Capítulo 18

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Então saí a cavalo rumo a casa do desgraçado, eu sabia que Maite estava logo atrás de mim, mas eu não me importava. Só queria matar aquele verme

- CHRISTOPHER UCKERMANN - Gritei assim que cheguei em sua propriedade

Ele não apareceu então tentei entrar, mas a porta estava trancada, covarde! Com a fúria que eu estava era preciso outras 50 portas daquela na minha frente, com um simples chute eu consegui arrombar. Ele estava em pé na sala, sua cara era de total desespero

- Sai da minha casa, SAI!

- Oh sim, eu vou sair, vou sair carregando sua cabeça - Falei lhe apontando a pistola

- Se você me matar também será morto, e sabe muito bem disso

- Não sei se você está lembrado, mas a lei me permite matar o amante de minha esposa

- Pois então o culpado não sou eu, é a cadela da sua mulherzinha

Quando ele disse aquilo eu já estava para apertar o gatilho quando ouvi a voz mais doce do mundo

- William pare, não faça isso. Você não deve sujar suas mãos por causa de um lixo como ele - Falou enquanto se aproximava

- Se afaste Maite - Mandei

- Não vou me afastar enquanto você não guardar essa arma e irmos embora daqui - Falou chorando

E um barulho estrondoso ecoou pela casa

- AÍ!

Esse foi o grito agoniante que Christopher soltou logo após eu atirar em seu pé, minha intenção era de atirar para matar, mas Maite tinha razão não valia a pena.
O sangue começou a transbordar pelo sapato e logo uma roda vermelha se formou em volta dele enquanto agonizava

- Acho que ficou bem claro do que sou capaz, a próxima vez que se aproximar de minha mulher garanto que não terá tanta sorte. Vamos Maite - Falei pegando em sua mão e a puxando já que a mesma estava estática olhando o acontecido.

Percebi que ela estava chocada demais para voltar cavalgando, então a coloquei montada em minha frente e fui cavalgando e levando o outro cavalo também. Senti as lágrimas de Maite molhando minha camisa, eu estava muito nervoso com ela, mas ao mesmo tempo tinha pena, nem imagino o que ela passou nas mãos daquele nojento, e só de pensar nisso me faz ter vontade de voltar e acabar o que comecei.
Quando chegamos pedi para duas criadas cuidarem de Maite, dar-lhe banho e comida, e pedi para que arrumassem outro quarto para ela, eu não conseguiria agir como se nada tivesse acontecido, não conseguiria continuar sendo o marido de Maite, eu estava extremamente chateado.

Naquela noite eu saí, fui para uma taberna na cidade e bebi, a última vez em que eu havia me embriagado tanto foi quando perdi Érica, o que me fez perceber que a traição de Maite doeu igual ou até mais do que a perca de minha falecida esposa, o que me fez concluir que preferiria ver Maite morta do que saber que ela esteve com outro homem enquanto casada comigo.

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