eu percebi o que ele tanto queria demonstrar.
o mais velho se limitou a segurar minha cintura, pressionar meu corpo contra o seu, me fez rebolar devagarinho sobre seu colo, fechou os olhos, tombou a cabeça, deu a perceber que queria algo em seu pescoço, assim o fiz, uma marca ali, outra aqui, um arroxeado acolá, ele gostava.
passamos uma temporada diferente e satisfatória para ambos, assim que acabou, formou-se uma conchinha no sofá acastanhado, um cobertor quente foi apoiado sobre minhas pernas e um abraço apertado e repleto de sentimentos enroscou meu pequeno corpo.
sungchan beijou meus lábios, roçou a ponta do nariz no meu, sorriu e adormeceu com o rosto escondido em meu pescoço, respirando calmamente e baixinho, parecendo uma adorável criança.na manhã seguinte, fui eu quem surpreendeu o belo garoto, com uma bandeja bem estruturada, com suas comidas prediletas, apoiei sobre suas pernas, deixei um beijo molhado na sua bochecha e em meio de carinhos nos fios escuros, ele foi se alimetando, e então, retomamos a aproveitar o dia juntos, agarrados e muito confortáveis no colo um do outro, sem muito diálogo, somente com os sentimentos expressos entre pequenas e consideráveis ações.
"eu te amo, meu minúsculo ser humano"
essa, foi sua última frase naquele dia.oi, eu voltei e talvez, ainda hoje, eu poste outro capítulo <3
mais uma coisinha, não coloquei +18 nesse pois só tem uma parte mais "ousada" digamos por assim, foi um capítulo mais soft e amoroso, para não acostumar vocês com pura putaria.jess <3
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⎙ 𝙉𝙀𝙊 𝙒𝙊𝙍𝙇𝘿. ⸙
Teen Fiction⩩ 𝙞𝙢𝙖𝙜𝙞𝙣𝙚𝙨; ⩩ 𝙧𝙚𝙖𝙘𝙩𝙨; ⩩ 𝙥𝙚𝙙𝙞𝙙𝙤𝙨; 𝐭𝐰𝐢𝐭𝐭𝐞𝐫: @hyuckfantasies𓂃