Capítulo 12

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No dia seguinte eu não vi Maite, ela avisou Jonny que iria para a cidade comprar um vestido para o baile.

- Achou um vestido?

- Sim, mas agora eu tenho que ir me arrumar, já estou atrasada

Nem tive tempo de responder ela já saiu correndo rumo ao seu quarto, mulheres...
Eu mesmo fui me arrumar muito depois dela e fiquei pronto muito antes dela

- A carruagem já está preparada, senhor

- Aí Jonny, Maite demora demais. O que tem tanto para fazer?

E antes que Jonny pudesse me responder ela apareceu no topo da escada, era inacreditável a beleza daquela mulher, eu poderia ficar lhe admirando toda uma vida e nunca me cansaria.
Ela estava usando um vestido cor vinho quase preto, seu corpete sim era totalmente preto e com alguns bordados da cor do vestido. Ele tinha uma manga longa rendada e exibia uma parte muito, mas muito interessante de seus seios. Seus cabelos estavam soltos, sua boca levemente avermelhada, e um sorriso estampado em seu rosto de tirar o fôlego de qualquer um

- Está... Perfeita

- Não seja exagerado - Disse sorrindo

- Permita-me senhorita, mas não é exagero algum. Está belíssima - Disse Jonny

- Pare vocês dois, vão me deixar envergonhada

- Vamos?

- Sim

Ela então me estendeu a mão para que pudéssemos seguir, eu aceitei mas não antes de depositar um longo beijo ali, que se tornou sexy depois que fiz um circulo com a ponta da língua.

O percurso até o Castelo de Uckermann foi tranquilo, fomos conversando sobre assuntos banais. Assim que chegamos a ajudei descer, e depois caminhamos até a porta de entrada que estava perfeitamente decorada com as mais diversas flores

- Duque e Duquesa Levy - E depois de sermos anunciados adentramos o local

Tudo estava muito bonito, no salão pessoas já bailavam, outros comiam e bebiam, mas o foco principal desses bailes era o casamento. As mães procuravam desesperadamente pretendes ricos para suas filhas adolescentes solteiras

- Senhor Levy, que alegria vê-lo

Valentina Mendes, uma senhora de 55 anos que uns dias atrás estava a me importunar para desposar sua filha Lydia de 15 anos, a garota ficava visivelmente desconfortável com aquela situação e eu também

- Digo o mesmo senhora Mendes, senhorita Lydia está encantadora hoje - Comentei sorrindo simpático, ela era uma jovem muito gentil

- Obrigada senhor Levy, o senhor também está esplêndido

- Deixe-me apresentar a vocês minha esposa Maite Levy, e Maite essas são a senhora Mendes e sua filha Lydia

- Muito prazer em conhecê-las - Disse Maite

- Pois é, fiquei sabendo que o senhor se casou. Minha filha ficou super cabisbaixa quando soube da notícia - Falou ignorando completamente Maite

Pobre menina, suas bochechas coraram violentamente com aquele comentário infortúnio da mãe

- Se nos dêem licença - Falei me curvando educadamente e saindo dali junto com Maite

- Que mulher chata William

- Concordo plenamente

Levei Maite até a mesa para tomarmos uma bebida, e percebi os diversos olhares masculinos em cima dela que esbajavam segundas intenções o que me deixava extremamente furioso, e notei alguns olhares invejosos de algumas mulheres também.

- Seja bem vindo Levy, fico muito feliz que tenha comparecido - Disse Christopher para mim, mas olhando diretamente para minha esposa

Estava demorando, mas o anfitrião chegou para estragar minha noite

- Boa noite Uckermann, sua festa está... Ótima - Respondi

- Claro, claro. E quem é a dama? - Perguntou sorrindo

Que homem indecente, nojento!

- Prazer, sou Maite Pe... Levy, Maite Levy - Falou lhe estendo a mão que ele se curvou e beijou de muito bom grado

- Já que estavam só aqui parados, me concede essa dança, querida?

Querida? Ele chamou a minha mulher de querida? Naquele momento eu pedi paciência a Deus, porque se ele me desse forças eu arrebentava aquele Marquês metido a bonitão na porrada

- É... Claro

E lá se foram os dois rumo ao centro da salão. Raios! A primeira valsa dela devia ser minha. E se eu achava que não podia piorar, sim piorou, eles conversavam animadamente, seja lá o que aquele maldito dizia que fazia Maite gargalhar. Se ele a puxasse para mais perto era capaz dela atravessar o corpo dele e sair do outro lado.

Quando aquela tortura de dança terminou eu caminhei até eles e puxei Maite para mim já a agarrando para dançarmos

- Nossa, podia ser mais educado

- Educado ao ver minha esposa com aquele homem?

- Christopher é bem agradável

- Christopher? Então a intimidade já está no nível de chamá-lo pelo primeiro nome?

- Primeiro nosso casamento é de fachada, segundo ele foi super respeitoso e amigável nada demais - Respondeu dando de ombros

- Eu não gosto dele

- Por que?

- Não sei, só não gosto

- Que implicância

- Não é implicância Maite

E então ela não me respondeu mais nada, apenas ficamos dançando. E assim ficamos por mais umas três músicas, até um homem nos interromper para pedir uma dança, e depois veio outro, e outro, e outro...

Quando estávamos na carruagem de volta para casa dei graças a Deus que aquele tormento havia acabado, valsar com os cavalheiros era uma coisa normal e se a jovem recusar é uma falta de respeito, mas não quer dizer que é fácil ver sua esposa "nos braços" de outro.

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