Capítulo 39 (Final)

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8 anos depois...

- Papai? - Disse Maite entrando em meu quarto

- O que foi filha? Pensei que já estava dormindo - Falei já que eu havia colocado as duas para dormir a alguns minutos atrás

- Não estou conseguindo - Respondeu já subindo em minha cama e se deitando ao meu lado

- Fecha os olhinhos que logo você consegue

- Me fale mais sobre a mamãe

- A mamãe... Ela era um anjo

- Um anjo? - Perguntou surpresa

- Sim, as vezes o papai do céu manda alguns anjos em forma humana na Terra para eles poderem levar luz onde não tem, e eu fui um dos sortudos contemplados, ele me mandou ela para trazer cor em minha vida, para me trazer alegria, me trazer você - Falei lhe dando um beijinho na testa - E depois que ela cumpriu sua missão ela partiu e voltou para o céu. E agora ela cuida da gente lá de cima

- Nossa... Ela devia ser muito boa e bonita

- Oh sim, tinha um coração enorme, e era a mulher mais linda que eu já tinha visto em toda minha vida. E você é a cara dela - Falei sorrindo, e era verdade, ela era uma cópia idêntica da mãe

Nem deu tempo de Maite responder e Diana adentrou o quarto, e fez a mesma coisa que a irmã, se aconchegou ao meu lado

- Querem saber de uma coisa? - Elas concordaram com a cabeça - Esse é o momento que eu sempre pedi a Deus, o momento que eu sonhei em viver por toda minha vida. Amo vocês minhas queridas

- Também te amamos papai - Disse Diana e Maite concordou

- Bem que vocês podiam cantar para o pai de vocês né? - Falei fazendo cara de piedade e elas obedeceram

E elas cantavam muito bem, Maite parecia já ter nascido afinada, Diana acabou aprendendo com ela, e juntas formavam um belo dueto. Não tardou para Mármore aparecer também e pular na cama, eu havia conseguido o encontrar perdido na capital e o trouxe de volta, e o infeliz continuava o mesmo, apegado nas meninas e me mordendo como sempre.

Várias vezes a noite eu amaldiçoei minha vida, mas depois eu me repreendi, eu tinha tudo o que eu mais desejava, duas filhas lindas, saudáveis e muito sapecas. Claro que eu sentia falta de Maite, pensava nela todos os dias, mas a verdade é que eu estava empenhado nas minhas meninas, curtindo cada momento delas intensamente que a tristeza já não tinha mais espaço em minha vida.
Agora eu vivia por elas e para elas, e somos tão felizes de uma maneira que eu nem acreditava que conseguiria ser um dia. E gratidão se tornou a palavra preferida em meu vocabulário.

Fim!

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