Capítulo 1

1.6K 115 78
                                    


Hinata

Ok respira fundo, você consegue. Meu nome é Hinata Hyuuga tenho 25 anos e simplesmente resolvi pegar o primeiro voo para o primeiro lugar disponível que apareceu na minha frente. Loucura? Absolutamente sim, mas eu não podia ficar; se eu ficasse eu responderia sim para uma proposta que definitivamente eu não queria aceitar.

Você deve estar se perguntando, nossa você não tem vontade própria? Não é dona da sua vida e blablabla? A resposta é não, eu realmente tenho um grave problema – eu não sei dizer não! – Eu sei, muito estranho né? Ridículo? Demais! Quem não sabe dizer não? Oh Deus, já me meti em muitas enrascadas devido a esse problema, mas quando vi Toneri começando seu discurso sobre o quanto me amava em um restaurante simplesmente muito chique pra um jantar comum, eu surtei.

Nunca antes imaginei que algo assim aconteceria comigo. Estou completamente desorientada e assustada. O que há de errado comigo? Recebi uma proposta maravilhosa, do tipo que toda mulher sonha em receber e agi daquela forma. As imagens daquele momento estão cravadas na minha retina e a expressão de Toneri não sai da minha mente... O que ele deve estar pensando de mim?

Toneri me chamou para jantar, achei estranho o convite já que ele tem agido de maneira esquisita durante a semana toda, mas aceitei. Talvez seja uma boa oportunidade para eu finalmente me abrir e terminar com ele. Toneri é maravilhoso, o problema sou eu com certeza, porque infelizmente não sinto nada por ele, nem deveríamos estar namorando pra começo de conversa, só estamos porque ele me pediu para tentarmos e adivinhem? Não tive coragem de negar. Arrumei-me colocando um vestido vinho, acessórios simples e uma maquiagem discreta, Toneri me buscou às 20hrs e eu estava pronta, desci e ele me abraçou, selamos os lábios rapidamente e ele abriu a porta do carro pra mim, todo esse cuidado e atos de carinho só me fazem sentir ainda mais culpada por não correspondê-lo. No trajeto conversamos amenidades e quando chegamos ao restaurante vi que era um dos mais sofisticados de Nova York, meu estômago começou a dar voltas, muito raramente era trazida aqui, a última vez foi quando ele me pediu em namoro; e o que vem depois do namoro? Oh Deus, o que eu faço? Estava desorientada, mas tentei disfarçar mesmo assim. Adentramos o restaurante e fomos encaminhados até nossa mesa, ele puxou a cadeira para que me assentasse e pediu uma das melhores garrafas de champanhe para o garçom, meu coração parecia uma bateria de escola de samba e não no bom sentido. Respirei fundo e quando o garçom deixou a mesa, Toneri pegou minhas mãos e começou a se declarar. Eu mal conseguia ouvir o que ele estava dizendo, a minha mente estava um turbilhão e meu cérebro me mandava a todo o momento me levantar e sair correndo, mas eu estava congelada, Toneri continuava sua declaração até ele retirou uma caixinha azul do bolso do paletó e a abriu enquanto proferia as seguintes palavras:

– Hina quer se casar comigo? – Eu o encarava sem saber o que dizer, aquele diamante enorme me olhava de forma intimidadora, e antes que eu acabasse dizendo sim como sempre, respirei fundo, olhei dentro de seus belos olhos azuis claríssimos e disse – Posso ir ao banheiro? – Ele me fitou de forma confusa e acenou positivamente com a cabeça, dei um meio sorriso tímido, peguei minha bolsa e me encaminhei para o banheiro. Ao entrar joguei uma água no rosto e fiquei pensando no que responderia à ele, eu era péssima com esse tipo de situação e sempre acabava falando algo errado. Argh! Decidi-me pela verdade, afinal sou uma mulher adulta e independente, posso fazer isso. Saí do banheiro decidida a virar para o homem que me ama e aguarda ansiosamente por um sim, e dizer a ele que não posso, pois não o amo da mesma maneira... Apavorei-me de novo, olhei o corredor e vi que tinha uma saída de incêndio e saí correndo sem olhar para trás. Fui pra casa, peguei alguns pertences e liguei na minha agência de viagem pedindo um voo pra ontem para qualquer lugar o mais longe possível que eles tivessem disponível. A atendente me ofereceu o destino de Konoha em uma ilha chamada Awaji no Japão, achei perfeito! Bem longe e Toneri não me encontraria tão cedo. O voo sairia em uma hora e meia, então me apressei eu não tinha muitas coisas mesmo e na verdade minha vida inteira cabe uma mala. Triste realidade para uns, conveniência pra mim. Tranquei o apartamento, entreguei a chave para o dono que morava acima de mim e disse que eu não tinha data para voltar, os móveis também não eram meus então menos mal. Desci as escadas na velocidade da luz, peguei um táxi e segui para o aeroporto.

Um lugar para recomeçar Onde histórias criam vida. Descubra agora